Contaminação dos Recursos Hídricos e Reuso da Água

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A ÁGUA.
Advertisements

Água: importância, onde é encontrada e preservação do recurso
Agricultura e Meio Ambiente
Saneamento Básico Professora e enfermeira : Carla Gomes e Patrícia Lins.
Geografia e Sistemas Hídricos Prof. Dr. Dakir Larara Machado da Silva
2. SISTEMA PÚBLICO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA IMPORTANCIA DA ÁGUA PARA MANUTENÇÃO DA VIDA
ÁGUA E SAÚDE.
Água Aula n.º8 (45 minutos).
Água.
CAPÍTULO 03 - O MEIO AQUÁTICO
Disciplina: Sistema de Água
Consumo e Gestão de Água
enquadramento de corpos de água
Recursos hídricos Ciências Naturais.
I - a água é um bem de domínio público;
Uma visão da água e do esgoto para as cidades sustentáveis do futuro
Trabalho realizado por: Beatriz Gonçalves Laura Brito
Profa. Dra. Ana Cristina C. Vianna
A ÁGUA: UM TESOURO A PRESERVAR
Você sabe o que é o Novo Código Florestal?
Recursos Hídricos Março 2011.
Condomínio Ecológico A R.A. Park Way encontra-se inserida na Área de Proteção Ambiental das bacias do Gama e Cabeça de Veado e, portanto, com o intuito.
RENOVAÇÃO DAS OUTORGAS DO SISTEMA CANTAREIRA ASPECTOS DE QUALIDADE
COBRANÇA DO USO DA ÁGUA ASPECTOS DE QUALIDADE
HIDROLOGIA.
22 de março Dia Mundial da Água
Fontes de Energia e Impacto Ambiental
Reuso De Água para Fins Não Potáveis
A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS
PARA A SUSTENTABILIDADE
Recursos hídricos.
Água.
POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS
USO DE EFLUENTES DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA AGRICULTURA
As Lições da Crise Hídrica na Região Metropolitana de São Paulo
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Engenheiro civil Plinio Tomaz
Aula 6 – Sistema de Tratamento de Esgoto
Quantidade de água disponível
HIDRÁULICA e SANEAMENTO
Mercado Ambiental no Brasil: Desenvolvimento e Perspectiva Mercado Ambiental no Brasil: Desenvolvimento e Perspectiva Ricardo Rose ADERES - Vitória, 24.
CAPACIDADE DE REALIZAR TRABALHO
A ÁGUA NO PLANETA TERRA.
Professor Alan Alencar
Camila Comassetto e Amanda Scherer
A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS
Gestão Sustentável dos Recursos
ÁGUA.
Água a energia da vida.

Química Ambiental Água Professor: Francisco Frederico P. Arantes.
A escassez do bem mais precioso que nos foi dado.
Energia das Biomassas.
PROF. ADEMIR AMARAL.
Recursos Hídricos.
ÁGUA É VIDA!.
Distribuição da água doce e salgada na Terra.
SAÚDE E MEIO AMBIENTE CURSO DE FISIOTERAPIA
Profa. Dra. Renata Medici UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ENGENHARIA AMBIENTAL GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS.
O MEIO AMBIENTE É TUDO QUE NOS CERCA
ÁGUAS CONTINENTAIS – CAPÍTULO 12
Água – fundamental para vida.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2016 VER A NOSSA CASA COMUM “ CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE.
Ciências Naturais Domínio 5.° ano A água, o ar, as rochas e o solo
O papel dos instrumentos da política de recursos hídricos
Recursos hídricos Professora Vera Sanches
Um dia sem água? Água é vida... A água de hoje é a mesma da Idade da Pedra... Ciclo hidrológico.
Professora Manuela Cardoso
Direito ambiental Aula 5 Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: Padrões e zoneamento econômico- ecológico.
Prof: Ana Margarida S. Belo
Transcrição da apresentação:

Contaminação dos Recursos Hídricos e Reuso da Água Prof. Ms. Juliano Ricardo Marques

Distribuição da Água no Planeta e no Brasil De toda água existente no planeta: 97,5% é salgada. 2,5% é doce. A maior parte da água doce encontra-se nas geleiras ou são águas subterrâneas (aqüíferos). Somente 1% de água doce é encontrada em rios, lagos e na atmosfera.

Distribuição da Água no Brasil O Brasil possui a maior disponibilidade hídrica do planeta, com 13,8% sendo que: 68% estão na região Norte, com quase 7% da população brasileira; 16% estão na região Centro Oeste com 7% da população. 7% estão na região Sul com 14% da população brasileira. 6% estão na região Sudeste, com quase 43% da população; 3% estão na região Nordeste onde habitam 29% da população.

Falta de água  O século XXI, apresenta um desafio – evitar a falta d`água. Segundo a revista Science (2000) 2 bilhões de pessoas enfrentam a falta de água no mundo. Poderá faltar água para irrigação, principalmente nos mais pobres, sendo que os continentes mais atingidos serão: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou cerca de duas vezes mais que a população mundial, provocado pelo alto consumo de água em atividades industriais e agrícolas.

Causas da poluição das águas Diante do quadro, há necessidade de além de consumir a água de forma racional, evitar o seu desperdício e a sua poluição. Entre as principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: Lixo, esgoto e os dejetos químicos (agrotóxicos, esgoto industrial e de mineração) sem controle.

Problemas gerados pela poluição das águas Segundo a Comissão Mundial de Água, 3 bilhões de pessoas estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias. Espalham-se diversas doenças como: Diarréia, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de pessoas por ano e sobrecarregam os precários sistemas de saúde dos países pobres.

Soluções  III Fórum Mundial de Água (2003), propôs algumas soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra. Alguns desafios devem ser urgentemente superados: Atendimento das necessidades básicas da população; Garantia do abastecimento de alimentos; Proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos; Valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos; Embora muitas soluções sejam em esferas governamentais, no cotidiano todos podem colaborar para que não falte a água. A economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão.

Dicas de economia de água Feche bem as torneiras; Regule a descarga do banheiro; Tome banhos curtos; Não gaste água lavando carro ou calçadas; Reutilize a água para diversas atividades; Não jogue lixo em rios e lagos; Respeite as regiões de mananciais.

Dicas para ajudar a diminuir a poluição das águas Não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não descartar óleo de fritura na rede de esgoto. Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à fontes de água. Não lançar esgoto doméstico em córregos. Não jogar produtos químicos, combustíveis ou detergentes nas águas.

USO EFICIENTE DA ÁGUA NA INDÚSTRIA A indústria é um grande usuário de água. Há necessidade de se utilizar de forma eficiente esse recurso natural. Os usos da água na indústria podem ser divididos em: transferência de calor; geração de energia; aplicação a processos.

Transferência de Calor Processos de aquecimento ou esfriamento. No aquecimento se utiliza a geração de vapor, através de caldeiras – com a combustão de carbono, petróleo, gás, etc. No esfriamento se utiliza a circulação de água, através de torres ou tanques de esfriamento.

Geração de Energia Em muitos países a geração de energia tem origem em termoelétricas, que utilizam o vapor d’água com o propósito de mover turbinas adaptadas a geradores. Termoelétrica a vapor

Aplicação e Processos de fabricação O uso da água nos processos de fabricação são: Transporte de materiais, onde são utilizados tubos ou canais para o seu transporte. As indústrias que utilizam esse sistema são: Papel e celulose; Enlatados de alimentos; Carboníferas e os engenhos açucareiros. As técnicas a serem aplicadas para se obter o uso eficiente da água na indústria são: Recirculação da água; Reuso da água Redução do consumo. Nesses três casos são imprescindíveis que sejam feitas ações de medição e monitoramento da qualidade da água.

Recirculação Técnica que visa a utilização da água no processo onde inicialmente já se usou. A água já utilizada muda as características físicas e químicas – é fundamental conhecer a qualidade e o seu grau de degradação para se aplicar o tratamento apropriado. A recirculação pode ser utilizada: Esfriamento de equipamentos que geram calor; Na lavagem para retirar resíduos ou elementos contaminantes aos produtos e equipamentos; Na fabricação de papel. Exemplo: Recirculação de água em aquecedores

Reuso da água Água de um processo é aproveitado em outro. É importante saber a qualidade da água em cada processo, para se determinar qual seria o tratamento exigido. Exemplo: Águas de reuso de engenhos açucareiros são apropriadas para lavagem de pisos, sistema de esfriamento, serviços sanitários e rega agrícola, desde que sejam observados os seguintes critérios: Tratamento dos efluentes dos processos da destilaria; Tratamento dos efluentes de serviços sanitários e outros processos por meio de lagoas de oxidação; Esfriamento dos efluentes do processo de vapor. (ROMERO; GONZÁLEZ, 1990, p. 44, In: ARREGUÍN-CORTÉS).

Reuso indireto e Reuso direto Reuso indireto: ocorre quando a água já usada, uma ou mais vezes (doméstico ou industrial) é descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e utilizada novamente a jusante, de forma diluída; Reuso direto: uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades como: Irrigação, Uso industrial; Recarga de aqüífero Água potável;

Reuso potável Pode ser dividido em: Direto ocorre no momento em que o esgoto é recuperado através de um tratamento avançado e é diretamente reutilizado no sistema de água potável. Indireto quando o esgoto depois de tratado é jogado nas águas superficiais passando pelas etapas de diluição, purificação natural, sendo posteriormente captado, tratado e por fim utilizado como água potável. ETE - Industrial ETE – Jundiaí - SP

Reuso não potável Pode ser utilizado para fins: Agrícolas – objetivo maior é a irrigação de plantas alimentícias; Industriais – usos de refrigeração, águas de processo, utilização em caldeiras, dentre outros; Recreacionais – irrigação de plantas ornamentais, parques, jardins; Domésticos – água para ser utilizada em jardins, descargas sanitárias, etc; Manutenção de vazões – permite o uso planejado de efluentes tratados com o intuito de prevenir a poluição; Recarga de aqüíferos – recarregar os aqüíferos subterrâneos com efluentes tratados.

Brown e Caldwell (1990) In: Arreguín-Cortés, chamam a atenção para o fato de que o desenvolvimento de um programa de uso eficiente de água numa indústria exige a participação de todos que fazem parte da empresa. Essa é uma condição de extrema importância a ser observada.

Quais as principais alternativas para o reuso de água na indústria? E questões como: Quais os tipos de reuso? Quais as principais alternativas para o reuso de água na indústria? Qual o potencial de reuso na indústria brasileira? Quais as diretrizes legais no Brasil sobre o reuso de água? Responder esses questionamentos é uma forma de se alcançar uma visão abrangente de aspectos que necessitam serem levados em consideração pelas indústrias quando se deseja implantar essa técnica em suas unidades produtivas.

Legislação Legislação brasileira em relação ao reuso de água: A Lei n 6.938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente – tratar dos princípios norteadores das ações governamentais estabelece. No Art. 2 – “incentivos ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional e a proteção dos recursos ambientais” e no Art. 9 “racionalização do uso da água”; Lei n. 9.433/97, Art. 2 – reuso da água fica caracterizado quando se enuncia “a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável” como sendo um dos objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos. Art. 7 desta lei – Planos de Recursos Hídricos estabelece programas e projetos terão um conteúdo mínimo: inciso IV – metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis. Art. 19 – Cobrança pelo uso de recursos hídricos, inciso II se enuncia incentivar a racionalização do uso da água como sendo um dos objetivos da cobrança de água.

Legislação Reuso da água com as leis quando da classificação das águas pela Resolução Conama n. 20 de 1986, art. 1, I. Esta resolução quando da classificação das águas indica e define os usos preponderantes: Classe 1 – águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; Classe 2 – abastecimento doméstico, após tratamento convencional; Classe 3 – ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; Classe 4 – águas destinadas à navegação; à harmonia paisagística; aos usos menos exigentes.