Leitura, Leituras: Recriando impressões por meio de imagens

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Transcrição da apresentação:

Leitura, Leituras: Recriando impressões por meio de imagens Flávio Sabrá Heloisa Santos Julia Teles

A proposta: A partir das discussões que desenvolvemos em sala de aula sobre o texto do Goulemot e da leitura de Colasanti, decidimos por desenvolver um projeto em que nossas diferentes impressões sobre o texto da autora fossem transformadas em um Slide Show , de modo que a polissemia descrita por Goulemot ficasse evidente. Objetivo: O objetivo era demonstrar que a biblioteca e a história de cada um dos integrantes do grupo produziu uma leitura diferente do texto, revelando a ligação única entre singular/social presente no processo de significação decorrente da relação entre o indivíduo, o social e o texto.

Julia Teles: Julia lembrou do primeiro contato que teve com o texto, quando sua mãe leu para ela, trazendo uma interpretação baseada em Jung. O Animus (o homem interior presente na mulher) que pode tomar proporções desastrosas, se mal canalisado. Em uma segunda leitura, Julia pensou na capacidade do indivíduo de criar (tecer) sua própria realidade, na questão da Mãe Natureza e na perda do controle do criador sobre a criação. Flávio Sabrá: Flávio imediatamente pensou no próprio ato de tecer e lembrou das máquinas de tecelagem presentes em seu ambiente de trabalho e nas tecelãs que conheceu durante a vida: mulheres simples que “criavam” sua família, sua vida enfim, tendo a tecelagem como sustento. Pensou ainda na influência da tecelagem na moda atual. Heloisa Santos: A leitura de Heloisa ficou restrita à questão da política e do feminismo. A liberdade da mulher que cria seu próprio entorno; a opressão encontrada pela personagem na relação com o outro; e a luta por retomar as rédeas da própria vida foram compuseram seu olhar. As conquistas do feminismo para a nossa vida.

Flávio

Heloisa

Julia

Pensamos então sobre o destecer: dentro de nossas leituras do texto, o que ele significa? Julia Teles: O destecer como retomada de controle sobre todos os aspectos de seu ser. A destruição, pela “mãe natureza”, das criações humanas. A percepção de que a obra não passa de uma criação. Flávio Sabrá: O destecer uma armação por urdimento ou por trama e urdume nos transporta ao descosturar e desnudar algo ou alguém. Heloisa Santos: O destecer como a luta da mulher para ter o direito à escolha, ao corpo, a própria vida, enfim.

A partir daí, começamos a refletir sobre as possibilidades de se substituir a noção de leitura pela de design. Julia Teles: É possível criar um design que seja facilmente desfeito se percebermos que ele “deu errado” ou que saiu do controle? O design em plataformas virtuais aproxima-se disso? O ecodesign aproxima-se disso? Flávio Sabrá: Quais são os caminhos e teias que o design pode nos levar? É possível nos envolver em mais de uma estrutura e elemento transversal? O corpo, a forma e as propostas possibilitam ao design um apelo por novas e constantes leituras e releituras? Heloisa Santos: Quais são as possibilidades políticas do design? É possível pensar em um design dos corpos ou um design do feminino? Quando, por exemplo, fotografamos mulheres para as revistas de moda, (des)politizamos seu corpo? E os corpos que não são exibidos, deixam de existir? Como o design pode questionar os padrões de feminino? É possível destruir ou “desinventar” um outro criado? Quais as consequências disso?