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Transcrição da apresentação:

ARCADISMO NO BRASIL (1768-1836) No Brasil, o rompimento com a estética barroca começou com a publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768. Este movimento permaneceu como tendência literária até 1836, quando se inicia o Romantismo.

CONTEXTO HISTÓRICO O eixo do Brasil colônia se deslocara do Nordeste para a região Sudeste: Rio de Janeiro e, especialmente, Vila Rica - atual cidade mineira de Ouro Preto. Esse deslocamento deu-se com o declínio da produção açucareira no Nordeste e ao desenvolvimento do ouro e do diamante em Minas Gerais.

Essa intensa atividade econômica deu ensejo ao aparecimento da vida urbana. Os poetas árcades brasileiros estudaram em Portugal e de lá trouxeram ideais libertários que fervilhavam pela Europa inteira. Alguns desses poetas viriam a participar da Inconfidência Mineira.

POETAS DO ARCADISMO BRASILEIRO TOMÁS ANTONIO GONZAGA (DIRCEU) Nasceu no Porto, em 1744. Exerceu cargo de jurisdição em Vila Rica (atual Ouro Preto), capital da capitania de Minas Gerais. Aí começou sua amizade com Cláudio Manuel da Costa e seu romance com Maria Joaquina Doroteia de Seixas, que passaria a ser identificada como a Marília de seus poemas.

Foi denunciado como conspirador na Inconfidência Mineira: preso, foi degredado para Moçambique, onde morreu. Escreveu as liras de Marília de Dirceu, poemas centrados no tema de amor do pastor Dirceu pela jovem Marília.

Marília de Dirceu apresenta basicamente duas partes: a primeira pode ser identificada com o período de conquista amorosa e namoro; a segunda pertence à fase da prisão do poeta. Escreveu também Cartas Chilenas, um longo poema satírico que faz uma crítica ao então governador da capitania, Luis da Cunha Meneses (Fanfarrão Minésio).

Características literárias A poesia de Tomás Antônio Gonzaga apresenta as típicas características árcades e neoclássicas: o pastoril, o bucólico, a Natureza amena, o equilíbrio etc. Paralelamente, possui características pré-românticas (principalmente na segunda parte de Marília de Dirceu, escrita na prisão): confissões de sentimento pessoal, ênfase emotiva estranha aos padrões do neoclassicismo, descrição de paisagens brasileiras etc.

O convívio com o Iluminismo põe em seu estilo a preocupação em atenuar as tensões e racionalizar os conflitos. Tomás Antônio Gonzaga escreveu versos marcados por expressão própria, pela harmonização dos elementos racionais e afetivos e por um leve toque de sensualidade.

Segundo Alfredo Bosi, Gonzaga está acima de tudo preocupado em "achar a versão literária mais justa dos seus cuidados". Assim, "a figura de Marília, os amores ainda não realizados e a mágoa da separação entram apenas como 'ocasiões' no cancioneiro de Dirceu", o que diferencia o autor dos seus futuros colegas românticos.

Marília de Dirceu (trechos para análise) Lira I Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado, de tosco trato, de expressões grosseiro, dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; dá-me vinho, legume, fruta, azeite; das brancas ovelhinhas tiro o leite, e mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte: dos anos inda não está cortado; os Pastores que habitam este monte respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, que inveja até me tem o próprio Alceste: ao som dela concerto a voz celeste nem canto letra, que não seja minha. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura, só apreço lhes dou, gentil Pastora, depois que o teu afeto me segura que queres do que tenho ser senhora. É bom, minha Marília, é bom ser dono de um rebanho, que cubra monte e prado; porém, gentil Pastora, o teu agrado vale mais que um rebanho e mais que um trono. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela! (...)