Obesidade Infantil em Portugal

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Exercício Físico Rendimento escolar Obesidade.
Advertisements

CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA ADULTA IDOSA COM CANCRO DA MAMA
Curvas do crescimento da criança em Amamentação
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE NUTRIÇÃO
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO INFANTIL
Gravidez de Risco Será que as consequências serão as mesmas em diferentes faixas etárias ? Joana Pires nº 11 Ricardo Pinto nº 19 Catarina Taborda nº 26.
Contribuição das Abordagens Socio-Cognitivas no Desenho de Programas de Intervenção no Mau Trato e Negligência Calheiros, M. ENCONTRO COM A CIÊNCIA 2009.
A importância de avaliação da exposição no controlo alimentar Tim Hogg Escola Superior de Biotecnologia, Universidade Católica Portuguesa.
Amorim, VMSL; Barros, MBA; César C; Carandina L; Goldbaum M.
Hábitos de Vida e Riscos para Doenças Não Infecciosas do Curso de Ciências Biológicas da Fundação Santo André Aluno:Thiago Borba de Oliveira Orientadoras:
Prevenindo a Hipertensão
Obesidade Rosângela Carrusca Alvim.
Programa de mudança de estilo de vida com alimentação e exercícios
Alimentação.
Avaliação Antropométrica
A População Imigrante no Concelho de Serpa Identificação Profissão Entrada e Permanência em Portugal Adaptação/Integração Social Agregado Familiar Projecto.
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
DOMICÍLIOS 100% LIVRES DE FUMO
SECRETÁRIO DO ESPORTE EVANDRO ROGÉRIO ROMAN. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é considerada epidêmica. Nos Estados Unidos estima-se.
“OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA E A NUTRIÇÃO”
Distúrbios alimentares !
EFEITO DOS DIFERENTES TIPOS DE EXERCÍCIO EM INDIVÍDUOS MOÇAMBICANOS PORTADORES DO HIV QUE FAZEM O USO DA TERAPIA COM ANTIRETROVIRAL Bom dia as minhas.
Risco cardiovascular e aterosclerose na Artrite Reumatóide
Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa
O PEDIATRA E OS MEIOS ELETRÔNICOS
Redes de Obesidade Luan Dutra Duarte
Associação Industrial Portuguesa Fórum de Outubro de 2003 Contributos do Sistema Educativo para a Inovação Margarida Chagas Lopes.
DI-FCT-UNL Departamento de Informática Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Engenharia Informática DI-FCT-UNL DI-FCT-UNL:
Educação para a saúde.
PROJECTO DOMICÍLIOS 100% LIVRES DE FUMO Instituto de Educação – Universidade do Minho 02 de Novembro de 2011 José Precioso (a), Manuel Macedo (b), Carolina.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Realidade da Saúde Pública Hospitais lotados, emergências lotadas, uti lotadas, gastos crescentes com medicamentos Aumento de gastos com assistência médica.
Acidente Vascular Cerebral ( AVC)
Seminário 4 – Unidade I.
SAÚDE INDIVIDUAL E COMUNITÁRIA
Isabel do Carmo Galvão Teles Luís Medina Lima Reis Mário Carreira
Bruno Matias Daniel Akamine
Indicadores sócio-econômicos de municípios no litoral do Paraná e estado nutricional de escolares AMORIM (1), Suely, T.S.P.; RIGON (1), Sílvia A; KAMINSKI.
CUIDADOS A TER COM O SISTEMA CIRCULATÓRIO
Observatório Permanente da Juventude (+351) O Programa de Estudos do Observatório Permanente.
Os gaúchos e o coração.
Trabalho realizado por : Maria Nº9 Miriam Nº12 9ºD
FATORES DE RISCO EM PACIENTES COM ALTERAÇÕES GLICEMICAS Maria José Trevizani Nitsche, Sandra Olbrich, Gabriela Mendes Pessoa; Ana Elisa de Oliveira,
Que comemos? calorias  nutrição, saùde e variedade Quando comemos? comidas regulares  snacks Onde comemos? em casa  fora de casa Como se preparam os.
As estruturas e os comportamentos sociodemográficos
Riscos em Saúde Prof. João M. Lucas Coimbra, Fev
AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNÍCIPIO DE GUABIRUBA-SC Coordenador: Prof. Dr. Edson L.
Programa Educação para um peso saudável
Ana Maria Lopes Grupo de Nutrição Clínica Hospital de Faro, E.P.E.
Escola Secundária de São João da Talha, Loures
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA
PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NA INFÂNCIA
Consequencias do distúrbios respiratórios do sono não tratados Consequencias do distúrbios respiratórios do sono não tratados Geraldo Lorenzi-Filho Laboratório.
PET – SAÚDE UERN Medicina - Endocrinologia Resultados PET-Saúde – Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO.
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE
E.E.E.M Dr Jose Mariano de Freitas Beck - CIEP
Introdução a Educação Física para Grupos Especiais (GE):
Trabalho realizado por : Miriam Cunha Nº12 9ºD
Baker, J.L.; Olsen, L.W.; Sorensen T.I.A
Obesidade infanto-juvenil

Ciências Naturais – 9.o ano
Obesidade infantil- influencia da propaganda
Eduardo V. Fernandes PROJECTO ESCOLA ACTIVA 1 ENPAR 2011 Instituto Português da Juventude Faro, 25 de Maio de 2011.
Adolescência e Principais problemas de saúde na puberdade História, Conceitos e Características DISCIPLINA HSM-130 CICLO DA VIDA II Graduação em Nutrição.
CASOS CLÍNICOS Regras desta atividade científica:
Osteodensitometria, Biomecânica do Osso e Risco de Fractura Cadeira de Introdução à Engenharia Biomédica Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica 2007/2008.
Prevenção da obesidade infantil Coordenação: Isabel Loureiro
O Efeito dos Fatores Sociais, Económicos e Políticos na Saúde Infantil em Portugal Cristina Padez Centro Investigação em Antropologia e Saúde Universidade.
Obesidade Infantil em Portugal
Transcrição da apresentação:

Obesidade Infantil em Portugal Cristina Padez Isabel Mourão Pedro Moreira Teresa Fernandes Vitor Marques Projecto financiado pela FCT - POCTI/ESP/43238/2001

Obesidade Infantil: problema de saúde pública  A obesidade infantil tem aumentado acentuadamente nas últimas décadas ● países desenvolvidos ● países em vias de desenvolvimento (menor escala)

Obesidade Infantil: consequências  A obesidade na infância frequentemente permanece na vida adulta (~40%)  Está relacionada com a morbilidade e mortalidade independentemente da obesidade na vida adulta  A obesidade na infância está associada com algumas doenças

Obesidade Infantil: doenças associadas  Algumas doenças (60% - 1 factor; 20% 2 ou +) Hipertensão arterial Diabetes tipo 2 Colesterol Triglicerídeos Problemas ortopédicos Problemas de auto-estima

Projecto Nacional de Obesidade infantil Objectivos 1. Prevalência de obesidade 2. Efeitos de factores familiares, alimentação e actividade física

População estudada N= 4511 (2274 meninas e 2237 meninos) Crianças saudáveis N= 4511 (2274 meninas e 2237 meninos) Idades: 7-9 anos Metodologia Estudo transversal

Medidas Antropométricas Peso Estatura Pregas cutâneas: tricipital, subescapular Perímetro da parte superior do braço Prevalência de Obesidade - Intervalos do IOTF (Cole et al. 2000)

Obesidade (incluindo excesso de peso) 31,56%

Obesidade Infantil: factores de risco na população estudada  Factores significamente associados com a obesidade infantil : 1º Obesidade da mãe e do pai 2º Peso ao nascimento 3º Nº horas de sono / dia 4º Tamanho da família (nº filhos) 5º Nº horas a ver televisão 6º Grau de instrução da mãe e do pai

p = 0.000

Obesidade da Mãe e do Pai

p = 000.0

Peso Nascimento (g)

p = 0.000

Nº horas Sono / dia

p = 0.000 +4

Número de irmãos Pai Mãe

p < 0.001 0-1 +4

Nº horas TV / dia 0-2 +4

p < 0.001

Grau de Instrução da Mãe e do Pai

Conclusões - Valores preocupantes de obesidade infantil na população portuguesa - Meninas com valores mais elevados de obesidade do que os meninos Mais horas de Televisão e de Computador maior percentagem de obesidade infantil Quanto mais elevado o peso ao nascimento maior o risco de obesidade das crianças

Conclusões (cont) Influência da família Maior risco de obesidade das crianças se os pais também forem obesos Um grau de instrução dos pais mais elevado esteve associado a um menor risco de obesidade dos filhos Quanto maior o número de filhos na família menor o risco de obesidade das crianças

Sumário Os resultados sugerem que qualquer estratégia de intervenção para combater a obesidade infantil tem que envolver toda a família

Equipa de investigação Cristina Padez Departamento de Antropologia, Universidade de Coimbra. Isabel Mourão Departamento de Desporto, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Pedro Moreira Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto Teresa Matos Fernandos Departamento de Biologia, Universidade de Évora Vitor Rosado Centro de Antropobiologia, Instituto Investigação Científica Tropical, Lisboa

Trabalhos publicados até ao momento Padez, C.; Fernandes, T.; Mourão, I.; Moreira, P.; Rosado, V. 2004. Prevalence of overweight and obesity in 7-9-y old Portuguese children. Trends in body mass index from 1972 to 2002. American Journal of Human Biology,16: 670-678. Moreira, P.; Padez, C.; Mourão, I.; Rosado, V. 2005. Dietary calcium and body mass in Portuguese children. European Journal of Clinical Nutrition, 59: 861-867. Padez, C.; Mourão, I.; Moreira, P.; Rosado, V. 2005. Prevalence and risk factor for overweight and obesity in Portuguese children. Acta Paediatrica (aceite a 18 de março de 2005).