Saúde Pública Misericórdias.

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Transcrição da apresentação:

Saúde Pública Misericórdias

Misericórdias Conforme o expressa a própria palavra na sua decomposição “Miseris + cor + dare” ou seja: Ter lugar no coração para todos os que são vítimas de qualquer forma de miséria. Ou “dar o coração aos miseráveis vítimas de qualquer miséria”, sem discriminação alguma nem exclusão de qualquer natureza.

O que são? São uma Irmandade ou associação de aprendizes, animados pela mesma fé e unidos pelos mesmos objectivos de testemunharem em colegialidade numa caridade fraternalista, constituindo uma presença e uma força de esperança junto de todos os que precisam.

História Foi com o próprio Jesus Cristo quando no evangelho diz: “Bem aventurados os misericordiosos, porque hão-de alcançar a Misericórdia”. Mas como movimento organizado em Irmandade ou Confraria, ele está bem patente já nas primeiras comunidades cristãs, das quais se diz que os irmãos “estavam todos unidos num só coração” e “numa só alma”. Assim, instituíram os “serviços das Mesas” para atendimento dos mais carenciados, criando um corpo de “diáconos”. Ao longo dos tempos evoluíram em termos de organização, designando-se mesmo por “Confraria” ou “Irmandade”; em 1244, na cidade de Florença, surgem com o providencial impulso de S. Pedro, Mártir, da Ordem dos Pregadores.

Compromisso da misericórdia, impresso em 1516. Primeira sede da misericórdia de Lisboa na Sé Catedral.

Por quem foram criadas ? Criadas pela Rainha D. Leonor de Lencastre, viúva do rei D. João II e pelo Cardeal D. Jorge da Costa, já muito ligado à família real portuguesa desde D. Afonso V. Por consideração de muito significado, e por gesto de humildade pessoal, não quis a Rainha aparecer nas bandeiras como instituidora ; mas consignou na escritura da fundação que ela lhe deu: “permisso, consentimento e mandado” tal como o colégio da Sé onde se instituiu lhe deu “ortorga, autoridade e ajuda”. Ficariam assim as Misericórdias como obra de “Homens Bons”, que a Corte apoiava, e que a Igreja abençoava, mas respeitando, uma e outra, a necessária autonomia”. Assim pode dizer-se que, de futuro, as Santas Casas, como o povo agradecido a havia de canonizar, formariam com a autoridade civil e a hierarquia eclesiástica uma trilogia de intenções, de formas e de projectos convergentes, e no melhor espírito de parceirismo em proveito da comunidade, e que se poderá equacionar em: Município, Matriz e Misericórdias.

D. Leonor De Lencastre

Como se expandiram? Abrandadas as guerras, e intensificando-se com o aparecimento de ordens religiosas, dos mais diversos carismas, as pregações e outras muitas formas de missão, surgiu a época das grandes Peregrinações e Cruzadas junto de Lugares Santos: Jerusalém, Roma, Santiago de Compostela, além de outras muitos Santuários. Motivando-se com isso inúmeras formas de assistência aos peregrinos com a instituição de albergarias, hospitais, leprosarias, e outras muitas formas de acolhimento e apoio, assistência e solidariedade, transpirantes do melhor Humanismo Cristão, mobilizando-se no melhor espírito de “cruzada” e de caridade na prática de acções de bem-fazer, concretizadas segundo as 14 obras de Misericórdia.

Quando chegaram a Portugal? Ainda antes da Instituição oficial e histórica das Santas Casas da Misericórdia, como tais em 1485, já em Portugal era tradicional desde os alvores da nacionalidade, o culto de Nossa Senhora sob a dupla invocação de Nossa Senhora da Piedade e Senhora da Misericórdia, não só como orago de igrejas paroquiais e conventuais, mas também como patrona protectora de Irmandades, ou Confrarias; elas eram o testemunho público do exercício da caridade cristã.

Quem devemos ajudar? Todo aquele de quem cada um mais se aproximar; e não tanto aquele que mais simpatia ou afinidade, étnica, cultural, social, religiosa, política ou outra, possa ter connosco. Para a caridade não há fronteiras de qualquer natureza. Para quem ama não há distâncias, discriminações, nem condições. O bem faz-se só porque é bem, pois o bem que fazemos também deve melhorar aquele que o faz.

Intervenções do Estado e da Igreja: Alguma Hierarquia da Igreja exagerou nos seus poderes e pretensos direitos de intervenção, designadamente no sector administrativo de bens e valores patrimoniais das Misericórdias; o Estado serviu de árbitro, através dos seus agentes jurídicos e dos tribunais, defendendo, apesar de tudo, a tese de autonomia. Num caso ou noutro, as duas instituições, têm voz e poder de intervenção, mas apenas como tutores de uma ortodoxia e fidelidade ao Compromisso, como simples árbitros, e não como dominadores, com função meramente tutelar, e não com direitos de domínio ou propriedade.

As 14 obras da misericórdia: Corporais: - Tive fome e deste-me de comer; - Tive sede e deste-me de beber; - Estava nu e vestistes-me; - Andava errante e acolheste-me; - Estava doente e visitastes-me; - Estava prisioneiro e libertaste-me; - Morri e deste-me sepultura;

Este azulejo foi criado para demonstrar um dos deveres dos irmãos das misericórdias, dos quais “tive fome e deste-me de comer” e podia-mos vê-lo no antigo convento de S. Pedro de Alcântara.

Espirituais: - Dar bom conselho a quem pede; - Ensinar os ignorantes; - Corrigir os que erram; - Consolar os que estão tristes; - Perdoar as injúrias; - Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo; - Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos;

Principais características dos irmão de uma irmandade da misericórdia: Para serem recebidos por Irmãos, os candidatos têm de ser Homens de boa consciência e fama, tementes a Deus, modestos, caritativos e humildes, que se requerem para servir a Deus e a seus pobres com a perfeição devida, hão-de ter ainda entre outras, algumas condições que se podem expressar deste modo: - Ser limpo de sangue; - Ser livre de toda a Infâmia; - Ter idade conveniente;

- Ser de bom entendimento e saber; - Ter meios que bastem, para não se servir dos bens da irmandade, nem se suspeitar de que poderá aproveitar-se do que lhe correr pelas mãos. - Homem nobre de autoridade; - Honesto de boa forma; - Muito humilde e paciente pelas delirante considerações dos homens com que há-de usar e praticar; - Repartir entre si todos os cargos segundo o que “mais for serviço de Deus”; - Apto em condições de melhor servir, os objectivos da Misericórdia ;    

Objectivos: As Misericórdias, como instituição organizada de cidadãos mobilizados em voluntariado de fraternidade associativa – por disposição espontânea ou por convite – só têm uma lei especificamente evangélica: a caridade, objectivamente concretizada nas palavras de Jesus Cristo: “amai-vos uns aos outros como irmãos”, retomadas por S. João: “de tal modo Deus nos amou, que nós devemos amar-nos uns aos outros”.  

Bandeira da misericórdia de Lisboa com a representação de um preso