Percepção Visual PTC2547 – Princípios de Televisão Digital

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Transcrição da apresentação:

Percepção Visual PTC2547 – Princípios de Televisão Digital Guido Stolfi – 8/2013

Percepção Visual Elementos de Neurologia: impulsos nervosos Fisiologia do Olho Humano Características da Visão Mecanismo da formação da imagem Percepção de Intensidade e Fator Gama Resolução Espacial Resolução Temporal e Cintilação Percepção de Movimento Percepção de Distância Ilusões Ópticas

Estrutura do Olho Humano

Estrutura da Retina

Características da Retina 7.000.000 de Cones – células sensíveis à intensidade e à cor (visão Fotópica) 130.000.000 de Bastonetes – sensíveis apenas à intensidade (Visão Escotópica) 1.000.000 de fibras nervosas no Nervo Óptico Fisiologicamente, é uma extensão do córtex cerebral

Características da Fóvea Área central da retina (~2 mm2), responsável pela Visão Central Abrange ângulo visual de ~2 graus Resolução Angular para Luminância: 1 a 2 minutos de grau (1 a 2 mm x 3 metros) Resolução Angular para Crominância: 5 a 10 minutos de grau Freqüência Crítica de Cintilação: 40 a 85 Hz

Elementos de Neurologia

Elementos de Neurologia Fibras nervosas transmitem impulsos químicos Potencial elétrico é conseqüência do impulso químico Impulsos têm sempre mesma amplitude Intensidade do estímulo afeta taxa de repetição dos impulsos Cada fibra nervosa transmite apenas uma qualidade de estímulo

Propagação do Impulso Nervoso Na+ Na+ Na+ Na+ Fibra em repouso: Potencial de –75 mV K+ K+ K+ K+ K+ K+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Início do impulso (Paredes da fibra permitem ingresso de Sódio): Potencial de Ação de + 55 mV K+ K+ Na+ K+ K+ Na+ K+ K+ Na+ Na+ Na+

Propagação do Impulso Nervoso K+ Na+ Na+ Propagação (paredes da fibra tornam-se permeáveis ao potássio): Potencial retorna a –70 mV Na+ K+ K+ Na+ K+ Na+ Na+ K+ Na+ Na+ K+ K+ K+ Na+ Fim do impulso (paredes tornam-se impermeáveis): Potencial de polarização – 70 mV Na+ K+ Na+ Na+ K+ Na+ Na+ Na+ Na+ K+ K+

Propagação do Impulso Nervoso K+ K+ Na+ Bomba Sódio-Potássio entra em ação (período refratário): Potencial de –70 mV Na+ K+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ Na+ K+ K+ K+ Na+ Na+ Na+ Na+ K+ Fibra em repouso: Potencial de –75 mV K+ K+ K+ K+ K+ Na+ Na+ Na+ Na+

Modelo de um Elemento de Fibra Nervosa g(K) = 20 g(Na)0 = 4 g(Cl) g(Na)P = 500 g(Na)0

Impulsos Nervosos em Células Sensoriais T

Percepção de Diferenças de Intensidade log T P E = 0 E = 1000 100 102

Tipos de Fibras no Nervo Óptico Estímulo Luminoso Células “ON” Células “OFF” Células “ON-OFF”

Exemplo de Processamento Neuronal Sinapse Ativa Neurônio  1 Estímulo Axônio t Sinapse Inibidora Gânglio Bipolar

Fisiologia do Olho Humano

Distribuição das Células na Retina

Estrutura da Retina

Retina Ocular

Pré-processamento da Retina Agrupamento: várias células contribuem para uma unidade de percepção (ex.: bastonetes) Inibição Lateral: estímulos locais dessensibilizam células vizinhas (filtro passa-altas espacial) Inibição temporal: estímulos “ON”, “OFF” (filtro passa-altas temporal)

Modelo de Oponentes para Percepção Visual

Sensibilidade Espectral da Visão

Distribuição de Cones e Bastonetes

Distribuição de Cones e Bastonetes

Faixa Dinâmica de Percepção de Luminosidade

Adaptação à Luminosidade

Sensibilidade da Visão para Diferenças de Cromaticidade

Mecanismo de Construção da Visão

Musculatura do Globo Ocular

Movimentos Sacádicos

Movimentos Sacádicos

Movimentos Sacádicos

Mecanismo de Formação da Imagem 1 1 2 2 3 3 4 5 6 5 4 7 6 7 9 8 10 8 9 10 t  50 ms

Percepção de Intensidade

Lei de Weber para Percepção Sensorial Y Y+Y Diferença Apenas Perceptível de Brilho  

Fração de Weber

Limiar de Percepção Sensorial 102 100 log T

Faixa Dinâmica de Percepção de Luminosidade (Geral e Local)

Sensação de Brilho em Torno de um Ponto de Acomodação L* = “Lightness”

Correção Gama (  = 2,2 )

Efeito da Não-linearidade do TRC

Ruído Aditivo e Correção Gama  = 0 Original  = 2,2

Exemplo: Sistema sem Correção Gama Escala uniforme de intensidades aparentes (“Lightness”)

Exemplo: Sistema sem Correção Gama Luminância correspondente à escala uniforme

Exemplo: Sistema sem Correção Gama Sinal proporcional à Luminância sujeito a ruído aditivo

Exemplo: Sistema sem Correção Gama Percepção visual do sinal sujeito a ruído aditivo

Exemplo: Sistema com Correção Gama Escala uniforme de intensidades aparentes (“Lightness”)

Exemplo: Sistema com Correção Gama Sinal proporcional à Luminosidade aparente, com ruído aditivo

Exemplo: Sistema com Correção Gama Luminância reconstruída a partir do sinal com ruído

Exemplo: Sistema com Correção Gama Percepção visual final do sinal sujeito a ruído aditivo

Resolução Espacial

Resolução Espacial da Visão

Bandas de Mach

Carta de Campbell

Freqüências Relevantes na Visão 4,2 mm = 1,2 ciclos/grau 1,5 mm = 3,5 ciclos/grau 0,15 mm = 17 ciclos/grau 0,35 mm = 7,5 ciclos/grau ( d = 300 mm ) 1,2 mm = 4,3 ciclos/grau

Freqüências Relevantes na Visão Caracteres Elementos gráficos Linhas de Texto

Resolução Temporal e Cintilação

Percepção de Cintilação

Mecanismo de Formação da Imagem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7 8 4 5 9 6 10 1 3 2

Sensibilidade à Cintilação de Detalhes

Diâmetro da Pupila x Luminosidade Ambiente

Luminância x Cintilação 10 10.75  19.63 215  392 48.4  54.4 60.6  66.9 30 9.08  15.21 544  912 57.6  62.8 70.2  75.5 100 8.04  11.34 1608  2268 68.9  71.9 81.8  84.9 300 7.07  9.62 4242  5772 78.2  81.3 91.4  94.6 1000 6.16 12320 88.9 102.4 3000 4.52 27120 96.7 110.5 Luminância da Tela (Nits) Área da Pupila (mm2) Iluminamento Retinal (Trolands) Freqüência Crítica p/ 10o (Hz) Freqüência Crítica p/ 70o (Hz) 10000 3.14 62800 105.1 119.2 Relação entre Luminância da Tela de Monitores de Vídeo e Freqüências Críticas de Cintilação, para 95% da População (ISO/TC159/1987) - Campos de Visão de 10 e 70 graus

Questão Polêmica Cintilação de 60 Hz é responsável pelo sucesso da Televisão?

Percepção de Movimento

Percepção de Movimento Movimento Retinal Imagem do objeto se move em relação à retina Sujeita às características temporais da visão Baixa definição espacial, visão periférica Rastreamento Ocular Olho acompanha a trajetória do objeto Sujeita às características espaciais da visão Alta definição espacial, visão central

Movimento Retinal e Rastreamento Ocular

Mecanismos de Compensação do Movimento Ocular - + Comando motor Sensores Informação compensada Movimento ocular bruta

Percepção de Distância

Mecanismos de Percepção de Distância Foco Ocular Visão Binocular (Disparidade) Paralaxe de Movimento Fator de Escala Texturas e Saturação

Foco Ocular Informação intensa para curtas distâncias (< 1m)

Visão Binocular Informação fortíssima para curtas distâncias (dentro do alcance físico); decresce até distâncias médias (< 100 m)

Paralaxe de Movimento Depende da amplitude do movimento; em condições de visualização normal é intensa para distâncias curtas (< 10 m)

Fator de Escala Forte para qualquer distância (centímetros a quilômetros); depende de aprendizado 1m 500m

Texturas / Saturação Estimativa razoável para distâncias longas (até vários km) Muito longe Longe Perto

Diferenças na Percepção de Distâncias 2,5 m 0,5 m

Compensação da Distorção de Perspectiva B C

Distorção de Perspectiva B, C

Questão Polêmica A Televisão do Futuro será em 3 dimensões?

Ilusões Ópticas

Ilusões Ópticas (Visuais) Quando a percepção entra em contradição com a realidade física Estudo dos mecanismos da percepção visual Ilusões fisiológicas (intrínsecas) e cognitivas (culturais) Teste de hipóteses

Irregularidades do Campo Visual

Ilusão de Muller-Lyers

Ilusão de Muller-Lyers

Mesas de Shepard

Justificativa da Ilusão de Muller-Lyers

Cultura “Circular”

Verde Vermelho Preto Branco Marrom Azul Amarelo Roxo