A CRISE E O ENDIVIDAMENTO NO CONTEXTO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS Brasília, 26 de fevereiro de 2009
Efeitos da Crise Mundial Análise do Ambiente Externo
- Desaceleração econômica mundial; - Incertezas no curto, médio e longo prazo: Volatilidade nas cotações das commodities; Redução e encarecimento do crédito; Forte contração das linhas de financiamento externo; Desemprego; Alteração no fluxo do comércio mundial; Insegurança para investimentos produtivos.
Fonte: Cepea/Esalq (2009) Considerações sobre a taxa de câmbio Queda na taxa: Reflexo da confiança internacional no Brasil; - Juros ainda elevados, reservas de US$ 200 bilhões, déficit na balança de pagamentos dentro de limites aceitáveis e diminuição da dívida externa: investimentos financeiros crescentes que inundam mercado e valorizam o real; - Problemas nos EUA: Déficit elevado nas contas públicas, crescimento da dívida pública e ameaça chinesa de não financiar os déficits americanos resultaram na desvalorização do dólar Impactos na competitividade das exportações brasileiras; Estímulo a importação e favorece a substituição de produtos nacionais por bens externos.
Fonte: MDIC/SECEX – 2009 Impactos no Brasil: Exportações das Cooperativas
Evolução das Exportações das Cooperativas e a taxa de câmbio Fonte: MDIC/SECEX – Dez.2008; Série Dólar - CEPEA/ESALQ (2009) – Elaboração: Gemerc/OCB
Análise do Ambiente Interno Pontos Fracos e Fortes
Pontos Fracos: - Safra 2008/09 foi comprometida parcialmente com os períodos de estiagem; - Preocupações quanto ao impacto da aplicação da legislação ambiental – perdas de áreas produtivas e custos de reflorestamento; - Entraves logísticos; - Crédito rural insuficiente e custos elevados de produção; - Oscilações de preços das commodities dificulta o planejamento agrícola; - Ausência de seguro de renda e endividamento do setor.
Pontos Fracos – Crédito Rural
Pontos Fracos - Endividamento
Pontos Fortes: - Produtores amparados por cooperativas possuem assistência técnica permanente e planejam o processo de comercialização de insumos e da produção; - Em momentos de crise, as cooperativas socorreram seus associados, em substituição a outros agentes financiadores; - As cooperativas podem se unir por meio de intercooperação; - Representação das Frentes Parlamentares
Pontos Fortes: - Representação conjunta das entidades permite melhor formação de políticas públicas; - Escala de produção e Emprego de tecnologia no campo; - Capacidade de usos dos solos: 2 a 3 safras anuais; - Diversidade de produtos; - Integração na produção de carnes - frigoríficos e complexos agroindustriais; - Disponibilidade de área produtiva.
Conclusão: Medidas Governamentais Atenuadoras e Estruturantes
Medidas Adotadas: - Reestruturação patrimonial e recuperação financeira das cooperativas -R$ 8,7 bilhões (Procap, Prodecoop, Subexigibilidade) - Aumento no volume do PAP 2009/10: R$ 107,5 bilhões; - Atenção s/ pequenos e médios produtores (ex: Proger Rural); - Reclassificação de riscos nas operações do crédito rural; - Aumento dos recursos p/ subvenção ao prêmio do Seguro; - Ampliação do zoneamento
Medidas Necessárias : - Instituição de instrumentos de mercado e de auto-liquidez no Crédito Rural - Controle do câmbio -Utilizar mecanismos de derivativos para proteção (contratos futuros de dólar) -Evitar a especulação com taxas de câmbio - Revisão e substituição de garantias - Suprimento de fertilizantes - Registro de defensivos genéricos
Medidas Necessárias: - Controle das importações - Reforma tributária - Aceleração do PAC e Melhoria da logística - Adequação de excepcionalidades à Lei / Instituição do Fundo Garantidor do Crédito Rural - Regulamentação do Fundo de Catástrofe e efetivação do Seguro Rural no país - Criação do Seguro de Renda - Alteração do Código Florestal
Obrigado! Gustavo Prado Gerência de Mercados Organização das Cooperativas Brasileiras (61)