Ubuntu... Eu sou porque nós somos!

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Transcrição da apresentação:

Ubuntu... Eu sou porque nós somos! Refletindo juntos o Currículo da Escola... Ubuntu... Eu sou porque nós somos!

Aos colegas, profissionais da Educação Municipal O momento presente destina-se à reflexão compartilhada entre todos os profissionais da escola sobre seu fazer cotidiano. Esse fazer construído por todos vocês juntos e juntos com seus alunos e famílias. Todos sabemos que o conjunto dessas experiências cotidianas, como vivências partilhadas, é sempre delicado e complexo, porque sempre marcado pelos altos e baixos de nossa humanidade. De outro modo: somos profissionais de um campo de trabalho nunca preciso ou meramente técnico. Um campo de trabalho para o qual fórmulas, receitas, padrões, procedimentos únicos – uniformes e infalíveis – na verdade, raramente funcionam, por mais que desejássemos. Tantas vezes poderemos ser seduzidos a acreditar em simplificações e controles prévios e externos. Mas contraditoriamente afirmaremos almejar a criticidade. Tantas vezes apostaremos na repetição de padrões únicos de trabalho, mas simultaneamente iremos valorar, dentre nossos objetivos, a criatividade. O fato é que em todas as instituições humanas, o contraditório se faz presente e é justamente isso o que fundamenta, impõe e justifica a necessária reflexão sobre o que é vivido e feito em nossas escolas. A reflexão sobre as escolhas que como sujeitos profissionalmente constituídos fazemos e ainda faremos dentro do cotidiano. A reflexão necessária que legitima o movimento contínuo de formação em serviço, dentro e para além da escola.

Com Paulo Freire, firmamos que a construção ou re-construção do currículo da escola pressupõe o exercício de diálogo e de estudo contínuo que nos desloca de nossa consciência espontânea para a uma consciência reflexiva mais sensível e crítica. Tal exercício e construção é o que, certamente, nos qualifica cada vez mais como profissionais da Educação. Dentro de uma sociedade que tanto valoriza o consumo e o individualismo, num movimento cruel de destruição das individualidades e identidades – e veloz reprodução da barbárie – precisaremos necessariamente navegar contra a maré. Precisaremos construir as identidades de nossas escolas pautados em outras referências de nossa humanidade. Daí, que o desafio inicial posto a toda e qualquer instituição escolar – pública ou não – traz na raiz um problema essencialmente filosófico: quais referências de mundo queremos construir ou reproduzir? Acreditamos que tais desafios remetem ao complexo trabalho de diálogo com pessoas e fundamentos, com linguagens e construções científicas e artísticas, com patrimônios culturais distintos e amplos. Remetem ao exercício do olhar e do escutar sensíveis às realidades das crianças, jovens, adultos, pais e também o olhar e o escutar a nós mesmos. Remetem ao exercício contínuo do ler, do re-aprender, do co-partilhar, descentrar-se, duvidar-se; do re-significar o avaliar. Remetem ao exercício de desconstruir nosso imaginário, imaginário em que idealizamos “Escola”, “Aluno”, “Conteúdo”, “Aprender”. Remetem ao exercício do envolver-se e engajar-se, pois, afinal, não há educação sem engajamento.

Nosso trabalho será sempre de profunda responsabilidade histórica e social. Sabemos que a escola e a educação escolar não muda sozinha um mundo, mas atua decisivamente na transformação das pessoas, da sua consciência e das escolhas que fazem na medida que ativa “re-visões” e re-leituras desse complexo mundo. A sequência posterior de quadros busca contribuir para esse movimento reflexivo. Selecionamos algumas produções e “recortes” a partir de referências mais amplas relativas à currículo, cultura, infância, juventude e avaliação. Ao final, indicamos fontes, links que poderão alimentar o prazer de xeretar e aprofundar. Prazer constitutivo do nosso fazer e boa luta. Ao fim, reafirmamos, como grupo, nosso posicionamento de co-partilhar com os colegas que estão aí nas escolas os tantos desafios, dificuldades e alegrias desse engajamento. Equipe de DOT-P – DRE JT

“O currículo é o coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua elaboração. O papel do educador no processo curricular é, assim, fundamental. Ele é um dos grandes artífices, queira ou não, da construção dos currículos que se materializam nas escolas e salas de aula. Daí a necessidade de constantes discussões e reflexões na escola sobre o currículo, tanto o formalmente planejado quanto o currículo oculto. Daí nossa obrigação, como profissionais da educação, de participar crítica e criativamente na elaboração de currículos mais atraentes, mais democráticos, mais fecundos.” Antonio Flávio Barbosa Moreira e Vera Maria Candau Currículo, Conhecimento e Cultura – na série Indagações sobre o Currículo – MEC, 2008.

“A escola, portanto, não é apenas um local onde se aprende um determinado conteúdo escolar, mas um espaço onde se aprende a construir relações com as “coisas” (mundo natural) e com as pessoas (mundo social). Essas relações devem propiciar a inclusão de todos e o desenvolvimento da autonomia e auto-direção dos estudantes, com vistas a que participem como construtores de uma nova vida social” Cláudia de Oliveira Fernandes e Luiz Carlos de Freitas em Indagações sobre o Currículo – Currículo e Avaliação Convidamos todos a refletir... com Milton Santos (Vídeo 1) com Paulo Freire (Vídeo 2)

De fato, assumimos o currículo como um espaço de diálogo e estudo De fato, assumimos o currículo como um espaço de diálogo e estudo? Como um campo plural de reconstrução de sensibilidades e saberes de todos os envolvidos no fazer cotidiano da escola? Se assumimos isso como valor, como fazemos, de fato, isso valer? Quais contradições percebemos? Quais contradições e conflitos tendemos a velar? O currículo reflete as diferentes identidades que compõem a comunidade escolar? Como documentamos, socializamos e avaliamos tais escolhas e práticas?

Como individualidades que carecem específica atenção são entendidas e assumidas?

“Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Cora Coralina

Para iniciar o movimento reflexivo sugerido para o Ensino Fundamental clique aqui

# Sugestão de leitura – Vídeo 3