A Sociedade Civil e os Militares na Beligerância Portuguesa

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Crise da Monarquia Nos finais do século XIX, Portugal vivia uma crise económica, financeira, política e social.
Advertisements

A União Ibérica. Regresso ao Norte de África Crise do Império do Oriente  Viragem para o Norte de África Marrocos estava mais próximo, tinha menos riscos.
Porque é Feriado em 5 de Outubro? A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA
A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA 5 DE OUTUBRO DE 1910 Trabalho elaborado por Helena Mendes.
Sophia 9 ano C Professor Carlos Junior. teve início no começo do século XX a partir de uma sucessão de lutas visando mudanças nas relações entre trabalhadores.
José Alves de Freitas Neto Célio Ricardo Tasinafo Geral e do Brasil História.
TRABALHO DE HISTÓRIA ALUNOS:NIVALDO E PEDRO INACIO PROFESSORA: MARIA DE FATIMA 9º A.
AUGUSTO COMTE E A EDUCAÇÃO. Racionalismo e Empirismo- causam grande revolução do conhecimento científico. - O uso da razão como único instrumento de explicação.
Introdução à Gestão Organizacional Prof: Paulo Sidney Disciplina: Gestão Organizacional e Segurança do Trabalho.
A Inglaterra revolucionária
25 de Abril de 1974 Diogo Martins Nº7 6ºJ.
GEOGRAFIA ÁFRICA Prof. Jhonny.
TEATRO: ONDE, QUANDO, COMO, COM QUEM E POR QUÊ?
A CRISE DA MONARQUIA PORTUGUESA
Revolução Russa.
Trabalho realizado por: Luís Rodrigues, nº 15
A ERA NAPOLEÔNICA.
O absolutismo em marcha
Direitos trabalhistas
O que é Estado?.
Sociedade e indivíduo como relação recíproca
BREVE HISTÓRIA DO TEATRO
Portugal Fernando Santos.
A presença portuguesa em África
PÓS-COLONIALISMO.
Revolução Francesa.
Roma Antiga Monarquia e República.
Trabalho de História Alunos: Fernando,Caio,Bernardo Oliveira
A Primeira Guerra Mundial ( )
A Inglaterra e os Estados Unidos no séc. XIX
O que é Educação Ambiental?
O SEGUNDO REINADO NO BRASIL
Mundo árabe.
Índia.
Guerra colonial.
A Guerra Civil de Espanha
A GUERRA FRIA MITOS DA GUERRA FRIA 1º) o da superioridade da URSS;
Antes da Revolução Monarquia absolutista, união entre estado e igreja e privilégios da nobreza. Economia predominantemente agrária. Trabalho servil. Industrialização.
CULTURAS CULTURAS COMUNIDADES COMUNIDADES Outubro Outubro
Felizmente Há Luar! Disciplina: Português
História Geral e do Brasil José Alves de Freitas Neto
A crise de 1929 e a Revolução de 30
A crise do Império brasileiro
«O que queremos nós com o Realismo? [….] queremos fazer a fotografia.»
2 - REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS:
Aula 4 Burocracia Weberiana.
A liberdade guiando o povo
COLAPSOS NO SISTEMA COLONIAL PORTUGUÊS
Onde? ING (início), FRA (auge);
Processos de independência na América Espanhola
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica.
O 25 de Abril e o regime democrático
História Geral e do Brasil José Alves de Freitas Neto
História Geral e do Brasil José Alves de Freitas Neto
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
Prof. Paulo Leite - BLOG: ospyciu.wordpress.com
CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS
História Geral e do Brasil José Alves de Freitas Neto
Preparatório EsPCEx História Geral
ROMA E GRÉCIA ANTIGA Civilizações Clássicas.
História da Psicologia
Os grandes ciclos migratórios
Índia.
EUROPA, SÉC. XIX: A ERA DAS REVOLUÇÕES
A 1ª Guerra Mundial e o colapso da 2ª Internacional.
História Geral e do Brasil José Alves de Freitas Neto
Colonização Portuguesa na América
A QUEDA DA MONARQUIA E A 1.ª REPÚBLICA
História Geral e do Brasil José Alves de Freitas Neto
A EUROPA DO SÉCULO VI AO SÉCULO XII
Transcrição da apresentação:

A Sociedade Civil e os Militares na Beligerância Portuguesa Luís Alves de Fraga Coronel da Força Aérea (R) Professor da Universidade Autónoma de Lisboa

Objectivo Observar, brevemente, a sociedade civil portuguesa perante a guerra, de 1914 a 1918, antes, e após a declaração de beligerância, comparando-a com a sociedade militar e o seu comportamento quando foi chamada a intervir nos teatros de operações, extraindo resumidas conclusões.

Sumário As divisões na sociedade nacional e respectivas causas, antes do início da guerra. As divisões na sociedade civil após o começo da guerra na Europa. As divisões e conflitos após a declaração de guerra da Alemanha a Portugal. As divisões entre militares de 1914 a 1918.

1. As divisões na sociedade nacional e respectivas causas, antes do início da guerra Entre republicanos Revolução: Afonso Costa Evolução: António José de Almeida Conservação: Brito Camacho Independentes: Machado Santos Entre monárquicos Manuelistas Miguelistas Entre católicos Os do Estado laico Os do Estado confessional

2. As divisões na sociedade civil após o começo da guerra na Europa Os aliadófilos Aliadófilos republicanos Os verdadeiros aliadófilos ou os “ingénuos” Os falsos aliadólfilos ou os “vingadores” republicanos Aliadólfilos monárquicos Os manuelistas Os miguelistas Os germanófilos Os verdadeiros germanófilos Monárquicos conspiradores A aliança com a Alemanha Os falsos germanófilos Monárquicos em desobediência ao ex-Rei Monárquicos obediência ao ex-Rei Os oportunistas açambarcadores Os grande armazenistas Os pequenos comerciantes

3. As divisões e conflitos após a declaração de guerra Os beligerantes na Europa Afonso Costa e os Democráticos António José de Almeida e os Evolucionistas Os beligerantes em África Brito Camacho e os Unionistas Machado Santos e os golpistas As carências alimentares e as mudanças de posição A fome de pão O açambarcamento, os novos-ricos e a inflação Falta de noção de que a guerra é total A União Sagrada constante e continuada A União Sagrada e os agravamento da vida social: a descolagem Afonso Costa e os Democráticos aguentam sozinhos “O prato de lentilhas” britânico e a ambição de Sidónio Pais ou a reviravolta na beligerância

4. As divisões entre militares de 1914 a 1918 Um Exército em transformação (1911-1914) e uma guerra inoportuna Oficiais de dois tipos: por oportunismo e por vocação A experiência de guerra é a africana e o perigo é espanhol Uma Aliança que defende e tranquiliza Quem quer a guerra e quem a não quer Os republicanos consciente e os esclarecidos Os oportunistas querem lutar em África ou não lutar Uma Armada sem força E assim se vai para a guerra sem consciência do que se combate e por que se combate.

Conclusão A “Guerra” continua A incompreensão histórica das razões profundas e subtis da República e da beligerância Um povo dividido entre a tradição reaccionária e a modernidade revolucionária Elites individualistas, vaidosas e oportunistas Um Destino nacional atraiçoado pelo obscurantismo Clerical do século XIX Político da ditadura e dos seus apoiantes Cívico, por falta de educação entre direitos e obrigações Esta é a herança da Grande Guerra cem anos depois do seu fim.