Primavera Árabe e Conflitos na Síria

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Transcrição da apresentação:

Primavera Árabe e Conflitos na Síria Geografia Professor Luiz plantaogeografico@yahoo.com.br Primavera Árabe e Conflitos na Síria 9ºs “A” - “B” – “C”

De imediato, é importante determinarmos que a chamada “Primavera Árabe” deve ser vista sobre dois enfoques principais, ou seja, de que existem ao menos duas primaveras árabes, detalhadas a seguir : - busca por melhores condições de vida, emprego, garantia de liberdades individuais, busca por eleições diretas e derrubada de ditadores, representação sindical, entre outras aspirações, como o que ocorreu na Tunísia, Argélia, Líbia. Nesses países, esses movimentos foram iniciados principalmente pela população mais jovem e logo após o início dos desdobramentos da crise econômica internacional; - sectarismo, nacionalismo ou divisão étnico-religiosa, com disputa de poder interno entre grupos rivais, como ocorreu no Egito e, na atualidade, na Síria.

Características Gerais dos Países Árabes - Economia assentada na produção de petróleo (Síria e Tunísia não tem produção significativa de petróleo); - Estados com regimes teocráticos ou autocráticos – política e religião tratadas de forma conjunta; - Corrupção política; - Apoio e utilização das forças militares; - Censura da imprensa / internet (*); - Ligações, mesmo indiretas, com grupos fundamentalistas islâmicos; - Pobreza e desigualdade social; Sentimentos de nacionalismo. (*) Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois até a Guerra Fria, os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo estadunidense ou do comunismo russo. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande presença com as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet. A maioria da população em protesto é de jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo em alguns casos, graduação superior. Por isso, o mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por outras partes do mundo árabe.

Por que a intervenção da ONU na Síria é pouco provável? 1º motivo: A primeira razão é a estreita relação que a Síria mantém com uma série de atores políticos vistos com olhos turvos pelo ocidente: o Hizbollah, no Líbano; o Hamas, na Palestina; e, sobretudo, o Irã. O quarteto formado por estes e Damasco tende a ser visto como uma barreira maléfica ao avanço do Ocidente sobre Oriente Médio. "Para o Irã, a Síria de Assad é o principal fronte de defesa contra os Estados Unidos e Israel", escreveu a perita em Irã Geneive Abdo na Foreign Affairs. Assim, uma intervenção direta na Síria, ao que tudo indica, levaria a um abalo do balanço de poder e, portanto, poderia provocar reações não desejadas de Teerã. É um tipo de abalo político que não era risco na Líbia, cujo líder, Muammar Kadafi, reinava de modo relativamente independente e isolado na região.

2º motivo: Internamente, a estrutura histórica da política da Síria também é um elemento determinante. Diferentemente da Líbia, onde Kadafi reinava sem constituição há quatro décadas como um ditador eclético, o poder em Damasco se organiza de modo mais durador e institucional. O atual presidente, Bashar al-Assad, ocupa o cargo desde 2000. Diferentemente da apartidária Líbia, ele pertence ao único partido permitido no país, o Baath. E, diferentemente de Kadafi, Bashar é sucessor do pai, Hafez, que governou a Síria por três décadas (1971-2000), embora o reinado do Baath tenha começado sete anos mais cedo, em 1963. (Foi inclusive durante a era de Hafez que a Síria viveu o Massacre de Homs, em 1982, quando 40 mil pessoas teriam morrido, vítimas da repressão do Estado.) Essa situação se reflete, como escreveram Heather Boff e Bessma Momani no The Globe and Mail, no próprio poder bélico à disposição de Assad. Segundo estes autores, o exército sírio é cerca de oito vezes maior que o líbio, enquanto que a força área de Damasco tem o dobro da força da de Trípoli. O número de tanques e armas, por exemplo, também é muito superior na Síria.

3º motivo: Em julho de 2012, o Conselho de Segurança da ONU votou uma resolução contra o Regime de Bashar Al-Assad. No entanto, a Rússia e a China, aliados políticos e econômicos da Síria, votaram contra a intervenção internacional, temendo que isso afetasse as relações diplomáticas e econômicas no país. A Rússia, inclusive, possui uma base naval na Síria. Além desses dois países, que fazem parte do Conselho de Segurança, também apoiam o Governo sírio o Irã.

Possíveis Consequências - Aumento geral do preço do barril do petróleo – US$ 90,00 no final de 2010 e US$ 101,57 em 02/10/2012 (Mar do Norte). Porém, em 2015 o preço do barril caiu para US$ 58,00 e, em janeiro de 2016, para US$ 28,00; - Queda de ditadores e transição instável. Ex: Hosni Mubarak (Egito) e Zine el Abidine Ben Ali (Tunísia); - Tomada do poder por grupos fundamentalistas islâmicos, como ocorreu no Afeganistão nos anos 90. Ex: Irmandade Muçulmana no Egito e Estado Islâmico, que já controla mais da metade da Síria – temor do ocidente; - Aumento da pressão imigratória para a Europa, na rota de travessia do Mediterrâneo – mais de 5 mil tunisianos clandestinos tentando entrar na Itália, em uma semana; Aproximação com o ocidente e maior abertura ao capital externo – interesse no norte da África por conta das reservas de petróleo; - Crise mais acentuada entre Síria e Israel, devido a disputa pelas Colinas de Golã; - Questionamento do papel das monarquias no mundo.

Fontes Consultadas - www.folhaonline.com.br - www.oglobo.globo.com/mundo www.clubemundo.com.br - www.terra.com.br/noticias