SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840 – 1889)

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Transcrição da apresentação:

SEGUNDO REINADO NO BRASIL (1840 – 1889) A CRISE DO IMPÉRIO

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA E O DECLÍNIO DO IMPÉRIO 1- A transição do trabalho escravo para o trabalho livre A abolição do tráfico negreiro Pressões inglesas pela abolição do tráfico: o Bill Aberdeen de 1845 Lei Eusébio de Queiroz de 1850: abolição do tráfico negreiro no Brasil provoca mudanças: → investimento em indústrias → estímulo à imigração → tráfico interprovincial de escravos → Lei de Terras de 1850 (aquisição de terras no Brasil só por compra)

A INGLATERRA E A ESCRAVIDÃO NO SÉCULO XIX “A postura britânica pode ser vista de forma bastante curiosa, já que ao longo de todo o século XVIII essa mesma nação ocupou o posto de maior traficante de escravos. Poderíamos alegar aqui que a ilha britânica, assim como no Brasil, foi influenciada pelos ideais de liberdade e assim mudou sua visão em relação à escravidão. No entanto, devemos nos lembrar que os séculos XVIII e XIX foram marcados por uma profunda transformação econômica trazida com a Revolução Industrial. No conjunto de suas transformações, a Revolução Industrial abriu portas para que o sistema capitalista consolidasse novas relações de produção, demanda e consumo. Sendo visivelmente marcadas pela competitividade e a busca pelo lucro, as práticas capitalistas exigiam que a Inglaterra ampliasse os seus mercados consumidores. Todavia, a permanência da escravidão era vista como um entrave para a ampliação dos mercados. Afinal de contas, um escravo não recebia salário e, muito menos, poder de compra. Por conta dessa necessidade, os ingleses, já em 1833, deram fim à escravidão em todas as suas colônias e passaram a ser grandes defensores do abolicionismo internacional. Nessa época, o Brasil era o maior mercado consumidor de escravos e, por conta disso, a Inglaterra exerceu fortes pressões políticas para que o país abolisse a escravidão no menor espaço de tempo possível.(...)” MUNDO EDUCAÇÃO -Reiner Souza

                                                             

1- A transição do trabalho escravo para o trabalho livre Sistema de parceria do senado vergueiro ( 1847- 1857) Famílias de imigrantes recebiam terras como meeiros ou parceiros Viagem financiada pelo fazendeiro Fracasso devido: maus-tratos aos colonos, rígido regulamento, roubo nas contas, dívidas contraídas Resultado: restrições de países europeus à emigração para o Brasil Solução encontrada pelo governo: IMIGRAÇÃO SUBSIDIADA PELO GOVERNO - 1870

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA CAMPANHA ABOLICIONISTA A campanha abolicionista acabou por ganhar diversos setores da sociedade, podendo ser considerada a primeira campanha nacional verdadeiramente popular. Intensa participação das camadas médias urbanas Participação de descendentes de escravos : Luís Gama, André Rebouças Abolicionismo do exército desde a Guerra do Paraguai Apoio de parte dos fazendeiros do Oeste Paulista: interessados na maior produtividade da mão de obra livre. Fugas de escravos, formação de quilombos Movimento dos Caifazes

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA CAMPANHA ABOLICIONISTA ABOLIÇÃO LENTA E GRADUAL PARA RESGUARDAR OS INTERESSES DA LAVOURA CAFEEIRA Lei do Ventre Livre – 1871 Lei dos Sexagenários -1885 Lei Áurea -1888: libertação definitiva não integração do negro à sociedade discriminação e abandono ABOLIÇÃO SEM INDENIZAÇÃO LEVA OS FAZENDEIROS ESCRAVOCRATAS A ABANDONAREM A MONARQUIA

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA Lei do Ventre Livre ou Rio Branco (1871) O partido Conservador promulgou a primeira lei abolicionista Libertava os filhos de escravas nascidos a partir de 1871 Os filhos de escravas – chamados ingênuos – tinham duas opções ou ficavam com seus senhores até a maioridade (trabalhando para pagar seu sustento) ou poderiam ser entregues ao governo mediante indenização. Resultado: poucos foram entregues ao governo, os escravocratas mantiveram os ingênuos em suas propriedades, tratando-os como escravos.

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA Lei dos Sexagenários ou Saraiva –Cotegipe em 1885 O primeiro projeto sobre a libertação dos sexagenários (com 60 anos e sem indenização para seus senhores) causou tanta resistência por parte dos escravocratas que seus representantes no Parlamento exigiram mudanças. O segundo projeto, elaborado por Antônio Saraiva, foi aprovado mediante mudanças: 1ª) os escravos libertos continuariam trabalhando para seus senhores por três anos ou até completarem 65 anos; 2ª) seria formado (pelo governo) um fundo de emancipação a partir da cobrança de uma taxa de 5% sobre todos os impostos gerais (exceto os de exportação) e com ele, o governo indenizaria os proprietários na metade do valor dos escravos.

DECLÍNIO DO IMPÉRIO (1870 – 1889) A monarquia não acompanha as transformações econômicas e sociais do Brasil Desenvolvimento Capitalista: trabalho livre, urbanização, industrialização, desenvolvimento dos transportes e comunicações. Surgimento de novos grupos sociais: industriais, banqueiros e desenvolvimento das camadas médias: profissionais liberais, funcionários públicos, professores, jornalistas, bancários

DECLÍNIO DO IMPÉRIO (1870 – 1889) A monarquia não acompanha as transformações econômicas e sociais do Brasil Transformações na composição da elite: setores progressistas (Oeste Paulista, simpáticos às mudanças e republicanos), setores tradicionalistas (Barões do café do Vale do Paraíba e da Baixada Fluminense, defensores da escravidão e da monarquia).

DECLÍNIO DO IMPÉRIO (1870 – 1889) DESENVOLVIMENTO DO MOVIMENTO REPUBLICANO Participação das camadas médias urbanas interessadas no voto universal Participação dos fazendeiros progressistas do Oeste Paulista interessados no federalismo e estímulo à imigração Manifesto republicano – 1870: defesa do regime republicano e do federalismo; fim do Poder Moderador, do senado vitalício e do Conselho de Estado. Convenção de Itú 1873 e a fundação do PRP Divisões dos republicanos: evolucionistas (Quintino Bocaíuva ) e revolucionários ( Silva Jardim)

DECLÍNIO DO IMPÉRIO (1870 – 1889) DESENVOLVIMENTO DO MOVIMENTO REPUBLICANO Quem queria a república? As camadas médias urbanas interessadas no voto universal Os fazendeiros progressistas do Oeste Paulista, interessados no federalismo e no estímulo à imigração.

DECLÍNIO DO IMPÉRIO (1870 – 1889) Momentos finais Questão Militar Abolicionismo e republicanismo do Exército desde 1870 A pregação positivista de Benjamin Constant na Escola Militar: república forte, ciência e industrialização O ideal de salvação nacional do Exército e interferência na vida política: as “ fardas” versus os “ casacas” Punições aos militares que criticaram o governo: o exército sai em defesa de seus companheiros de armas (corporativismo)

DECLÍNIO DO IMPÉRIO (1870 – 1889) Momentos finais Questão religiosa Clero católico regido pelo padroado e beneplácito Proibição da maçonaria pelo papa Bispos de Belém e Olinda perseguem maçons católicos brasileiros, contrariando ordens do governo Punição dos bispos Monarquia perde apoio da Igreja Católica

Questão Religiosa

BENJAMIM CONSTANT DEFENSOR DO POSITIVISMO NO BRASIL O que é positivismo? O positivismo surgiu na França, com Augusto Comte (1798-1857). Do ponto de vista político, esse movimento preconizava o surgimento, pacífica e naturalmente, de um Estado positivo, que decorreria da evolução da humanidade, na medida que esta se imbuísse dos princípios positivos. Esse Estado teria a forma de uma república ditatorial, e o ditador, portador do poder positivo, governaria com justiça e perfeição, primando pela ordem e pelo progresso.

O lema Ordem e Progresso na bandeira do Brasil é inspirado pelo lema de Auguste Comte do positivismo: L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but ("Amor como princípio e ordem como base; o progresso como meta").

“GOLPE MILITAR” SEM PARTICIPAÇÃO POPULAR EXÍLIO DA FAMÍLIA REAL BRASILEIRA INICIA-SE A REPÚBLICA : 15 DE NOVEMBRO DE 1889

“A proclamação da República , resultou da conjugação de três forças: uma parcela do exército, fazendeiros do Oeste Paulista e representantes das classes médias urbanas que para a obtenção dos seus desígnios contaram indiretamente com o desprestígio da monarquia e o enfraquecimento das oligarquias tradicionais.” Emília Viotti da Costa