Aula 09 A Independência
Que Fatos Marcaram o Rompimento Político com Portugal?
No início da década de 20 do século XIX, o quadro podia ser assim resumido: pressão das Cortes portuguesas, visando a reenquadrar o Brasil nos moldes do Pacto Colonial;
pressão inglesa no sentido de garantir o domínio comercial sobre o mercado brasileiro;
manifestações das populações urbanas, desejando aproveitar o clima de incertezas para concretizar um projeto radical de emancipação,
mas temiam que uma radicalização do processo pusesse em risco seus reais interesses: a propriedade da terra, dos escravos e a manutenção do controle sobre o território nacional.
A solução para a elite brasileira parecia ser mesmo a de dar continuidade à Dinastia de Bragança, por meio da figura do jovem, inexperiente e manipulável D. Pedro de Alcântara.
A ação insensível das Cortes portuguesas facilitou o trabalho da elite brasileira. Em outubro de 1821, as Cortes solicitaram o retorno de D. Pedro a Portugal.
Em janeiro de 1822, D. Pedro anunciou publicamente sua intenção de permanecer no Brasil, o que provocou a ira das Cortes portuguesas
O Príncipe Regente respondeu com a Lei do Cumpra-se, estabelecendo que a obediência a qualquer ordem em todo o território brasileiro estava condicionada à sua assinatura.
José Bonifácio, representante da aristocracia, chefiava o ministério de D. Pedro nesse momento e exercia grande influência sobre o Príncipe Regente.
Pode-se dizer que Bonifácio foi o verdadeiro articulador da Independência.
Em junho de 1822, D. Pedro convocou uma Constituinte, antecipando o grito do Ipiranga. Afinal, por que uma nova Constituição senão para formalizar a separação de Portugal?
As disposições da convocação excluiram qualquer possibilidade de participação popular no processo de escolha dos constituintes.
As Cortes portuguesas reagiram duramente a essas notícias: mandaram ordens anulando as últimas determinações de D. Pedro e exigiram seu imediato retorno a Portugal, sob pena de deserdá-lo.
O Grito do lpiranga!
Diante das últimas ordens provenientes das Cortes portuguesas, Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro, comentou: “Os frutos estão maduros. Já é hora de colhê-los”. FIM.