RELATÓRIO SAÍDA A CAMPO MORRO DA CRUZ / FLORIANÓPOLIS-SC

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RELATÓRIO SAÍDA A CAMPO MORRO DA CRUZ / FLORIANÓPOLIS-SC Urbanização de Encostas - Análise Prof. Sônia Afonso Mestrando: Lucas Rudolpho Ago/2009

1 2 3 4 5 6 7 8 9 APRESENTAÇÃO Este relatório tem como objetivo apresentar as principais considerações dos aspectos físico-ambientais, observados durante a visita à campo nas encostas do Maciço do Morro da Cruz, em Florianópolis - SC, realizada na disciplina de Urbanização de Encostas - Análise, no dia 20/08/2009. ROTEIRO DA VISITA 1. Morro do Pantanal 2. Serrinha 3. Morro do Horácio 4. Mirante do Morro da Cruz 5. Morro da Caixa d’água 6. Morro do Mocotó 7. Bairro da Prainha 8. Hospital de Caridade N BAÍA NORTE 3 4 5 2 8 BAÍA SUL 6 7 1 Figuras 01 e 02: Município de Florianópolis com destaque para o Maciço do Morro da Cruz. Fonte: Figura 01 - PMF, 2009; Figura 02 - Google Earth, 2009.

Morfologia de Grotão - Morro do Pantanal Foto: Carolina Valente, 2009. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A primeira observação realizada a campo diz respeito as áreas que apresentam morfologia de grotão. Encontrou-se em todo o percurso diferentes tipos de uso sobre estes espaços. A sua preservação é muito importante, pois são ambientes que apresentam uma grande vulnerabilidade à deslizamentos e escorregamentos, intensificados pela declividade acentuada e pelas linhas de drenagem natural do terreno. A vegetação tem um papel muito importante, pois além do enfoque paisagístico, auxilia na estabilização da encosta; cria um micro-clima favorável; auxilia na manutenção do lençol freático; e quando contínua, garante um fluxo gênico de fauna e flora. Figura 03: Morfologia de Grotão - Morro do Pantanal Foto: Carolina Valente, 2009.

Condomínios Residenciais - Serrinha. Foto: Carolina Valente, 2009. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Nas encostas da comunidade da Serrinha, próxima a Universidade, pode-se observar o expressivo processo da ocupação de condomínios residenciais de alta densidade, em áreas onde a declividade é superior à 30%. Esta elevada densidade arquitetônica e populacional agride a paisagem e sobrecarrega a infra-estrutura pública que não está dimensionada para tal, comprometendo o ambiente. Deveria-se estipular para essas áreas índices urbanísticos mais baixos (taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento), afim de garantir uma maior permeabilidade do solo, não sobrecarregando/comprometendo a infra-estrutura pública local, valorizando a paisagem. Figura 04: Condomínios Residenciais - Serrinha. Foto: Carolina Valente, 2009.

Passeios Públicos - Serrinha. Foto: Carolina Valente, 2009. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Outra realidade observada em todos os locais visitados é a descontinuidade dos passeios públicos. Quando presentes, a maioria apresenta inclinações muito altas, com grandes desníveis nos acessos e com pavimentação e largura inapropriada. Nos poucos passeios encontrados com largura apropriada, observou-se um número grande de infra-estrutura e equipamentos públicos como postes de energia/iluminação e telefones, implantados no meio destes, dificultando a circulação. Figura 05: Passeios Públicos - Serrinha. Foto: Carolina Valente, 2009.

Foto: Carolina Valente, 2009. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Observou-se também um número significativo de áreas que ainda se encontram vazias, sem cobertura florestal e com declividade acentuada. Estes espaços, na maioria da vezes, são utilizados como depósitos de lixo, fonte para a proliferação de doenças. Figura 06: Lote Vazio - Serrinha. Foto: Carolina Valente, 2009.

Tipologia Arquitetônica - Morro do Horácio. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Encontrou-se diferentes tipologias arquitetônicas e estados de conservação nos locais visitados. Desde casas com bom estado de conservação, com população de nível sócio-econômico razoável, até edificações em mal estado de conservação, pertencente a população de nível sócio-econômico mais baixo, em situação fundiária irregular. Figura 07: Tipologia Arquitetônica - Morro do Horácio. Foto: Carolina Valente, 2009.

Observou-se a carência de áreas planas vazias sem cobertura florestal. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Observou-se a carência de áreas planas vazias sem cobertura florestal. Estas áreas são ideais para a implantação de equipamentos públicos de lazer, centros de bairro, entre outros. Figura 08: Área Plana - Morro da Caixa d’ água. Foto: Carolina Valente, 2009.

Outra observação importante diz respeito à questão da acessibilidade. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Outra observação importante diz respeito à questão da acessibilidade. Grande parte do sistema viário encontrado (principalmente as vias arteriais – principal acesso as comunidades) foi traçado perpendicular as curvas de nível. Este tipo de traçado acentua a declividade e em muitas vezes impossibilita o tráfego de automóveis. As soluções encontradas nesses casos são as escadarias, modelo que limita a acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais, idosos, entre outros. Deveria se repensar este modelo, buscando um traçado viário paralelo e tangencial as curvas de nível. Para as áreas já consolidadas, pode-se buscar experiências como o plano inclinado e escadas rolantes. Figura 09: Escadaria - Morro do Mocotó. Foto: Carolina Valente, 2009.

Hospital de Caridade e seu entorno - Centro. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Em relação a cobertura florestal, observou-se em todo o percurso, o predomínio da vegetação secundária. A única área que ainda apresenta vegetação primária preservada está localizada nos fundos do hospital de caridade. Além da importância da preservação da vegetação existente, observou-se a necessidade da preservação das visuais de edificações significativas. Deve-se repensar o gabarito permitido para a construção de edifícios na região do hospital de caridade, para não obstruir as visuais deste patrimônio ainda vivo na cidade. Figura 10: Hospital de Caridade e seu entorno - Centro. Foto: Lucas Rudolpho, 2009.