Monitoria de Lógica para Computação

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS
Advertisements

Operações Aritméticas no Sistema Binário
Aritmética Computacional
Lógica booleana e implementação de funções booleanas
Linguagem Fabrício Dias
REVISÃO– FUNÇÕES Fabrício Dias
REVISÃO– CONJUNTOS E FUNÇÕES Fabrício Dias
I - Noções dum compilador
Lógica Booleana A álgebra booleana é baseada totalmente na lógica. Desta forma, os circuitos lógicos executam expressões booleanas. As expressões booleanas.
TEORIA DOS AUTÓMATOS FINITOS E DAS SUAS LINGUAGENS
Eletrônica Digital Projeto de Circuitos Combinacionais
AULA DE MATEMÁTICA 1 Prof.: Fábio Barros CAPÍTULO 2 CONJUNTOS.
Lógica de Predicados Sintaxe. O que não é possível expressar em Lógica Prop. Todo tricolor é um campeão. Roberto é tricolor. Logo Roberto é um campeão.
Lógica reconfigurável por hardware
FAFIMAN – Prof. Flávio Uber FAFIMAN – Departamento de Informática Curso: Ciência da Computação Professor: Flávio Rogério Uber Arquitetura e Organização.
Memórias cache CPU procura por dados em L1, depois em L2 e finalmente na memória principal CPU registradores ALU L1 cache barramento de cache barramento.
Soma de Produtos Soma de produtos é uma forma padrão de representação de funções Booleanas constituida pela aplicação da operação lógica OU sobre um conjunto.
Linguagens Livres de Contexto
Linguagens e Máquinas WILSON ROSA DE OLIVEIRA DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA UFPE
autômatos finitos com transições e
Registradores de deslocamento (Shift Register)
Registradores de deslocamento (Shift Register)
Alfabetos, Palavras e Linguagens
Curso de Programação em C++
Indução Métodos de prova já vistos Excepções
Linguagem de 1ª ordem da teoria de conjuntos
Quão difícil é comunicar? Andreia Teixeira 27 de Maio.
A Lógica das Sentenças Abertas Profa. Ana Florencia Aula 9
Eletrônica Digital Projeto de Circuitos Combinacionais
FUNDAMENTOS MATEMÁTICOS
Sistemas Numéricos Sistemas Numéricos de Interesse
Informática Teórica Engenharia da Computação
-Conjuntos: noções básicas e operações -Funções e relações -Sequências
Informática Teórica Engenharia da Computação
Informática Teórica Engenharia da Computação
Informática Teórica Engenharia da Computação
É muito assunto pra pouco espaço no subtítulo
Estruturas e Subestruturas Por: Jefferson de Menezes (jmmf) Ricardo Salomão (rssj2) Ciência da Computação
Teoremas Booleanos e Simplificação Algébrica
Conjuntos Zenão de Eléia (filósofo grego) , viveu entre 490 e 430 a. C., já estudava e se preocupava com o conceito de conjuntos e a sua imensidão. Em.
Aspectos Formais da Computação CCO 410
Informática Teórica Engenharia da Computação
Conceitos de Lógica Digital
Ling. Formais e Autômatos AFN-ε
ICC – 4.2. Aritmética Binária
SEMÂNTICA.
Sintaxe e Semântica na Lógica de Predicados
Lógica de Predicados Sintaxe.
Infra-Estrutura de Hardware
1. Se este nó é raiz de uma árvore QuasiEquilibrada de ordem k, e
Tópicos em Arquitetura de Computadores João Angelo Martini Universidade Estadual de Maringá Departamento de Informática Mestrado em Ciência.
Aulão de Linguagens Formais e Compiladores
André Luiz da Costa Carvalho
Analise sintática aula-07-analise-sintática.pdf.
Matemática Discreta 2 – MD 2
Representação de Números Inteiros
Elsa Carvalho 186 Universidade da Madeira Departamento de Matemática Programação em Lógica e Funcional (2000/01) (Actualizado em 2004/05) Aplicação e Composição.
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Engenharia Elétrica e Informática – CEEI Departamento de Sistemas e Computação – DSC Teoria da.
Subtrator e Somador BCD
Operações Aritméticas no Sistema binário
Conjuntos Livremente Gerados
Monitoria de Lógica para Computação
LFA: Unidade 03 – Parte B Engenharia/Ciência da Computação
Redução.
Prof. André Luis Roland Tancredo Engenheiro da Computação e Pesquisador em Desenvolvimento Tecnológico para Semicondutores pelo CNPq Especialista em Microeletrônica.
Linguagens Formais - aula 02
Relações 1.
Relações.
1 Indução Definições Indutivas Prova por indução Referência: Language, Proof and Logic Jon Barwise e John Etchemendy, 1999 Capítulo: 16.
Informática Teórica Engenharia da Computação
Transcrição da apresentação:

Monitoria de Lógica para Computação Ciência da Computação 2010.1 Conjuntos Indutivos e Fechos Indutivos Por Dayvid Victor (dvro) Ricardo Salomão (rssj2) [SAL] Vinícius Cantarelli (vhco) [Bolinha]

Motivação O conjunto de todas as palavras da Lógica proposicional é construído sobre o alfabeto Σ = {x, y, z, 0, 1, (, ), ^ , v , →, ¬} Mas nem todas as palavras sobre esse alfabeto representam expressões bem-formadas. Ex.: (x ¬ ν), ¬).

Motivação Como definir o Conjuntos das Expressões Bem-Formadas da lógica proposicional ?

é um conjunto indutivo em relação a X e a F. Conjuntos Indutivos Seja A um conjunto e X um subconjunto de A (X ⊂ A). Considere F um conjunto de funções cada uma com sua aridade. Dizemos que um subconjunto Y de A (Y ⊆ A) é indutivo em relação à base X e a F se: I) Y contém a base X. (X ⊂ Y) II) Y é fechado sobre todas as funções de F. A Y X F = {f(), g(),...} é um conjunto indutivo em relação a X e a F. Y

Fecho Indutivo Como nós chegamos ao menor conjunto indutivo ? Há duas formas de chegarmos ao fecho indutivo: 1) De baixo para cima (bottom-up) 2) De cima para baixo (top-down)

Fecho Indutivo – Bottom-up Sejam f e g funções de F: f(-, -) binária; g(-) unária; f(a,b) f(b,a) f(a,c) f(c,a) f(b,c) f(c,b) g(a) g(b) g(c) a b c

... X+ f(a,b) f(b,a) f(a,c) f(c,a) f(b,c) a b c f(c,b) g(a) g(b) g(c) f(a,f(a,b)) f(a,f(b,a)) f(a,f(a,c)) f(a,f(c,a)) f(a,f(b,c)) f(a,f(c,b)) f(a,g(a)) f(a,g(b)) f(a,g(c)) f(f(a,b),a) f(f(b,a),a) f(f(a,c),a) f(f(c,a),a) f(f(b,c),a) f(f(c,b),a) f(g(a),a) f(g(b),a) f(g(c),a) f(b,f(a,b)) f(b,f(b,a)) f(b,f(a,c)) f(b,f(c,a)) f(b,f(b,c)) f(b,f(c,b)) f(b,g(a)) f(b,g(b)) f(b,g(c)) f(f(a,b),b) f(f(b,a),b) f(f(a,c),b) f(f(c,a),b) f(f(b,c),b) f(f(c,b),b) f(g(a),b) f(g(b),b) f(g(c),b) f(c,f(a,b)) f(c,f(b,a)) f(c,f(a,c)) f(c,f(c,a)) f(c,f(b,c)) f(c,f(c,b)) f(c,g(a)) f(c,g(b)) f(c,g(c)) f(f(a,b),c) f(f(b,a),c) f(f(a,c),c) f(f(c,a),c) f(f(b,c),c) f(f(c,b),c) f(g(a),c) f(g(b),c) f(g(c),c) f(f(a,b),f(a,b)) f(f(a,b),f(b,a)) f(f(a,b),f(a,c)) f(f(a,b),f(c,a)) f(f(a,b),f(b,c)) f(f(a,b),f(c,b)) f(f(a,b),g(a)) f(f(a,b),g(b)) f(f(a,b),g(c)) f(f(b,a),f(a,b)) f(f(a,c),f(a,b)) f(f(c,a),f(a,b)) f(f(b,c),f(a,b)) f(f(c,b),f(a,b)) f(g(a),f(a,b)) f(g(b),f(a,b)) f(g(c),f(a,b)) f(f(b,a),f(b,a)) f(f(b,a),f(a,c)) f(f(b,a),f(c,a)) f(f(b,a),f(b,c)) f(f(b,a),f(c,b)) f(f(b,a),g(a)) f(f(b,a),g(b)) f(f(b,a),g(c)) f(f(a,c),f(b,a)) f(f(c,a),f(b,a)) f(f(b,c),f(b,a)) f(f(c,b),f(b,a)) f(g(a),f(b,a)) f(g(b),f(b,a)) f(g(c),f(b,a)) f(f(a,c),f(a,c)) f(f(a,c),f(c,a)) f(f(a,c),f(b,c)) f(f(a,c),f(c,b)) f(f(a,c),g(a)) f(f(a,c),g(b)) f(f(a,c),g(c)) f(f(c,a),f(a,c)) f(f(b,c),f(a,c)) f(f(c,b),f(a,c)) f(g(a),f(a,c)) f(g(b),f(a,c)) f(g(c),f(a,c)) f(f(c,a),f(c,a)) f(f(c,a),f(b,c)) f(f(c,a),f(c,b)) f(f(c,a),g(a)) f(f(c,a),g(b)) f(f(c,a),g(c)) f(f(b,c),f(c,a)) f(f(c,b),f(c,a)) f(g(a),f(c,a)) f(g(b),f(c,a)) f(g(c),f(c,a)) f(f(b,c),f(b,c)) f(f(b,c),f(c,b)) f(f(b,c),g(a)) f(f(b,c),g(b)) f(f(b,c),g(c)) f(f(c,b),f(b,c)) f(g(a),f(b,c)) f(g(b),f(b,c)) f(g(c),f(b,c)) f(f(c,b),f(c,b)) f(f(c,b),g(a)) f(f(c,b),g(b)) f(f(c,b),g(c)) f(g(a),f(c,b)) f(g(b),f(c,b)) f(g(c),f(c,b)) f(g(a),g(a)) f(g(a),g(b)) f(g(a),g(c)) f(g(b),g(a)) f(g(c),g(a)) f(g(b),g(b)) f(g(b),g(c)) f(g(c),g(b)) f(g(c),g(c)) X+ f(a,b) f(b,a) f(a,c) f(c,a) f(b,c) f(c,b) g(a) g(b) g(c) ... a b c

Fecho Indutivo – Bottom-up Vamos construir o fecho indutivo a partir da base: Onde aridade(f) = k e x1, x2, ..., xk ∊ Xn e ∊ F

Fecho Indutivo – Top-down Considere a família C de conjuntos indutivos em relação a X e F. Perceba que C não é vazia pois contém pelo menos A. Considere X+= ∩ C o conjunto formado pela intersecção de todos os conjuntos de C. Temos que X+ é o menor conjunto indutivo em relação a X e F (fecho indutivo)

Conjunto EBF Base: Os elementos da base também pertencem ao conjunto. {x, y, z, 0, 1} Os elementos da base também pertencem ao conjunto. No caso do conjunto EBF, os elementos da base devem ser expressões bem-formadas.

Funções – F = {f,g,h,i} f: EBF→ EBF g: EBF x EBF → EBF f(w) = (¬w) g: EBF x EBF → EBF g(w1,w2) = (w1 ^ w2) h: EBF x EBF → EBF h(w1,w2) = (w1 v w2) i: EBF x EBF → EBF i(w1,w2) = (w1 → w2)

Conjuntos Livremente Gerados Definição: Sejam A e X conjuntos, X está contido em A, e seja F um conjunto de funções que recebem como parâmetro elementos de A: O fecho indutivo de X+ de X sob F será livremente gerado se e somente se:

Todas as funções de F forem injetoras. Sejam f e g funções de F sobre X+, o conjunto imagem de f e g são disjuntos. Nenhum elemento da base X é resultado de aplicações de f sobre o fecho de X. Todo CLG tem a propriedade de leitura única, ou seja, só existe uma forma de, aplicando funções de F, se “chegar” a elementos do conjunto CLG. f(a,b) != g(a,b) != f(g(a),f(a,b)) !=(...)

Exemplinhuxxx 1. Dê a base e as funções dos conjuntos indutivos propostos abaixo e diga se eles são livremente gerados. Conjunto das cadeias binárias de tamanho par; Conjunto dos números primos; Conjunto das cadeias binárias que têm a quantidade de 1’s maior que a quantidade de 0’s e os 0’s aparecem antes dos 1’s; Conjunto dos números múltiplos de n.

Base B: Funções : f(-) unária; g(-) unária; f(w) = w0; g(w) = w1; 1 2. Considere o conjunto C das cadeias binárias que comecem 1 (ex. 10010). Dê uma definição indutiva para C, e identifique: o conjunto ‘base’ da geração indutiva (i.e., X), e o conjunto de funções geradoras (i.e., F). (Dica: a função de concatenação, ao tomar duas palavras w e v como argumentos de entrada, retorna a palavra wv.) Base B: Funções : f(-) unária; g(-) unária; f(w) = w0; g(w) = w1; 1 F = { f(-) , g(-)} B = { 1 }

(i) Descreva em poucas palavras quais são: o menor e o maior conjunto indutivo de X sob F. X0 = B; Xi+1 = Xi U {f(w1,...,wn)| f є F e w1,...,wn є Xi e n = aridade de f} X+ 1000 1010 11000 1001 1011 1101 1111 100 101 110 111 ... 10 11 1

O maior: Conjunto de todas as cadeias de bits -- (ii) Considerando suas definições de quem é X e quem são as funções de F, podemos dizer que o conjunto C é livremente gerado?