AULA 8a: Drogas aromáticas

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
3º CURSO DE SENSIBILIZAÇÃO
Advertisements

Grupo do 3º curso de Sensibilização em Plantas Medicinais – FITOVIVA
Processamento de Alimentos de Origem Vegetal Profa. Sandra R. B. Silva
CORANTES E AROMATIZANTES
Preparações fitofarmacológicas
Plantas utilizadas no Sistema Nervoso Central
Um olhar Bioquímico sobre
Repressão às drogas Polícia Militar do Estado de Santa Catarina
“ETNOVETERINÁRIA NA COMUNIDADE DO BAIRRO CERÂMICA EM SÃO CAETANO DO SUL/SP: USO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA TRATAMENTO DE ANIMAIS” Aluna: Melissa Menezes.
Faculdade Interação Americana – FAINAM X JORAP: “O Profissional da Educação. Agente de Transformação” Tema: (TITULO DO TEMA ESCOLHIDO PELO GRUPO)
Processamento das plantas
HALOTERAPIA NO ESPORTE
Disciplina de FARMACOGNOSIA I Profa. Nilce Nazareno da Fonte
ESPECIARIAS Este trabalho foi realizado por: Sara Oliveira nº21
AZEITE VIRGEM O azeite é um óleo da polpa de um fruto, a azeitona, distinguindo-se assim logo à partida dos restantes óleos vegetais (óleos de semente).
Desenvolvimento Sustentável utilizando
Arruda Ruta Graveoleons
ATENDENTE DE FARMÁCIA Professor Vaniscley Henicka Farmacêutico
AULA 2: Cultivo e beneficiamento de plantas medicinais
Chás medicinais Os chás terapêuticos são fáceis de preparar e melhoram a digestão, acalmam a mente e diminuem a fadiga. Confira as sugestões.
ETNOFARMACOLOGIA Etnofarmacologia, Por que estudar isso?
PLANTAS MEDICINAIS.
Plantas Medicinais.
Disciplina de FARMACOGNOSIA I Profa. Nilce Nazareno da Fonte
Plantas Restritas para Grávidas e Lactantes
Terpenos ou isoprenos.
MANGUEIRA LIMA, Renata da Silva 1 SOUZA, Graziella Plaça Orosco de 2 FLUMINHAN JR., Antonio 3 MANGA Fonte: Google imagens, Nome Popular: Mangueira.
REPOSIÇÃO HORMONAL- FITOHORMÔNIOS
RECURSO DA COMUNIDADEO Cultivo e o uso de Plantas Medicinais
(Lavandula angustifolia) Campos de Lavanda na Provence “Uma viagem de aroma e magia...” Lavanda.
Q U I N T A L NOSSA FARMÁCIA VIVA N O S.
Aves Tropicais.
PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA
Ipecacuanha, Erva Silvina e Óleo Vermelho
Plantas Medicinais e Agroecologia
Bolsa de Sementes Deve ser aquecida de 1 a 3 minutos na dependência da potência do microondas. Ela substitui a tradicional bolsa de água quente. É indicada.
FARMACOGNOSIA I FCF USP
Alcalóides ALCALÓIDES
Alunos: Antônio Cezar , Bruno , Delza, Michelle .
ANÁLISE DE DROGAS.
ERVAS – REMÉDIO PARA ALMA
AULA Óleos essenciais.
Profa.: Larissa Funabashi de Toledo Dias
Análise de fitoterápicos para tratamento de distúrbios do trato respiratório comercializados na região de Niterói Centro Universitário Plínio Leite Graduação.
1 - Fitoterapia E métodos de extração.
FITOTERAPIA & NUTRIÇÃO
Eucalipto e Cambará: Uma Revisão Bibliográfica
Plantas Amargas e Tônicas
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE ALCAÇUZ, JUCÁ E POLÍGALA
Cigarro Causa Dependências.
Leonor Monteiro do Nascimento
CHÁ DE BELEZA E BEM- ESTAR
Alecrim O Alecrim tem aplicações muito vastas: utiliza-se para as doenças nos rins, calculoses, vômitos, vertigens e tonturas, indigestões, anemia, reumatismo,
CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Sistemas transdérmicos:Pomadas, Pastas, Cremes e Loções
Fundamentos em Farmacologia
CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Profa.: Larissa Funabashi de Toledo Dias
INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA:
Projeto Herbário 8º ano – Colégio Simon
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
FARMACOGNOSIA.
Vias de Administração Anne K. Schreiber.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO – PPGAN IARA ELIZABETH ABI-ZAID Uso de plantas.
Importância económica dos terpenóides Hemiterpenos Esta classe está pouco representada pelo que a sua importância económica é reduzida. No entanto podem-se.
DROGAS VEGETAIS QUE ATUAM NO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Novos países industrializados (NPI)
ÓLEOS ESSENCIAIS Prof.ª Dra. Paula Tatiana Lopes Seixas
PLANTAS MEDICINAIS... CITOLOGIA... FISIOLOGIA... USOS DE PLANTAS
Aluna: Luiza P. Arroyo Professor: Christiane Hortega Matéria: História e Geografia Especiarias.
Transcrição da apresentação:

AULA 8a: Drogas aromáticas Disciplina de FARMACOGNOSIA I AULA 8a: Drogas aromáticas Profa. Nilce Nazareno da Fonte Profa. Fabíola Barbieri Holetz

Drogas aromáticas = drogas que possuem, entre seus compostos, óleos essenciais. Não confundir as atividades farmacológicas da droga vegetal com as atividades farmacológicas do óleo essencial extraído da mesma. uma coisa é a planta / droga; outra coisa é o óleo essencial, e outra coisa, o(s) componente(s) do óleo essencial

SEMPRE POR INFUSÃO, NUNCA POR DECOCÇÃO Preparação dos chás e extratos aquosos à base de drogas aromáticas: se o objetivo é a ação farmacológica dos óleos essenciais: SEMPRE POR INFUSÃO, NUNCA POR DECOCÇÃO

CAMOMILA - capítulos florais de Matricaria chamomilla L CAMOMILA - capítulos florais de Matricaria chamomilla L. (Matricaria recutita L.) ASTERACEAE / COMPOSITAE

CAMOMILA 0,2 a 1,8 % de óleo essencial. Não deve conter menos que 0,4 % (uso farmacêutico). Óleo essencial: (-)--bisabolol e camazuleno (formado a partir de um precursor natural durante a hidrodestilação), óxido de (-)--bisabolol A e B, sesquiterpenos, furfural, flavonóides etc. As proporções de cada componente dependem do quimiotipo da planta. Outros compostos: flavonóides (apigenina e quercetina), cumarinas (umbeliferona e herniarina), mucilagem (galacturônica), resinas e outros.

CAMOMILA: principais componentes do óleo essencial

Outros usos: alimento, aromatizante, cosmético. CAMOMILA: ações farmacológicas e usos Antiinflamatória, antiespasmódica, eupéptica, ansiolítica, antibacteriana, antifúngica Usada no tratamento de: transtornos digestivos, afecções cutâneas, congestionamentos e inflamações oculares, ansiedade. Formas farmacêuticas: infuso, tintura, extrato, cremes, pomadas e loções. Outros usos: alimento, aromatizante, cosmético.

A toxicidade aguda do óleo é baixa . CAMOMILA: efeitos colaterais e toxicidade Lactonas sesquiterpênicas podem provocar reações alérgicas em indivíduos hipersensíveis: dermatite de contato (casos excepcionais - somente 5 casos relatados). Doses excessivas podem interferir em terapias de anticoagulação (cumarinas; warfarina) e apresentar efeito emético. A toxicidade aguda do óleo é baixa . Recomenda-se moderação no uso durante a gravidez e a lactação.

CANELAS

Canela do Ceilão – cascas descorticadas dos ramos da Cinamomum zeylanicum Blume, LAURACEAE (Sri Lanka) Canela da China – cascas de Cinamomum cassia Blume (C. aromaticum Nees, LAURACEAE (sudoeste da China)

Canela do Ceilão Canela da China 1,6 a 2,9% mucilagem CANELAS Canela do Ceilão 1,6 a 2,9% mucilagem 60 a 75% de aldeído cinâmico 4 a 10% fenóis (eugenol) Canela da China 10% mucilagem 75 a 90% de aldeído cinâmico não possui eugenol

Importante conservante. Aromatizante natural. CANELAS: ações farmacológicas e usos Antiespasmódica, carminativa, antimicrobiana, antidiarreica (taninos), emenagoga Usada no tratamento de: dispepsias, flatulência, anorexia, astenia, cólicas, diarréia. Importante conservante. Aromatizante natural. Pode provocar alergias em indivíduos hipersensíveis. Contra-indicado durante a gravidez.

MELISSA (erva-cidreira) - folhas e sumidades floridas de Melissa officinalis L., LAMIACEAE / LABIATAE

Planta melífera (planta das abelhas). MELISSA Planta melífera (planta das abelhas). Apresenta aroma semelhante ao do limão. Originária da região mediterrânea. Baixa concentração de óleo essencial. Descrição botânica: flores brancas folhas opostas, ovadas e cordiformes, bordas dentadas e rugosas caule quadrangular, ramificado e ligeiramente piloso

MELISSA: principais componentes do óleo essencial

MELISSA: ações farmacológicas e usos Sedativo, espasmolítico, antiviral, antibacteriano, antifúngico, carminativo, antitireoidiano, hipotensor Usada no tratamento de: ansiedade, insônia, transtornos digestivos, flatulência, meteorismo. Recentemente, no tratamento de herpes simples (pomadas). Usada na culinária, na indústria de bebidas, indústria de repelentes (citronela), cosméticos. Contra-indicada na gravidez, na lactação e em casos de hipotireoidismo.

LíPIA - folhas de Lippia alba (Mill.) N.E.Br., VERBENACEAE

Freqüentemente confundida com a Melissa. Lípia: Freqüentemente confundida com a Melissa. Nativa da América do Sul (Chile e Argentina). Possui flores arroxeadas azuladas Possui baixa concentração de óleo essencial.

Digestiva, anti-depressiva, sedativa Lípia: ações farmacológicas e usos Digestiva, anti-depressiva, sedativa Usada no tratamentos de: digestão lenta, insônia, angústia.

CAPIM-LIMÃO - folhas de Cymbopogon citratus (D. C CAPIM-LIMÃO - folhas de Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf, POACEAE / GRAMINEAE

Conhecido popularmente como erva-cidreira. Capim-limão Conhecido popularmente como erva-cidreira. Utilizado para falsificar essência de melissa.

Analgésico, sedativo, antiespasmódico Capim-limão: ações farmacológicas e usos Analgésico, sedativo, antiespasmódico Usado no tratamento de: nervosismo e ansiedade, insônia (aumenta o tempo de sono). Também utilizado na perfumaria e saboaria.

HORTELÃ (menta) – folhas de Mentha sp. LAMIACEAE / LABIATAE

A composição do óleo essencial varia em função de múltiplos fatores. Hortelã Taxonomia muito difícil: muitos híbridos, poliplóides, diversas variações morfológicas. Mentha x piperita L. e Mentha arvensis L. são as espécies de maior interesse econômico na obtenção de óleos essenciais. A composição do óleo essencial varia em função de múltiplos fatores. Por cromatografia gasosa são revelados cerca de 30 a 40 constituintes. Os fatores ambientais influenciam sobremaneira a composição dos óleos essenciais. A qualidade comercial da essência depende das proporções relativas de seus constituintes.

Hortelã: principais componentes do óleo essencial

Aromatizante em Farmácia e em indústrias de alimentos e de cosméticos. Hortelã: ações farmacológicas e usos Espasmolítica, estomáquica, carminativa, analgésica das mucosas, colerético, colagogo. Usada no tratamento de: transtornos digestivos acompanhados de dor ou de origem hepática, flatulência. A reconhecida ação descongestionante nasal é subjetiva e se deve à sensação de frescor provocada pela estimulação dos termorreceptores da cavidade nasal. Popularmente utilizado como antiparasitário, em amebíase e giardíase (pó da folhas secas). Aromatizante em Farmácia e em indústrias de alimentos e de cosméticos.

EUCALIPTO – folhas de Eucalyptus globulus Labill., MYRTACEAE

O conteúdo em cineol aumenta com a idade da folha. Eucalipto: principais componentes do óleo essencial O conteúdo em cineol aumenta com a idade da folha.

Expectorante, fluidificante e anti-séptico. Eucalipto: ações farmacológicas e usos Expectorante, fluidificante e anti-séptico. Usado no tratamento de: afecções respiratórias como asma, bronquite, faringite, gripes e resfriados. Independente da via de administração, o óleo essencial é eliminado principalmente pela via pulmonar. Utilizado na forma de xaropes, pomadas, pastilhas, gotas nasais, preparados para inalação. Contra-indicado durante a gravidez, lactação e para menores de 2 anos. Usado para produção de mel (planta melífera). Aromatizante na indústria farmacêutica, de alimentos e outras.

ERVA-DOCE - frutos secos de Pimpinella anisum L ERVA-DOCE - frutos secos de Pimpinella anisum L., APIACEAE / UMBELLIFERAE

Erva-doce Originária do Egito e Mediterrâneo oriental. Espanha e Egito são os principais produtores.

Expectorante, antiespasmódica, carminativa, galactagoga, emenagogo. Erva-doce: ações farmacológicas e usos Expectorante, antiespasmódica, carminativa, galactagoga, emenagogo. Usada no tratamento de: secreção brônquica, coqueluche, cólica flatulenta, transtornos digestivos. Extremamente utilizada como aromatizante. Pode causar reações alérgicas em indivíduos hipersensíveis. É contra-indicada durante a gravidez.

FUNCHO - frutos secos de Foeniculum vulgare Mill FUNCHO - frutos secos de Foeniculum vulgare Mill., APIACEAE / UMBELLIFERAE

Funcho: principais componentes do óleo essencial Originária da Europa meridional e central, zona mediterrânea e Ásia menor. Hoje é cosmopolita. miristicina

Os frutos apresentam praticamente os mesmos usos que a erva-doce. Funcho: ações farmacológicas e usos Os frutos apresentam praticamente os mesmos usos que a erva-doce. A essência de funcho é uma das drogas mais usadas pela indústria farmacêutica como corretivo de sabor. As raízes são usadas popularmente como diuréticas. As folhas frescas e jovens são excelentes para condimentar alimentos, especialmente peixes, e as raízes e as bases das folhas maiores podem ser comidas como hortaliça. O uso excessivo pode provocar efeitos convulsivantes e/ou alucinatórios.

CRAVO-DA-ÍNDIA - botões florais dessecados de Syzigium aromaticum (L CRAVO-DA-ÍNDIA - botões florais dessecados de Syzigium aromaticum (L.) Merr. y Perry, MYRTACEAE

Cravo-da-índia: principais componentes do óleo essencial

65% da produção mundial - produção de cigarros. Cravo-da-índia: ações farmacológicas e usos Anti-séptico, bactericida, fungicida, parasiticida, antimicótico, anestésico local, antiinflamatório, inibidor da agregação plaquetária, carminativo. Usado no tratamento de: problemas odontológicos e bucais, transtornos digestivos, flatulência, pequenas feridas. Aromatizante natural. 65% da produção mundial - produção de cigarros. Contra-indicado em pacientes que fazer terapia anticoagulante.

Então... Até a próxima aula! Chega por hoje? Então... Até a próxima aula!