Um grupo de escritores de língua grega, dos séculos I e II, são

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Muitos autores, a mesma fé
Advertisements

I Epístola de João.
OS SETE CONCÍLIOS “ECUMÊNICOS” DA IGREJA
Evangelho de João A PESSOA DE JOÃO O autor foi João, “filho do trovão”
O discipulado cristão Estudo 07 na Carta aos Efésios Texto bíblico:
História da Educação A Educação Medieval.
Paróquia Nossa Senhora de Fátima Escola da Fé
O cenário era de medo, insegurança e morte
Trabalho de Filosofia Alunas: Allana, Daiane , Letícia Moreira e Luana. N° : 01, 28,15 e 16. Professor : Aguinaldo Tema : Patrística.
José Adelson de Noronha
Evangelho de João José Adelson de Noronha.
HISTÓRIA ECLESIÁSTICA Aula 5 A IGREJA MEDIEVAL
Jogo das PERGUNTAS.
Interpretação dos gêneros bíblicos
HISTÓRIA DA IGREJA.
O EVANGELHO DE MARCOS Uma introdução.
INTRODUCAO A CARTA AOS ROMANOS PAULO E SUAS CREDENCIAIS
O discipulado cristão na Carta aos Romanos
Que é discipulado cristão
“Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei”
A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA O Sínodo propõe avaliar os frutos da Dei Verbum (40 anos) Os resultados da renovação bíblica A difusão.
Pais da Igreja.
Conhecimento O problema do conhecimento. Formas de conhecimento
Trabalho de Filosofia Professor: Aguinaldo.
Reformas religiosas.
A NATUREZA DA BÍBLIA.
A Controvérsia ariana, passo a passo Pablo Nogueira Ilustrações: Ezê
A REFORMA PROTESTANTE E A CONTRA REFORMA CATÓLICA
Pais da Igreja Respostas Santo Agostinho
Cristianismo Unidade e Diversidade.
Maria e os Padres da Igreja.
Santo André, Apóstolo.
São João Evangelista São João Evangelista é representado com uma águia ao lado, como símbolo da elevada espiritualidade que transmite com seus textos.
A Bíblia e São Jerônimo.
O LIVRO.
A Santíssima Trindade e Maria.
Comemoramos também o dia do Papa
Atos 4: Pedro e João ainda estavam falando ao povo quando chegaram alguns sacerdotes, o chefe da guarda do Templo e alguns saduceus. 2 Eles ficaram.
CONSTITUIÇÃO CONCILIAR SACROSANCTUM CONCILIUM SOBRE A SAGRADA LITURGIA
DEUS CRISTO HOMEM IGREJA CATOLICIDADE
No mês de Setembro comemoramos o
A Palavra de Deus e o Espírito Santo
TEMPO LITURGICO. TEMPO LITURGICO Ano litúrgico ou calendário litúrgico é o ciclo das celebrações litúrgicas durante o ano da igreja cristã que determina.
Maria: Modelo original dos homens
Nasceu na Betsaida e teve a honra e o privilégio de ter sido o primeiro discípulo de Jesus, junto com São João o evangelista. Os dois eram discípulos de.
Carta do Apóstolo Paulo, ela deveria entrar na Bíblia?
Introdução ao Novo Testamento.
HERMENÊUTICA Interpretando as Escrituras Sagradas.
Um Breve Estudo na Carta aos Romanos
Hermenêutica na Igreja Primitiva
Interpretando as Escrituras Sagradas
As Epístolas Católicas
A Hermenêutica na Idade Média
ECUMENISMO FORMAÇÃO DE COORDENADORES CONCEITO
Série: Atos dos apóstolos Atos
Princípios Fundamentais da Interpretação Bíblica
A trajetória do Cristianismo desde sua fundação até nossos dias
Virgem das Três Mãos “Eu não venero a matéria, mas o criador da matéria, que se fez matéria por mim e se dignou habitar na matéria e realizar minha salvação.
PANORÂMICA DO NOVO TESTAMENTO Requisitos para composição do Cânon Sagrado: A autoridade apostólica; a Ortodoxia e a antiguidade do escrito. Os Evangelhos.
FRAGMENTO DE MURATORI 140~155 Dc.
Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus
Nossa Senhora, Mãe e Rainha.
CULTURA MEDIEVAL.
HISTÓRIA DA IGREJA PARTE 3.
Reforma Protestante e Contra- Reforma CDM: 7° Ano Prof°. Pedro Tavares.
Professor Romildo Tavares
Império Bizantino Nome dado a porção oriental do Império Romano, quando este foi dividido em dois no final do século IV.
Atanásio de Alexandria E.E. Dom José de Camargo Barros Indaiatuba, disciplina de Filosofia TRABALHO DE FILOSOFIA DO 4º BIMESTRE DE 2007 Amanda nº2 Ana.
Nossa Senhora de La Salete, intercedei por nós!
Organização interna da Bíblia
Transcrição da apresentação:

Um grupo de escritores de língua grega, dos séculos I e II, são HI 13 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 1 Um grupo de escritores de língua grega, dos séculos I e II, são conhecidos pelo nome de “Padres Apostólicos”. Este título expri-me as suas características peculiares: antiguidade (algumas obras anteriores ao Evangelho de São João) e estreita vinculação aos Apóstolos (dos quais podem considerar-se discípulos). [V, 3] Textos mais notáveis: Didaché; carta de São Clemente aos Co- ríntios; cartas de Santo Inácio de Antioquia; epístola de São Policarpo de Esmirna; Pastor de Hermas. [V, 3] As notas entre parêntesis rectos fazem referência a parágrafos de: “História Breve do Cristianismo”, José Orlandis, Rei dos Livros.

No século II apareceu um novo género literário, expoente das HI 14 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 2 No século II apareceu um novo género literário, expoente das lutas que os cristãos tiveram de sustentar com inimigos de den- tro e de fora. [V, 5] Inimigos de dentro: bom número de escritos anti-heréticos. Sobres- sai o tratado “Contra as heresias” de Santo Ireneu de Lião (refuta- ção das doutrinas gnósticas). [V, 5] Inimigos de fora: literatura apologética, cujo objectivo era defender a verdade cristã e que estava dirigida a leitores alheios à Igreja. Exemplo de apologética antijudaica: “Diálogo com Trifão” do mártir São Justino (150). Exemplo de apologética antipagã: “Epístola a Diogneto”. [V, 6-7]

Por volta de ano 200, alguns escritores começaram a produzir HI 15 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 3 Por volta de ano 200, alguns escritores começaram a produzir uma literatura não polémica. Foi o começo da ciência teoló- gica. Em Alexandria surgiu uma célebre escola teológica que conseguiu um extraordinário ascendente sob a direcção de Clemente (converso de vasta cultura). [V, 9-10] Orígenes, seu sucessor, elevou-a a um altíssimo grau de esplendor. Em Alexandria primeiro, e em Cesareia da Palestina, depois, desenvolveu uma actividade assombrosa e foi autor de cerca de mil obras. [V, 11] Em Antioquia surgiu no século IV outra escola que rejeita o método alegórico, próprio dos Alexandrinos, que em sua opinião desvirtu-ava o recto sentido dos textos bíblicos e cultiva interpretação literal inspirada na filosofia aristotélica. [V, 12]

Os Padres da Igreja uniam a ciência sagrada à nota de san- HI 16 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 4 Os Padres da Igreja uniam a ciência sagrada à nota de san- tidade reconhecida pela Igreja. Os tempos de ouro da Patrís- tica foram os séculos IV e V. [IX, 1] Os Padres da Igreja são escritores cristãos anteriores ao ano 750 que reúnem três características: 1) ortodoxia de doutrina; 2) san-tidade de vida; 3) aprovação ao menos tácita da Igreja. Os Padres são as testemunhas da Tradição da Igreja, naquelas dou- trinas nas quais as suas afirmações são coincidentes. Trento: “A ninguém é lícito inter- pretar a Escritura contra o consen- so unânime dos Padres”.

Da escola neo-alexandrina são também os “Padres Capadócios”: ÉPOCA DOS PADRES, 5 HI 17 de 71 Um dos mais antigos Padres orientais: Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria e principal defensor da ortodoxia católica frente à heresia ariana (diácono em Niceia, foi durante 45 anos o bispo de Alexandria, 17 dos quais passou desterrado). [IX, 2] Da escola neo-alexandrina são também os “Padres Capadócios”: - São Gregório de Nanzianzo (329-390): defender a divindade do Filho e do Espírito Santo valeu-lhe o apelativo de “o Teólogo”. - São Gregório de Nisa (335-394): um dos Padres da mística cristã. - São Basílio (330-379), bispo de Cesareia, destacou-se pelos seus escritos teológicos anti-arianos. Organizador do monaquismo oriental (autor de duas regras monásticas e de uma liturgia). [IX, 3]

Último Padre oriental: São João Damasceno (+ 750) HI 18 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 6 São João Crisóstomo (344-407): “Boca de ouro”. Comentou numerosos livros da Bíblia. As suas homilias acarretaram-lhe a inimizade da imperatriz Eudóxia e o desterro até à morte. [IX, 4] São Cirilo de Alexandría (370-444): manteve a doutrina ortodoxa contra Nestório. Influência decisiva no concílio de Éfeso (431), onde defendeu o título Mãe de Deus para a Virgem Maria. [IX, 4] Último Padre oriental: São João Damasceno (+ 750)

Grandes Padres ocidentais, 1 HI 19 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 7 Grandes Padres ocidentais, 1 Santo Ambrósio (333-397): Elevado ao episcopado (Milão) por aclamação popular, sendo ainda simples catecúmeno. Notável actividade literária de exegese bíblica e pregação. Amigo e con-selheiro de 3 imperadores, excomungou Teodósio, o Grande. [IX, 5] São Jerónimo (342-420): sucessivas residências em Antioquia, Constantinopla, Tréveris, Roma e Belém. Historiador e exegeta. Traduz a Bíblia: Vulgata (Trento declara a sua autenticidade). [IX, 6] Santo Agostinho (354-430): principal Padre da Igreja e uma das figuras cimeiras da história. Bispo de Hipona. Escreveu entre outras obras, as Con- fissões, autobiografia espiritual desde a infância até à conversão, e A Cidade de Deus, ensaio de teolo-gia e história, e tratado de apologética. [IX, 7]

Grandes Padres ocidentais, 2 HI 20 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 8 Grandes Padres ocidentais, 2 Dois Papas aos quais a história atribui o apelativo de “Magno”: S. Leão I (+ 461): contribuiu de modo substancial para a formu-lação do dogma cristológico. Deve-se-lhe também a teologia do Primado romano e a sua fundamentação escriturística no Primado de Pedro. [IX, 8] S. Gregório I (540-604): as suas obras (os “Morais” e os “Diálogos”) terão grande influ-ência na Idade Média. O canto “gregoriano” conservou-se vivo na Igreja até aos nossos dias. [IX, 8] Último Padre ocidental: S. Isidoro de Sevilha (+ 636)

No Alto Egipto, São Pacómio (286-346) trouxe ao monaquismo HI 21 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 9 Durante os três primeiros séculos, ascetas e virgens não abandona-vam o mundo nem se reuniam, geralmente, para viver em comum. Permaneciam nas suas casas e administravam os seus bens. [XI, 1] A tradição ascética cristã deu vida, desde os princípios do século IV, à instituição do monaquismo, caracterizado por um traço peculiar: a fuga do mundo. [XI, 3] No Alto Egipto, São Pacómio (286-346) trouxe ao monaquismo a vida em comum e a obediência ao superior religioso. [XI, 5] Na Ásia Menor, São Basílio (330-379) promoveu e or-ganizou o monaquismo. As observâncias basilianas constituiram a base principal do monaquismo bizan-tino e a sua influência literária fez-se sentir também no Ocidente. [XI, 5]

Bispos ilustres –Ambrósio de Milão, Eusébio de Vercelli, etc.- promo- HI 22 de 71 ÉPOCA DOS PADRES, 10 Bispos ilustres –Ambrósio de Milão, Eusébio de Vercelli, etc.- promo- veram o monaquismo entre o clero das suas igrejas. Particular relevo teve Santo Agostinho que reuniu os clérigos na sua casa e instituiu nela a vida em comum. A “Regra de Santo Agostinho” seria tomada como norma nos séculos medievais. [XI, 7] Lugar de honra na história do monaquismo latino corresponde a São Bento (480-547). Fundou e governou dois mosteiros: Subíaco primeiro e Montecassino depois, onde compôs a sua celebérrima regra. O Código beneditino alcançou com o tempo um êxito extraordinário e converteu-se na regra típica do monaquismo ocidental. [XI, 8] As notas entre parêntesis rectos fazem referência a parágrafos de: “História Breve do Cristianismo”, José Orlandis, Rei dos Livros.