ROMANTISMO CONTEXTO HISTÓRICO

Na europa Revolução Francesa; Ascensão da burguesia; Liberalismo (incentivo à busca da realização individual por parte do cidadão comum).

No brasil CHEGADA DA FAMÍLIA REAL: Abertura dos portos; Fundação do Banco do Brasil; Criação dos tribunais das Finanças e da Justiça; Permissão para a instalação de indústrias; Implantação da imprensa; Inauguração da Biblioteca Real com mais de 60 mil volumes.

PÚBLICO BURGUÊS: Definiu as preferências; Figurou muitas vezes como personagem dos romances românticos. IMPRENSA: Padronizou o gosto literário da época; Divulgou os romances em forma de folhetins e os poemas românticos.

ROMANTISMO CARACTERÍSTICAS

LIBERDADE DE CRIAÇÃO O artista romântico expressa-se por meio de uma atitude pessoal, individual e única, sem considerar mais os modelos clássicos. “...nenhuma ordem seguimos; exprimimos as idéias como elas se apresentaram, para não destruir o acento da inspiração.” (G. de Magalhães)

sentimentalismo Para o romântico, a razão fica em segundo plano. Sua maneira de analisar e expressar a realidade obedece ao sentimento, considerado como o grande valor da vida do indivíduo. “Minha vida é triste como a voz do sino Carpindo o morto sobre a laje fria; E doce e grave qual no templo um hino, Ou como a prece ao desmaiar do dia” (C. de Abreu)

Supervalorização do amor O amor é considerado o valor supremo da vida. É bom, puro, difícil de realizar. Daí ser, geralmente, platônico. Sua não-realização leva à loucura, à morte ou ao suicídio. Mas, finais felizes são comuns na literatura romântica. “Amor é vida; é ter constantemente Alma, sentidos, coração – abertos” (G. Dias)

nacionalismo Expressa-se principalmente por meio da valorização da terra natal, sua fauna, flora e cultura, numa visão idealizada da pátria. “Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.” (G. Dias)

religiosidade A sua religiosidade é de natureza sentimental e intuitiva. Com Rousseau, os românticos descobriram e cultuaram Deus nos astros, no vento, em tudo o que existe no universo (panteísmo). “Tu, Senhor, meu Deus, tu me recebes Na tua santa glória: alarga as asas Do teu santo perdão...” (G. Dias)

Evasão ou escapismo Sentido-se deslocado no seu tempo e no seu espaço, o romântico cria mecanismos de evasão que podem ocorrer de três formas básicas: Evasão no tempo Evasão no espaço Evasão na morte

EVASÃO NO TEMPO O romântico busca no passado histórico de sua pátria (Idade Média) ou no seu passado histórico (infância) situações que ele considera ideais, por serem estáveis e equilibradas. Como o Brasil não teve Idade Média, buscou-se a época do descobrimento, criando-se um traço marcante do nosso Romantismo: o indianismo.

EVASÃO NO ESPAÇO Leva o artista a procurar paisagens novas, estranhas e exóticas. Por isso, o Oriente aparece com certa freqüência nos escritos românticos, europeus principalmente. Outro refúgio é a natureza, vista como um lugar “não corrompido” pela sociedade.

EVASÃO NA MORTE Esse escapismo é encarado como solução definitiva para o chamado mal-do-século. O artista sente-se fragmentado, como se fosse apenas mais uma “peça” da engrenagem social, com sua individualidade comprometida. Isso conduz à dor e à aflição, leva à busca da solidão, ao gosto pela melancolia e pelo sofrimento.

reformismo Desejoso de mudanças, o romântico torna-se revolucionário. Muitos escritores aderiram a movimentos democráticos. Queriam, muitas vezes, de maneira bastante violenta e exaltada, alterar radicalmente a estrutura da sociedade.

indianismo No Romantismo brasileiro, o indianismo foi a forma mais representativa do nacionalismo literário. O índio passou a figurar como legítimo representante de nossa raça. É um tipo idealizado, sempre bom, nobre, bonito e cavaleiro generoso.

TENDÊNCIAS ROMÂNTICAS BRASILEIRAS: POESIA PROSA Indianista Mal-do-século Social Lírico-amorosa Indianista Regional Urbana Gótica