Linguagem figurada Palavra

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Transcrição da apresentação:

Linguagem figurada Palavra Capítulo 1 Linguagem figurada Palavra

As figuras de linguagem ocorrem quando empregamos uma palavra ou expressão num sentido diferente do usual (sentido denotativo).

Metáfora Considerada a mãe das figuras de linguagem, consiste numa comparação no nível ideológico ou subjetivo. É criada entre termos que se apresentam distantes em termos de significado, mas que têm alguns traços semelhantes entre o sentido original e o metafórico. Importante: a comparação não aparece expressa por um conector comparativo (como), o que a diferencia da símile ou comparação.

Exemplos Lá fora, a noite é um pulmão ofegante. (noite = pulmão ofegante) Amor é fogo que arde sem se ver. (Amor = fogo) O Sr. Vivaldo é uma raposa. (Sr. Vivaldo = raposa) Aquele homem é um leão. (Aquele homem = leão) Ele é um anjo. (Ele = anjo)

Catacrese Trata-se de uma “metáfora desgastada”. O uso desse sentido figurativo já se tornou tão usual que não é necessário um esforço de interpretação. É tão comum que não há mais um equivalente literal que possa traduzir essa figura.

Exemplos Manga da camisa. Dente de alho. Asa da xícara. Batata da perna. Perna da mesa. Braço da cadeira. Maçã do rosto.

Comparação ou símile Elementos de universos diferentes são aproximados por um conector comparativo (como, feito, tal qual etc.) Assim como a metáfora, a comparação, ou símile, baseia-se numa relação de semelhança. São distintas, porém, na maneira como estabelecem essa relação. Na metáfora, ocorre de maneira implícita; na comparação, de forma explícita, através de uma partícula comparativa pra interligar os elementos em confronto, em forma de analogia.

Exemplos “Meu coração tombou na vida tal qual uma estrela ferida pela flecha de um caçador”. Cecília Meireles “Para a florista, as flores são como beijos são como filhas, são como fadas disfarçadas”. Roseana Murray

Metonímia Ocorre quando uma coisa ou pessoa é designada com o nome de outra, havendo uma relação entre ambas. Pode ser definida como uma relação de contigüidade, de aproximação, em que parte do conteúdo semântico de uma palavra ou expressão, ou um conteúdo semântico associado a esta palavra ou expressão, é relacionado a outra palavra ou expressão numa comparação implícita, só que parcial (entre um todo significativo e um traço significativo de outro todo significativo), ou numa relação de substituição comparativa, em que um traço significativo de uma palavra ou expressão representa toda a palavra ou expressão. Trata-se, portanto, de uma substituição que pode se dar de várias formas.

Exemplos Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.) Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.) Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.) Efeito pela causa: Sócrates bebeu a  morte. (= Sócrates tomou veneno.) Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.) Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)

Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.) Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.) Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.) Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.) Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.) Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.) Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado.)

Sinédoque É um tipo particular de metonímia, em que há a substituição do todo pela parte, ou vice-versa, do mais para o menos, ou vice-versa. “A mão que toca o violão se for preciso vai à guerra”. Marcos e Paulo Sérgio Vale Observe que o eu lírico usou o termo “mão” para designar o próprio indivíduo, estabelecendo uma relação de contigüidade, de proximidade entre o que elas representam. Ou seja, a parte (a mão) foi usada para referir-se ao todo (o próprio indivíduo).

Exemplos O francês cultiva a arte culinária. (o francês = os franceses) Ao cair da tarde, o bronze soa triste. (o bronze = o sino) Nunca tive um teto para me abrigar. (teto = casa)

Antonomásia É um tipo de metonímia que consiste na identificação de uma pessoa não por seu nome, mas por um atributo que as distingue das demais.

Exemplos O seminário de segunda-feira será sobre o ‘poeta dos escravos’. (poeta dos escravos = Castro Alves) O repórter de Canudos = Euclides da Cunha. O engenheiro da palavra = João Cabral de Melo Neto. O rei do cangaço = Lampião. O rei do pop = Michael Jackson. O rei do futebol = Pelé. O Rei = Roberto Carlos.

Sinestesia Trata-se de agrupar sensações originárias de diferentes órgãos do sentido. É a transferência de uma sensação sugerida por um sentido para outro sentido.

Exemplos Esse perfume tem um cheiro doce. Senti saudades amargas. Uma melodia azul tomou conta da sala. A sua voz áspera intimidava a platéia. Dirigiu-lhe uma palavra branca e fria como agradecimento. O sol de outono caía com uma luz pálida e macia. Neste caso, “pálida” e “macia” reúnem sensações de visão e tato, respectivamente. O uso dessa figura de expressão, além de embelezar o texto, amplia o sentido do termo a que se refere. O uso destes adjetivos nos faz ter uma melhor idéia desse tipo de luz solar: fraca, aconchegante, agradável.