AM020-Temas de atualidade Para entender o funcionamento da economia humana: o uso combinado das análises de K. Marx e de H. Odum Prof. Enrique Ortega DEA/FEA/Unicamp.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Capítulo 7 Direção.
Advertisements

CONHECENDO A AGENDA 21 NAS ESCOLAS AVANÇAR.
“OS REIS ABSOLUTISTAS QUERIAM CADA VEZ MAIS RIQUEZAS”
PAPEL DO SETOR GOVERNAMENTAL NA PROMOÇÃO DA ROTULAGEM AMBIENTAL
Ecossistema: histórico
Perspectivas da Economia Brasileira para 2009 e de outubro de 2009 Simão Davi Silber
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Visão Global da Macroeconomia UNIVERSIDADE DOS AÇORES
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Amaury Patrick Gremaud Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos
Prof. Gilberto De Martino Jannuzzi
2a Conf. Int. de Crédito Imobiliário 19 de Março de 2010
Auditoria de Segurança da Informação
Análise da Oferta de Mercado
Inventário de ciclo de vida do Diesel
Organização, Sistemas e Métodos Prof. Luciano Costa.
Preparado para Crescer Min. Guido Mantega
As Grandes Navegações Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico.
Fórum Permanente da Unicamp, Campinas, SP, 14 de agosto de 2013.
Economia de Comunhão 13 de Setembro de 2011.
Parte I: Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceito Básicos
Renault de Freitas Castro Diretor Executivo
Laboratório de Engenharia Ecológica
As bases históricas do Subdesenvolvimento ( I )
TA542 Economia Agroalimentar Janeiro de 2013
AM020. Aula 08 Enrique Ortega, FEA/Unicamp 24 de setembro de 2013 Resíduos, Emissões, Efluentes 1.
TA542 Economia Agroalimentar Janeiro de 2013 Aula 01 Parte 02 Evolução do sistema econômico Prof. Dr. Enrique Ortega DEA, FEA, Unicamp Laboratório de Engenharia.
O futuro pode ser ecológico?
Programa Usos dos recursos naturais
Salas de Matemática.
Enrique Ortega DEA/FEA/Unicamp Versão inicial: 13 de outubro de 2013
A lei de Say Jean Baptiste Say David Ricardo John Stuart Mill
República Federativa do Brasil 1 LDO 2005 GUIDO MANTEGA MINISTRO DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Brasília 18 de maio de 2004.
Parte II: Determinantes do Produto
Fortaleza, CE – 14 de novembro de 2013 Alberto J. Palombo Rede Interamericana de Recursos Hídricos 1.
RIO 92 / ECO RIO Foi aprovado um documento contendo compromissos para o padrão de desenvolvimento do século XXI, denominando-o Agenda 21. Resgata, assim,
TA 159A Tópicos Especiais em Engenharia de Alimentos Ari Nelson Rodrigues Costa 23/07/2006 Odum, H. T. Odum, E. C. University Press.
O futuro pode ser ecológico? Que podemos fazer para ajudar nessa tarefa? CODE-IPEA.
Economia Ecológica: O papel da metodologia emergética
Álcool Etanol Combustível
Segunda parte: Análise sistêmica
Símbolos prontos para usar, em fundo escuro.
309. Uso genérico do ambiente (ENVUSE). O sistema ENVUSE na Figura IV-9a é um modelo geral para examinar o uso econômico de recursos ambientais. Como.
102. Crescimento com uma Fonte Renovável como o Sol (RENEW)
319. População Mundial (PEOPLE). O número de pessoas no mundo é o balanço entre reprodução e mortalidade. A reprodução por pessoa é afetada pelo produto.
214. Sucessão e clímax (CLIMAX)
AM 020 A crise do sistema global, os desafios sociais e a universidade necessária Enrique Ortega FEA, Unicamp, Agosto-novembro de 2013.
Produção e Consumo durante o dia (DAYPR)
209. Pulso e Reciclagem (PULSE)
A contribuição da visão sistêmica de Howard T. Odum
Modelo 101. Crescimento Exponencial (EXPO)
Fatores Limitantes Internos (RECYCLE)
103. Crescimento com uma Fonte Não Renovável (NONRENEW)
315. Macro-economia (MACROEC)
Competição entre duas populações em crescimento exponencial (COMPETE)
Competição por fontes limitadas (EXCLUS)
Modelagem e Simulação de Sistemas.
AVALIAÇÃO BIMESTRAL -HISTÓRIA– VII ANO Professora: Poliane Camila
1 2 Observa ilustração. Cria um texto. Observa ilustração.
Portugal: Convergência Real Para a União Europeia Abel Moreira Mateus Outubro 2000.
Prof.ª Me. Marcela Ribeiro de Albuquerque
Análise da Arrecadação Outubro de Desempenho da Arrecadação das Receitas Federais Evolução Janeiro a Outubro – 2014/2013 (A preços de outubro/14.
Retrospectiva de 2009 e Expectativas para Cenário Externo Impacto da Crise no PIB e Comércio Mundial.
“ ” Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. (Gandhi)
Desenvolvimento sustentável
O processo de desenvolvimento do capitalismo
Globalização e Meio Ambiente
Positivismo.
Prova de classe: Gabarito 4º bimestre 14/10/13. Questão 1º A No processo de expansão ultramarina, Portugal foi pioneiro na navegação pelo oceano Atlântico.
A BASE ECONÔMICA DA SOCIEDADE
Transcrição da apresentação:

AM020-Temas de atualidade Para entender o funcionamento da economia humana: o uso combinado das análises de K. Marx e de H. Odum Prof. Enrique Ortega DEA/FEA/Unicamp 8 de outubro de 2013

Principais referências utilizadas 2 David Harvey Enrique Dussel

O mercantilismo e o capitalismo: 1.A Europa feudal e o rico comercio com Oriente; 2.A conquista e a colonização de novos espaços; 3.O saque dos territórios conquistados; 4.A Filosofia da conquista e da dominação; 5.A transferência do acumulo ao Norte de Europa; 6.A industrialização no Norte de Europa; 7.Expansão eurocêntrica em pulsos crescentes; 8.O aumento dos custos e redução dos rendimentos; 9.As crises periódicas e sua solução no capitalismo; 10.O consumo de massa; 11.A crise do socialismo industrial; 12.As demandas atuais por emprego, sustentabilidade e resiliência. 3

Europa cercada pelos árabes 4 Mapa da expansão muçulmana nos séculos VII e VIII Expansão até à morte de Maomé, Maomé Expansão durante o Califado Rashidun, Califado Rashidun Expansão durante o Califado Omíada, Califado Omíada

Projetos europeus para romper o cerco: as cruzadas e a saída ao mar oceano. 5

Portugal 6

Espanha 7

O comercio português na África e na Índia 8

A conquista de América pelos espanhóis 9 Filosofia de negar aos outros para despoja-los de tudo, inclusive da vida (16 milhões de mortos em América e 10 milhões na África)

10 Modelos sistêmicos para explicar a dinâmica da expansão mercantilista e do capitalismo industrial

Acoplamento do metabolismo entre a produção e o consumo: através de auto-organização e autocontrole. 11 Sistemas sustentáveis das comunidades primitivas

Sistemas que colaboram Colaboração de duas populações no uso de uma fonte de energia e recursos renovável limitada 12

Existem sistemas onde se estabelecem interações positivas entre as populações, chama-se a isso Simbiose. Parte dos bens de uma população são usados para apoiar o crescimento da outra. Desta forma ambas crescem e prosperam e uma depende da outra. Cria-se uma coexistência pacífica, todos crescem, porém menos, mais todos sobrevivem. Equações: Fluxo de recursos limitados usados por ambas populações: R = I / (1 + K1 * Q * Q2 + K2 * Q * Q2) O acumulo de Q depende de Q2 e vice-versa. DQ = (K5 * R * Q * Q2) – (K7 * Q * Q2) – (K3 * Q) DQ2 = (K6 * R * Q * Q2) – (K8 * Q * Q2) – (K4 * Q2) Q = Q + DQ * DT Q2 = Q2 + DQ2 * DT Exemplos: (a) A polinização de flores por insetos, a semeadura de sementes por esquilos e pássaros, etc.; estes animais são recompensados pela ação, eles próprios ou seus descendentes. (b) Quando o comércio é justo os países envolvidos podem ser beneficiados pois cada um obtém recursos que eram limitantes para seu desenvolvimento. Veja a planilha: co-op1.xlsco-op1.xls 13

Competição entre sistemas que usam recursos renováveis Os laços de reforço maiores e o crescimento da população de um sistema permitem a ele sobrepujar ao outro. 14

Dominação Um sistema exclui totalmente ao outro e se apropria de seu espaço e riquezas 15

Karl Marx em Inglaterra ( ) 16

O sistema de produção estudado por Karl Marx (manufatura industrial)manufatura industria Na sua abordagem da produção apenas retrata a Economia Política da época: não considera as contribuições da natureza como forças produtivas nem as externalidades 17

O sistema de consumo estudado por Karl Marx 18

O sistema de produção e consumo completo Texto 4 19

A expansão 20

A dependência e a espoliação 21

Barreiras biofísicas e sociais 22 Minerais Energia fóssil Monoculturas Extração predatória Duas visões em conflito Cultura humana ecológica Sistemas agro-químicos Biodiver- sidade Cultura humana industrial Sistemas agroecológicos Erosão Resíduos Emissões Perdas biológicas e sociais Mudanças climáticas Reciclagem, manejo sustentável Maior impacto social, ambiental e climático Produtos químicos, maquinaria, diesel, subsídios Maior produção, menor preço, mais gente Lucro com custos altos ocultos

Demandas por emprego e qualidade de vida (sustentabilidade, resiliência, felicidade) 23 Custos crescentes e crises. Espoliações crescentes

Texto 4 24 Grande objetivo: Ajustar a capacidade biológica de produção e a pegada (consumo)

25 A mudança necessária: adotar a filosofia da libertação, da recuperação e do ajuste. Uma mudança global é necessária para recompor o tecido da natureza e da sociedade. O primeiro passo é obter boa informação (sistêmica e crítica que considere o passado e os limites da Terra) para analisar o presente e suas tendências de inercia e de câmbio. Depois disso, é preciso desenvolver valores (individuais) e novas atitudes coletivas para se integrar ao fluxo de processos de transformação social no mundo inteiro.

Leitura recomendada: Acumulação inicial e acumulação por espoliação continuada 26 edicoes/numero-1-volume-13/acumulacao-por- espoliacao-e-direitos-sociais-critica-do- reformismo