Alexandre Ferreira Sara Simões

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Organização das Nações Unidas
Advertisements

1 - O CONSULADO (1799 – 1804): Pacificação interna e externa.
IDADE CONTEMPORÂNEA A ERA NAPOLEÔNICA.
O CONFLITO ENTRE ISRAELENSES E PALESTINOS
Trabalho de Educação Moral e Religiosa Católica.
No entanto, não seria por muito tempo que a Ordem de Malta se localizaria na sua sede original, em Jerusalém: São João de Acre 1.dali transferiu-se para.
Universidade Nova de Lisboa Disciplina de D.I.P. Professor Bacelar Gouveia.
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Unidade 1 O feudalismo na Europa.
Formação de Portugal Pedro Thiago de F. R. Costa N.º 22 7ºC
AS RELAÇÕES DE PODER NO MUNDO
Pacificação interna e externa. Acordos de paz com países vizinhos.
Feudalismo.
Os lugares que formam o mundo
Madre Teresa de Calcutá
1 - O CONSULADO (1799 – 1804): Pacificação interna e externa.
Ordem Militar e Sobrerana de Malta
Expansão marítimo-comercial ibérica
1 - O CONSULADO (1799 – 1804): Pacificação interna e externa.
UFABC / DIP – Prof. Gilberto Rodrigues
UFABC / DIP – Prof. Gilberto Rodrigues
Formação de Portugal Colégio Militar de Belo Horizonte – História – 6ª ano – Maj Edmundo – 03/2012.
Religiões Uma síntese geral.
Direitos das Minorias © 2013
O ESTADO EM DIREITO INTERNACIONAL
ORDEM MUNDIAL 1945 O mundo em 1945 Com a aproximação do final da Segunda Guerra Mundial, uma nova ordem internacional se delineava. No primeiro semestre.
O último paga o churrasco
Os Domínios de Filipe II
Soluções para atenuar as desigualdades
A Era Napoleônica.
Legislação Estrutura organizacional Objectivos. FERSAP – Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais Lei das Associações de Pais e Encarregados.
PERÍODO NAPOLEÔNICO.
Panorama atual do Oriente Médio
Cruz Vermelha Brasileira
SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL -CRUZ VERMELHA- Inês Santos Xavier Pinto Novembro/2010.
Organizações Internacionais Mundiais
Mapas de Israel Fonte: BBC
Pacificação interna e externa. Acordos de paz com países vizinhos.
CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
Napoleão Bonaparte.
ACORDO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A SANTA SÉ Profº Elcio Cecchetti.
TRABALHO DE HISTORIA TEMA:A ERA NAPOLEÔNICA
Golpe do 18 brumário O Golpe do 18 Brumário (1799) que instituiu o Consulado, significou um freio nos ideais populares da revolução francesa. A alta burguesia,
Curso: Direito Disciplina: Direito Internacional Privado Professora: Adriana F S Oliveira
A Era Napoleônica ( ).
CP1 – Liberdade Responsabilidade Democráticas
Instituições mais conhecidas
União Europeia.
Direito Humanitário Doutoranda PCHS - UFABC
RECONHECIMENTO DA PALESTINA
1.1 Poderes e Crenças – Multiplicidade e Unidade
História de Portugal Aula n.º 14 D. João III. D. João III subiu ao trono em 1521, após a morte de seu pai D. Manuel I. Um dos mais importantes acontecimentos.
1 Organizações Internacionais Personalidade internacional Organizações Internacionais Direito Internacional Público Ludmila Cerqueira Correia.
Como funciona a União Europeia
SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL
Colégio Nossa Senhora das Neves Componente curricular: História Professora: Kátia Suely 5º ano do Ensino Fundamental.
Apogeu e declínio da influência europeia
REVOLUÇAO FRANCESA
O mundo dividido na era da Globalização
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
CONHEÇA O ACNUR.
Correção da 1.ª ficha de avaliação
A nova regionalização do mundo
S ISTEMAS I NTERNACIONAIS DE P ROTEÇÃO DE D IREITOS H UMANOS Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo Curso: Serviço Social Disciplina: Direitos.
Rússia e Europa Oriental
PERÍODO NAPOLEÔNICO. Breve perfil biográfico Napoleão Bonaparte nasceu na ilha de Córsega, em Napoleão Bonaparte Governou a França de 1799 a 1815.
Portugal e a Europa. A Europa Católica Desde a Idade Média a Igreja Católica havia consolidado seu predomínio sobre a Europa Ocidental Desde a Idade Média.
SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL AULA 3 18/08/2014 Prof. Associado Wagner Menezes Salas 21 a 24 DIP I.
BLOCOS ECÔMICOS:UNIÃO EUROPEIA(E.U.) Fábio Alencar Dias N 8 Eric V. Guardiano N 7 Prof: Wilsom.
BLOCOS ECÔMICOS:UNIÃO EUROPEIA(E.U.) Fábio Alencar Dias N 8 Eric V. Guardiano N 7 Prof: Wilsom.
Transcrição da apresentação:

Alexandre Ferreira 002060 Sara Simões 002144 Ordem soberana e militar de malta Direito Internacional Público Docente: Francisco Pereira Coutinho Alexandre Ferreira 002060 Sara Simões 002144

Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta - Ordem do Hospital de Jerusalém – porque começou como sendo uma ordem hospitalar, em função dos peregrinos que se dirigiam aos lugares santos; - Ordem do Hospital de São João – em referência ao seguidor de Cristo. - Ordem de Rodes – porque esteve nesta ilha entre 1310 e 1523 (até à queda da mesma para os Turcos). - Ordem de Malta ou Ordem Soberana e Militar de Malta – onde governou desde 1530 até 1798.

Da sediação da Ordem em Malta surge aquele que hoje é o símbolo da Ordem

I. Contextualização histórica 1070 Fundação por comerciantes de Amalfi, de um hospício em Jerusalém Com autorização do Califado do Egipto (detentor de soberania dos Lugares Santos)

1099 Os Lugares Santos perdem o domínio muçulmano para o catolicismo (Primeira Cruzada) Originou-se um movimento de peregrinos que levou à reformulação da Instituição 1113 Bula do Papa Pascoal II, Piae Postulationes, que aprova o Hospital de São João

1120 Adopta uma vertente militar Defesa dos peregrinos 1291 A sucessiva perda de territórios cristãos culminou com a perda de Acre Pelo que a Ordem se teve que deslocar para a ilha de Chipre onde adquire uma vertente de defesa naval

1310 Invasão da Ilha grega de Rodes  1522 Solimão , o Magnífico (sultão do Império Otomano) invade Rodes por via marítima  

1530 Volvidos sete anos desta batalha, o rei da Sicília (Carlos V) facultou à Ordem, Gozo e Comino e as cidades de Mdina e Trípoli. 1565 Grande Cerco de Malta pelos Otomanos a que a Ordem resistiu que levou à criação das fortificações de La Valletta (Actual capital de Malta)

1630 Papa Urbano VII equipara o estatuto de Grão-Mestre a de cardeal 1741 Grão-Mestre Frei D. Manuel Pinto da Fonseca fecha a Coroa como sinal de soberania plena e passa a ser chamado de Príncipe

1798 Napoleão Bonaparte toma posse da Ordem de Malta Grão-Mestre demite-se do cargo O imperador russo Paulo I autoproclama-se de Grão-Mestre da Ordem mas não era casado nem católico pelo que o Papa não o apoiou Foi Grão-Mestre de facto mas não de jure 1801 Os Ingleses com apoio de Portugal invadem a ilha, ficando a Inglaterra a dominar a Ilha de Malta (até 1964).

1805 O Papa declara que a Ordem passa a ser regida por lugar-tenentes visto não dispor de território 1834 A Ordem estabelece-se em Roma após ter passado por Messina, Catânia e Ferrara

1879 É restituído o Grão-Ministério 1914 A Ordem intervém humanitariamente na Primeira e Segunda Guerras Mundiais 1962 A Ordem estabelece relações diplomáticas com Portugal, primeiro com o poder de delegação e mais tarde com uma Embaixada (1985).

II . Actividade da ordem Marullo di Condojani, Assembleia Geral das Nações Unidas (sessão de 22 de Outubro de 1995):   “A Ordem de Malta, graças ao seu alto nível moral, à sua natureza religiosa e cavalheiresca, às suas tradições militares que exaltam o auto-sacrifício, à elevada mentalidade e disciplina dos seus membros, encontra-se particularmente apta para o desempenho em todo o mundo das acções caritativas e de bem-estar”

A ordem contém: Hospitais, Clínicas e Asilos Institutos para doentes em fase terminal Estabelecimentos para doentes mentais e idosos Escolas infantis Casas de recuperação de toxicodependentes Institutos para a assistência a refugiados

A Ordem criou: AWR - Associação para o Estudo do Problema Mundial dos Refugiados. CIOMAL - Comité Executivo Internacional para a Assistência a Leprosos Fundação para a Vacinoterapia.

ECOM – Corpo de Emergência Médica HOLAFOM – organismo que se ocupa das actividades desenvolvidas na Terra Santa Centro de Coordenação para a América (em Miami)

Actividades da ordem no campo médico e social no mundo Domínios Médicos Sanitário Social

Hospitais, clínicas e dispensários: - A gestão de Hospitais é a mais antiga tarefa da ordem.   - Tem acorrido sempre entre os primeiros que ajudam em zonas de conflitos sociais e civis (ex: Líbano, América Central, ex-Jugoslávia, Zaire, Ruanda, …) Hospitais na Europa: Alemanha (8) Itália Inglaterra Clínicas: Líbano (13) Costa do Marfim El Salvador (8) Síria Senegal Belém Chade (…) Camarões

Serviços auxiliares da ordem Serviços auxiliares com carácter de beneficência e de unidades de primeiros socorros. Recolha de medicamentos e respectivo transporte para as áreas mais carenciadas – este procedimento foi recentemente certificado pela Organização Mundial de Saúde.

Financiamento das actividades Nos países em via de desenvolvimento, a ajuda financeira vem dos vários governos, e cada vez mais, da União Europeia. Existem sistemas co-financiados O restante, é por donativos.

“Graças à sua política de neutralidade e ao seu carácter de supranacionalidade, encontra-se particularmente vocacionada para o estabelecimento da paz e acções de mediação, diálogo e entendimento entre os povos, em todos os continentes.” (Martim Albuquerque)

III . Perspectiva jurídica Não tem personalidade jurídica internacional: Não é soberana; Não tem base territorial; As relações diplomáticas não têm carácter constitutivo. (Sereni, Quadri, Accioly)

O conceito de personalidade jurídica internacional não é exacto: A sua soberania foi reconhecida pela ONU (1966) Tem direitos e deveres na Ordem Jurídica internacional (diferentes dos de um Estado) Sede em Roma As pseudo-relações diplomáticas são um sinal de “cortesia”.

Direito de legação Capacidade de enviar e receber agentes diplomáticos. Este poder só é conferido aos Estados, à Igreja Católica e a Organizações Internacionais. Assegura relações diplomáticas com mais de 100 Estados, onde possui embaixadas.

Tratados Não é parte integrante em tratados multilaterais, mas pode sê-lo em tratados bilaterais.

Estado: ser ou não ser? Características de Estado: 1. Bandeira

2. Hino

3. Selos

4. Passaporte

5. Moeda

6. População 6.1 População permanente (apenas 3) - Príncipe e Grão-Mestre - Frey Matthew Festing

- Chanceler

- Grão-Comendador

6.2. População não permanente - Cavaleiros, deputados e outros

Embora reúna estas características, não pode ser considerado um Estado: - Não tem território - Não é reconhecido pela ONU como tal, mas sim como organização internacional. Tem status de observador permanente (não vota nem propõe resoluções, só pode discutir). Podem solicitar a incorporação como estados-membros.

Cruz vermelha Convenção de Genebra, artigo 5º, Protocolo I – “pode oferecer os seus bons ofícios como potência protectora em conflitos armados”

Ordem de malta Organização internacional Soberana Com personalidade jurídica Relações com: ONU, Santa Sé e Cruz Vermelha.