Faculdade Presidente Antônio Carlos

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Nutrição e Adubação da Cultura da Soja
Advertisements

Textura e Estrutura do Solo
METABOLISMO ENERGÉTICO
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Cultivo de plantas medicinais
Recursos.
Projeto de Geografia Erosão.
Adubação de pastagens Prática difícil e controvertida
FISIOLOGIA VEGETAL.
FISIOLOGIA VEGETAL – ABSORÇÃO E TRANSPIRAÇÃO – Aula 17
TÍTULO Plano Safra Cuidados para não perder a cobertura do SEAF.
Ciclos Biogeoquímicos
Educação na gestão de Recursos Hídricos Propriedades Da Água
Potássio.
NITROGÊNIO.
FÓSFORO.
Interpretação da análise de solo
Elementos nutrientes essenciais
Aula 2 Fertilidade do Solo.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Microrganismos do solo e o ciclo do carbono
 Absorção, translocação e redistribuição
Enxofre  Introdução  Absorção, translocação e redistribuição
Compostagem.
FISIOLOGIA VEGETAL – Nutrição Vegetal
Agroecossistemas: Conceitos de agroecossistemas
Estrutura do solo: É o arranjo das partículas (areia, silte e argila);
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS.
Funções dos Macro e Micro Nutrientes
COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES
Joyce Alves Pereira Bolsista PIBID Agosto 2010
Mistura de diferentes materiais, tanto orgânicos, quanto inorgânicos
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
SOLOS 1. Conceito 2. Formação 3.Composição 4. Tipos 5. Agricultura
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
PLANTIO.
PROFª. CRISTINA DE SOUZA 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
CAMPUS PELOTAS - VISCONDE DA GRAÇA Curso: Técnico em Fruticultura
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS SERES VIVOS
Profº Fabiano de Sousa Disciplina: Irrigação
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
SISTEMA SOLO É composto por três fases bem distintas: sólida, liquida e gasosa Fase sólida e líquida fonte imediata e reservatório de nutrientes Fase gasosa.
Profª Me. Jaqueline M. Della Torre Martins
Capítulo 10 – Solo UNIDADE II – GEOGRAFIA FÍSICA E MEIO AMBIENTE
REVISÃO PROVA MENSAL 4° BIMESTRE – 6°S ANOS
FISIOLOGIA DE PRODUÇÃO
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS.
6º AB - Revisão - Avaliação Bimestral
Propriedades Físicas dos Solos
COMPOSTAGEM.
Metabolismo Nutricional
Fluxo de Energia nos ecossistemas
Universidade Estadual da Paraíba Escola Agrícola Assis Chateaubriand campus II Aluno: Wanderley Feitosa Viana Professor: Alexandre Disciplina:
Nutrientes de plantas e conceitos básicos sobre fertilidade do solo
Módulo III - Métodos de Preservação da Carne
Descrição dos estádios de desenvolvimento da planta
Qualidade de Sementes Qualidade genética
Pastagens e Plantas Forrgeiras Aula 13. Irrigação de Pastagens
A VITICULTURA DA METADE SUL
Condições Edafoclimáticas em Viticultura
BIOQUÍMICA TEMPO ESPAÇO ENERGIA.
CICLO DO NITROGÊNIO O conteúdo total de nitrogênio está distribuído
Noções de morfologia do solo
LEIS GERAIS DA ADUBAÇÃO
FERTILIDADE DO SOLO 1 - INTRODUÇÃO
COLÉGIO AGRÍCOLA DE VERANÓPOLIS
ACIDEZ DO SOLO Introdução
TÉCNICAS DA CORREÇÃO DE FERTILIDADE DO SOLO
Relações hídricas.
SISTEMA DE ABSORÇÃO.
Transcrição da apresentação:

Faculdade Presidente Antônio Carlos UNIPAC Faculdade Presidente Antônio Carlos Cultura de Leguminosas Manejo e Conservação do Solo Adubação Fixação Biológica de N Profª Fernanda Basso

Manejo e Conservação do Solo Sistema de manejo  conjunto de operações que contribuem para a manutenção ou melhoria da qualidade do solo  condições favoráveis à semeadura, ao desenvolvimento e à produção das plantas cultivadas.

Manejo e Conservação do Solo Preparo do solo  operação importante. Convencional: aração e gradagens leves  excessivo nº de operações. Causa: Compactação da camada superficial; Erosão (declividade acentuada); Monocultivo + preparo convencional: Degradação dos solos; Queda da produtividade  camadas compactadas; perda da camada fértil; assoreamento dos cursos d’ água; surgimento e desenvolvimento de pragas.

Manejo e Conservação do Solo Sistema de Plantio Direto Não revolvimento do solo Rotação de culturas Palhada Manejo inadequado Camadas compactadas Redução da porosidade total Proliferação de pragas

Textura Tamanho de partículas que compõe o solo: Fração grosseira (é comum em solos pouco desenvolvido); Areia; Silte; Argila. Incorporação de MO  melhora a textura do solo Compõe a fração terra fina  presentes em todos solos

Estrutura Arranjo das partículas  agregados do solo. Influencia : Fluxo de água no perfil; Aeração Densidade do solo; Importância: Absorção e movimentação da água no solo; Aeração; Penetração de raízes; Facilidade de cultivo; Erosão.

Porosidade Espaços ocupados pelos líquidos e gases em relação a massa do solo. Macroporos Permitem > aeração, > permeabilidade e evaporação mais rápida da água do solo. Microporos Responsável pela retenção da umidade no solo.

Porosidade

Profundidade Solos rasos apresentam problemas. Os solos devem ter uma profundidade suficiente para que possam ser explorados pelas raízes.

Topografia Em declives muito acentuados  solos geralmente são rasos e apresentam pedregosidade. Locais planos  solos são mais profundos e desenvolvidos. Topografia  influência no processo de erosão e a possibilidade de mecanização.

Conservação dos solos Sistema de plantio direto  benefícios que resultam na conservação dos solos e das águas. Reduzem erosão; Reduzem o nº de operações com máquinas; Redução dos custos de implantação das lavouras; Redução na sensibilidade das culturas a períodos de estiagem; Aproveitamento dos recursos e insumos.

Rotação de culturas ≠ Sucessão Alternar diferentes culturas em um mesmo local a cada ano. Benefícios Diversidade de espécies  diversifica a renda da propriedade rural; Maximiza a utilização de mão-de-obra e máquinas agrícolas ; Melhora a fertilidade do solo; Controle de pragas.

Sistema plantio direto  aumenta o teor de MO nos solos.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Disponibilidade dos nutrientes no solo  diretamente relacionado com o pH do solo.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Macronutrientes N (NO3 e NH4+) Na planta  Ptn, aa, nucleotídeos, purinas Fontes: MO, fertilizantes N e FBN. P (H2PO4) Essencial nos processos de armazenamento e fornecimento de En (ATP). Fontes: SS, superfosfato triplo.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Macronutrientes K (K+) Atua na ativação enzimática e regula a abertura e fechamento dos estômatos e na regulação osmótica dos tecidos. Fontes: Sulfatos e Cloretos de K. Ca (Ca2+) Benéfico na germinação do grão de pólen e no crescimento do tubo polínico, ativa enzimas relacionadas ao metabolismo do P e atua na manutenção da integridade da membrana. Ca  efeito na FBN.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Macronutrientes Mg (Mg 2+) Ativador de enzimas relacionadas a síntese de CHO e Ac. Nucléicos. Átomo central da molécula de clorofila  fundamental nos processos da fotossíntese. FBN  aumento da atividade fotossintética  aumento de CHO que vão para os nódulos. S (SO42-) Na planta  Cistina, metionina, cisteína, proteína, glicosídeos e vitaminas. Componentes de enzimas e coenzimas  participa do metabolismo de CHO e lipidios. Fontes  Gesso agricola, SS eformulações de N-P-K.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Micronutrientes B (H3BO3) Estrutura primária da parede celular e ao funcionamento das membranas celulares. Necessário a elongação e divisão celular, papel importante no transporte e metabolismo de CHO. Co (Co2+) Essencial na FBN  faz parte da estrutura de vitaminas B12  necessária a síntese de leghemoglobina que determina a atividade dos nódulos. Fontes: Cloreto, Sulfatos e Nitrato de Co.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Micronutrientes Cu (Cu2+) Atua como ativador de enzimas  participa do transporte eletrônico terminal da respiração e fotossíntese. Fe (Fe2+) Fe  encontra-se no cloroplastos (75%). Participa das funções enzimáticas catalizadas pela catalase, peroxidase, nitrogenase, leghemoglobina e ferredoxina. Relacionado a FBN.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Micronutrientes Mn (Mn2+) Disponibilidade é dependente do pH do solo. Aumento do pH pela calagem  diminui o teor disponível do nutriente. Atua como ativador de enzimas, participa da fotolise da água e da formação da clorofila. Mo (MoO42-) Necessário à FBN. Aumento do pH  aumenta a disponibilidade.

Nutrição Mineral e Fertilidade do solo Micronutrientes Zn (Zn 2+) Disponibilidade é dependente do pH do solo. Aumento do pH pela calagem  diminui o teor disponível do nutriente. Atua como ativador de enzimas, precursor do ácido indol acético (AIA). Cl (Cl-) Atua na fotólise da água, transporte de elétron e participa das reações da fotossínte

Adubação Depende da exigência da cultura e das características químicas e físicas do solo. Manutenção da fertilidade de uma área deve ser determinada com base: Análise das folhas; Análise do solo; Histórico da área.

Adubação N Reduz a nodulação e a eficiência da FBN  não incrementa a produtividade de grãos. N adicionado  desvia produtos da fotossíntese que iriam para os nódulos para outras partes da planta (produção de mais proteína).

FBN – Bradyrhizobium N do ar constitui 80% do gás atmosférico; Possui uma forte ligação entre os átomos de N  quebrada por algumas bactérias. Bactérias da Família  Rhizobiaceae Gêneros: Rhizobium (crescimento rápido) e Bradyrhizobium (crescimento lento).

Nodulação

Nodulação

Nodulação

Nodulação Primeiros nódulos são visíveis a partir de 10 a 15 dias após a emergência das plântulas (V1 e V2). Durante o ciclo da soja ocorre uma constante formação e renovação dos nódulos  ponto máximo  Floração plena (R2). Declínio da nodulação  a partir do enchimento dos grãos. Declínio na atividade da nitrogenase  surgimento de nódulos de cor verde.

Nodulação Nódulos na região do colo da raiz principal  inoculação. Nódulos nas raízes secundárias  nodulação tardia  cepas já estavam no solo. Nódulos pequenos e com interior esbranquiçado  deficiências nutricionais.

Fixação do N

Nutrientes utilizados Mg, Fe e Mo. Fixação do N Nutrientes utilizados Mg, Fe e Mo.

Eficiência da FBN Depende: Fatores abióticos: Altas temperaturas e estresse hídrico. Interação ambiente/planta: capacidade da FBN das cultivares de soja e fatores nutricionais (excesso de acidez do solo com presença de Al e Mn; deficiência de P, K, Ca e Mg e micronutrientes – Mo e Co).

Eficiência da FBN > população de células na semente  cresce o nº de nódulos no sistema radicular da planta  aumentando a eficiência da FBN e o N fixado. Fatores que influenciam na população de células: Quantidade e qualidade dos inoculantes; Cuidados na inoculação; Distribuição uniforme do inoculante nas sementes; Aderência dos inoculantes na semente; Aplicação de fungicidas e micronutrientes. Fundamentais ao sucesso da FBN.

Inoculantes – Qualidade e Quantidade Solos nacionais nunca cultivados com leguminosas  necessidade de inoculação. Adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e registrados no MAPA. Não adquirir e não usar inoculante com prazo de validade vencido. Certificar o armazenamento em condições satisfatórias. Transportar e conservar o inoculante em lugar fresco e bem arejado. Quantidade minima: 600.000 células/ semente. Quantidade máxima: 1200.000 células/ semente.

Reinoculação Possibilita a renovação qualitativa da população de rizóbios no solo. Bactérias provenientes da inoculação das sementes que sobrevivem no solo se naturalizam e tornam-se mais rústicas  perdendo a efetividade na fixação simbiótica de N.

Inoculação Via Semente Fazer a inoculação  deixar secar à sombra  semear no mesmo dia (principalmente se a semente for tratada com fungicidas e micronutrientes)  manter a semente inoculada protegida do sol e calor excessivo. Homogeneização das sementes pode ser feita em maquinas próprias; tambor giratório; evitar o aquecimento em demasia no deposito na semeadora (altas temperaturas reduzem o nº de bactérias viáveis).

Inoculação no sulco de semeadura Aspersão no sulco de semeadura. Dose do inoculante deve ser, no mínimo, 6 vezes superior a indicada para semente. Volume líquido não deve ser inferior a 50 L/ha. Vantagem de reduzir os efeitos tóxicos do tratamento de sementes com fungicidas e da aplicação de micronutrientes nas sementes sobre a bactéria.

Tratamento de semente e inoculação Fungicidas indicados no tratamento de sementes reduz a nodulação  FBN. Evitar o tratamento com fungicidas  desde que as sementes possuam alta qualidade fisiológica e sanitária e o solo apresente boa disponibilidade hídrica e temperatura adequada para germinação e emergência das plântulas. Se não  tratar somente com fungicidas menos tóxicos. Tratamento com fungicidas  preceder a inoculação  boa cobertura do tegumento da semente pelo filme de fungicida e < contato com o inoculante.

Micronutrientes Mo e Co  fundamentais no processo de FBN. Aplicação dos micronutrientes  via foliar para interferir menos da FBN.