Diagnóstico Sócio-Demográfico Participativo da População Sateré-Mawé
OBJETIVOS Contribuir para o conhecimento das características sociais, econômicas, culturais e demográficas da população sateré- mawé residente na Terra Indígena Andirá-Marau e em cidades próximas Dotar a comunidade sateré-mawé de um instrumento que lhe permita conhecer melhor sua realidade sócio-econômica e cultural e que sirva de subsídio para a proposição de políticas, programas e projetos em seu benefício
Área de abrangência do Diagnóstico
Áreas levantadas Terra Indígena Andirá-Marau (91 comunidades) 4 Andirá – 50 comunidades 4 Marau – 37 comunidade 4 Uaicurapá – 4 comunidades Terra Indígena Koatá-Laranjal 4 1 comunidade Cidades: Maués, Barreirinha, Parintins, Nova Olinda do Norte
Levantamento das informações Nas cidades: Equipes locais e treinamento Entrevistadores Operacionalização Dificuldades encontradas
Devolução, divulgação e socialização d as informações 4 Distribuição do Relatório Técnico nas comunidades 4 Tradução e adaptação do relatório final para o idioma saterê-mawé 4 Realização de seminários, reuniões e discussões com lideranças e moradores, inclusive os das cidades; 4 Preparação de manuais para as escolas indígenas 4 Entrega da base de dados e dos questionários preenchidos à comunidade sateré-mawé 4 Treinamento de alunos indígenas para o uso das informações da base de dados
Análise dos resultados
Volume e Estrutura da população
As migrações
Dos 279 sateré-mawé de Parintins que nasceram em terra indígena, 168 nasceram em Ponta Alegre. Dos 181 de Barreirinha, 69 nasceram em Ponta Alegre. Assim, dos que nasceram em Ponta Alegre, 397 ainda moram naquela aldeia, mas 237 já se mudaram para essas duas cidades.
Estado conjugal
Certidão de nascimento
Entre as crianças menores de 1 ano, a pesquisa mostrou que 65,4% das que moram nas áreas urbanas possuem certidão de nascimento, ao passo que, entre as moradoras das áreas indígenas, apenas 34% são registradas.
Educação e idioma
§Nas áreas urbanas, os Sateré-Mawé com idade entre 7 e 24 anos contam com 83,9% de pessoas matriculadas e nas terras indígenas com 59,6%. §A pior situação ocorre na área indígena, onde aproximadamente 13% dos indivíduos dessa faixa etária estão fora da escola. Na área urbana, o percentual dos que estão fora é de 8%.
Nas terras indígenas saterê-sawé, há o predomínio da língua materna sobre o português. Dentre os indivíduos de 5 e mais anos, são 96,2% os que falam. Além disso, mais da metade a lê (52,4%) e a escreve (52,2%). Situação inversa na área urbana. O percentual dos indivíduos com 5 e mais anos que perderam o domínio da língua indígena eleva-se para 45,3%.
Terra Indígena. Residentes com 5 anos e mais de idade do sexo masculino, que falam e não falam o idioma sateré-mawé – 2003.
Terra Indígena. Residentes com 5 anos e mais de idade, do sexo feminino, que falam e não falam o idioma sateré-mawé
Saúde Reprodutiva
Ocupação e rendimento em área urbana
Sugestões para inclusão, no questionário do Censo Demográfico, de quesitos específicos sobre população indígena
Quesitos sobre 1. Etnia; 2. Aldeia de residência; 3. Clã; 4. Idioma: capacidade de fala, leitura e escrita do idioma materno; 5. Migração interna (terra indígena) e para as cidades, comunidade de origem, localização precisa da moradia (cidade ou área indígena); 6. Formas de inserção no mercado de trabalho urbano; 7. Características da monetarização da economia em terra indígena salários de aposentados, professores e agentes indígenas de saúde, etc.)
Operacionalização/otimização do levantamento e participação da comunidade indígena nas atividades censitárias • Preferência a professores e alunos indígenas como entrevistadores; Tratamento especial na coleta de dados destinados à estimação da fecundidade e da mortalidade