Turismo e patrimônio cultural

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Transcrição da apresentação:

Turismo e patrimônio cultural Profª Karina Oliveira Bezerra https://www.youtube.com/watch?v=I1Cw0ZIz4nI

Patrimônio Cultural: princípios e conceitos Na Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco, em 1972, o patrimônio cultural, até o momento chamado patrimônio histórico, passou a ser considerado como “o conjunto de edificações separados ou conectados, os quais, por sua arquitetura, homogeneidade ou localização na paisagem, sejam de relevância universal do ponto de vista da história, da arte ou das ciências” (BARBOSA, 2001, p. 70) A partir deste momento, foram classificados não apenas os bens materiais, como também os imateriais. Destarte, o patrimônio cultural, sendo considerado por determinado conjunto social como sua cultura própria, que sustenta sua identidade e o diferencia de outros grupos, não abarca apenas os monumentos históricos, como foi por bastante tempo considerado, mas também o desenho urbanístico e outros bens físicos, e a experiência vivida condensada em linguagens, conhecimentos, tradições imateriais, modos de usar os bens e os espaços físicos (Canclini, 1990, p. 99).

Turismo Cultural Movimento de pessoas motivadas essencialmente por algum interesse cultural, como representações artísticas, festivais e outros eventos culturais, visitas a lugares e monumentos históricos, viagem de estudos, folclore, arte ou peregrinação. Um patrimônio comercializado através do turismo deve possuir de antemão uma relação de identidade e memória consolidada com a população local, observando se os autóctones o considera como um bem que deve ser respeitado e preservado, para que em um segundo momento possam “dividi-lo” com visitantes, através da prática do Turismo Cultural.

Patrimônio Cultural e Turismo Porém, embora grande parte da vitalidade do turismo proceda do patrimônio cultural, deve-se evitar que este seja considerado apenas como uma mercadoria a serviço da atividade. Torna-se fundamental destacar que a população local e suas características e bens culturais precisam apresentar características e valores bem determinados antes de serem trabalhados como um produto turístico, para que a atividade possa agir enquanto elemento de ligação de mundos e culturas distintas, evitando a descaracterização e posteriormente prejudicando a sua estrutura social e cultural.

Patrimônio cultural e identidade Neste contexto, o fortalecimento da identidade cultural engloba necessariamente a questão do patrimônio, que funciona como elemento que fortalece a sua identificação com a comunidade, cultura e tradição, e que permitem ao mesmo tempo realizar o elo entre passado e presente e agir como instrumento de coesão e sentimento de pertença e continuidade histórica. Outra questão que deve ser considerada se refere à funcionalidade de determinado bem em relação à população: todo e qualquer produto material das culturas humanas é dotado de uma funcionalidade, um fim para o qual é executado. Assim, a população precisa reconhecer a utilidade deste bem para que possa interagir de maneira mais concreta. Caso contrário será inviável a manutenção de ações e propostas de sensibilização de um bem que não possui nenhum tipo de ligação com o cotidiano de determinada sociedade. https://www.youtube.com/watch?v=JlLZGhB8x1w

Patrimônio, contexto histórico e marketing O patrimônio mostra-se, seletivo, mutável e sujeito ao vaivém da sociedade, isto é, determinados traços culturais e suas materializações são socialmente processados (Fowler, 1992) por intermédio dos mitos contemporâneos – ou das leituras renovadas de mitos clássicos -, das ideologias, dos nacionalismos que enaltecem o orgulho local e dos planos de marketing (Shouten, 1995). Vídeo sobre Patrimônios da humanidade: https://www.youtube.com/watch?v=zqJ8FL5jS5g