Lucas Bilche Gomide (UFGD) Thiago de Almeida (UNESP/ UFGD)

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Transcrição da apresentação:

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA ROTINA COMO UM DOS FATORES ASSOCIADOS À VIDA DE CASADO Lucas Bilche Gomide (UFGD) Thiago de Almeida (UNESP/ UFGD) Maria Luiza Lourenço (USP)

Introdução O terapeuta comportamental tem acesso aos assuntos amorosos em grande parte quando estão insatisfatórios; Quando ambos os parceiros estão inseridos em contingências aversivas; Quando reforços contingentes ao casamento não são mais tão significativos

Enamoramento O indivíduo se vê em uma nova relação com o seu ambiente que lhe dá acesso a consequências como: Reforço Primário (sexo); Reforços Arbitrários (auxílio do parceiro); Reforços Generalizados (aprovação social).

O novo ambiente As pessoas se encaram com uma nova família; A necessidade de se engajar em comportamentos que não digam respeito a si; Comportamentos altruístas e empáticos

Rotina x Monotonia Rotina → (Etimologicamente do francês route): familiaridade, conquista de intimidade. Monotonia → (Etimologicamente do grego Monos + Tonus = uma força): monotonia designa o hábito de fazer uma sequência de usos ou atos que se faz cotidianamente de forma mecânica Ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar nem toda a rotina é prejudicial.

Questionamentos A rotina tem funcionalidade? Seria possível nos imaginarmos sem a rotina? Seria possível nos imaginarmos sem a monotonia?

O início da Rotina A descoberta de imperfeições com o seres amados; A descoberta de um estilo de vida, costumes e hábitos diferentes daqueles já experienciados; Um mergulho profundo em novos pensamentos, convicções e sentimentos.

A rotina Estímulos neutros ou reforçadores passam se tornam aversivos; O casal costuma então a consequenciar de forma aversiva ou a não consequenciar; A aparição de conflitos e cobranças;

O desdobramento O casal se questiona o quanto aquilo interfere na relação; A intimidade, a preocupação com o outro e o aumento de laços diminui contingências novas e curiosas antes presentes na relação; O casal age automaticamente um com o outro, deixando de lado o auto-controle e reflexões sobre os estímulos que controlam o ambiente.

Relação Ideal A tendência é dizer que a relação saudável é aquela que cada componente tem sua própria identidade e deseja fazer o bem a pessoa amada, sem esperar uma recompensa (o que não significa não ser consequenciado); As relações tem uma forte carga histórica; Não fazer projeções.

O que se cobra? A busca do parceiro em se engajar e valorizar os reforços; A busca do parceiro em caracterizar e dar importância ao mínimo estimulo que proporciona uma saída da rotina; A busca por oportunidades que sirvam de Sd para novas atividades;

Conclusões Mesmo inseridos em uma rotina o casal precisa de uma boa comunicação; A cultura que cada um carrega consigo sobre o casamento (controladoras das contingências); A rotina é uma forte aliada a resolução de problemas do casal, tendo em vista a estabilidade e a segurança vista no outro; Rotina reforça o comprometimento, vinculo do casal e pode ter uma funcionalidade significativa nas contingencia interrrelacionadas do casais.

Referências Almeida, T., Rodrigues, K. R. B. & Silva, A. A. (2008). O ciúme romântico e os relacionamentos amorosos heterossexuais contemporâneos. Estudos de Psicologia, 13(1), 83-90. Almeida, T. (2007). Infidelidade heterossexual e relacionamentos amorosos contemporâneos. Pensando Famílias, 11, 49-56. Almeida, T. & Mayor, A. S. (2006). O amar, o amor: uma perspectiva contemporâneo-ocidental da dinâmica do amor para os relacionamentos amorosos. In Roosevelt R. Starling & K. A. Carvalho. (Orgs.). Ciência do Comportamento: conhecer e avançar. (5, pp.99-105). Santo André: Esetec Editores Associados. Almeida, T. (2003). O perfil da escolha de objeto amoroso para o adolescente: possíveis razões. Trabalho de conclusão de curso não publicado. São Carlos: UFSCar. Almeida, T. (2004, jan/dez). A gênese e a escolha no amor romântico: alguns princípios regentes. Revista de psicologia, 22 (1/2), 9-13.

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