Dicionário Terminológico

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Transcrição da apresentação:

Dicionário Terminológico Figuras de Estilo

Alegoria = apresenta um significado literal e um significado figurado, que são indissociáveis na interpretação, prolongando-se muitas vezes a alegoria como uma metáfora continuada que pode ocupar a totalidade de um texto.

Aliteração = repetição da mesma consoante, muitas vezes na sílaba inicial de palavras contíguas, tanto no verso como na prosa Exemplo: “Soidões lacustres…/Lemes e mastros…/ E os alabastros/ dos balaústres” (Camilo Pessanha).

Anacoluto = rutura da continuidade lógico-sintática do discurso Anacoluto = rutura da continuidade lógico-sintática do discurso. Exemplo: “E o desgração tremiam-lhe as pernas, e sufocava-o a tosse” (Almeida Garrett).

Anáfora = repetição da mesma palavra ou palavras no início de frases sucessivas. Exemplo: “É o ter entrado na existência…/ É o ter dado às palavras…/ É o perceber …” (Alexandre Herculano).

Antítese = exprime uma oposição de natureza lógico – semântica com base lexical e/ou sintática. Exemplo: “O tempo o claro dia torna escuro/ e o mais ledo prazer em choro triste” (Camões).

Apóstrofe = quando o autor se dirige exclamativamente a um destinatário, presente ou ausente, real ou fictício. Exemplo: “Alma minha gentil que te partiste” (Camões).

Comparação = estabelece explicitamente uma relação de analogia entre dois termos, o comparante e o comparado. Exemplo: “Vai como um cão de caça o meu olfato” (Mourão-Ferreira).

Enumeração = consiste na nomeação acumulativa das partes de um todo Enumeração = consiste na nomeação acumulativa das partes de um todo. Exemplo: “Mas fica agora exarado/num palimpsesto de inverno, por entre temporais/ inundações, ventos ciclónicos, neve e granizo…” (Vasco Graça Moura).

Eufemismo = consiste em atenuar o significado de palavras cruéis, molestas, grosseiras ou desagradáveis. Exemplo: Dizer “passou a melhor vida” em vez de morreu.

Hipálage = consiste em deslocar uma palavra, em geral um epíteto, para a associar a outra palavra, em geral um nome, à qual não convém semanticamente. Em regra geral, associa a um nome de objeto ou de coisa um epíteto que convém a pessoas. Exemplo: “Fulgor de lágrimas doentes” (Carlos de Oliveira).

Hipérbato = consiste na alteração da ordem normal das palavras na frase. Exemplo: “Também movem das guerras as negras fúrias” (Camões).

Hipérbole = consiste no aumento ou na dimensão excessivos da força semântica-pragmática de um enunciado. Exemplo: “E julgareis qual é mais excelente,/ Se ser do mundo rei, se de tal gente” (Camões).

Imagem = é equivalente a um tropo, abarcando aquelas figuras de significação como a comparação, a metáfora e a metonímia.

Ironia = consiste na produção de um enunciado com um significado literal que diverge ou é mesmo contraposto ao significado que corresponde à intenção do emissor. Exemplo: “Se acha que a vida não é boa/ utilize gás da Companhia/ o combustível de Lisboa” (Alexandre O’Neill).

Metáfora = consiste na substituição de uma palavra própria por uma palavra com a qual aquela possui elementos sémicos um comum, não sendo utilizada a partícula comparativa. Exemplo: “A vida/ é o bago de uva/ macerado/ nos lagares do mundo” (Carlos de Oliveira).

Metonímia = tropo pelo qual uma palavra ou expressão remete para um referente diverso daquele que designa normalmente, em virtude de uma relação de contiguidade entre ambos. No enunciado “Os capacetes azuis já chegaram”, a expressão sublinhada refere por metonímia os soldados da ONU.

Oxímoro = associa duas palavras com significados logicamente opostos ou incompatíveis. Tem afinidades com o paradoxo e com a antítese. Exemplo: “Aquela triste e leda madrugada” (Camões).

Paradoxo = consiste em associar construções semânticas que aparentemente são contraditórias, irreconciliáveis e absurdas. Exemplo: “Muito estranho é ver as pontes/ por sob os rios correr/ mais ainda ouvir as fontes/ sua própria água sorver” (Manuel Alegre).

Perífrase = consiste em dizer com várias palavras o que se poderia dizer com uma única palavra. Exemplo: “Era no tempo alegre, quando entrava/ no roubador da Europa a luz febeia/ quando um e outro corno lhe aguentava/ e a Flora derramava o de Almateia” (Camões) – o conjunto de versos pretende designar a primavera.

Personificação = consiste, por meio da metáfora, da metonímia e da sinédoque, em atribuir propriedades humanas a uma coisa, a um ser inanimado ou a um ente abstrato. Exemplo: “Enquanto nesta manhã tão calma tão horizontal tão lisa/ que me apetece passar-lhe a mão pelo dorso certamente dócil/ manhã sem nenhuma ruga na testa” (Ruy Belo).

Pleonasmo = consiste em empregar num enunciado palavras ou expressões repetitivas, redundantes e supérfluas. Exemplo: “Vi claramente visto o lume vivo” (Camões).

Prosopopeia = tem muitas semelhanças com a personificação, mas que desta se diferencia por introduzir num enunciado a falar personagens mortas ou ausentes, seres sobrenaturais e seres inanimados. Exemplo: “Eu sou aquele oculto e grande Cabo/ a quem chamais vós outro Tormentório” (Camões).

Quiasmo = figura retórica de organização sintática que consiste na colocação cruzada de dois grupos de palavras. Exemplo: “Entreabertas deusas, deuses penetrantes” (Jorge de Sena).

Sarcasmo = figura retórica de pensamento próxima da ironia, mas com uma agressividade e uma intencionalidade disfórica, em relação ao destinatário, que a ironia não possui. Exemplo: “ No sumapau seboso da terceira/ contigo viajei, ó país por lavar, / aturei-te o arroto, o pivete, a coceira, / a conversa pancrácia e o jeito alvar” (Alexandre O’Neill).

Sinestesia = tipo de metáfora que consiste na associação, no mesmo enunciado, de elementos semânticos provenientes de domínios sensoriais ou de esferas de perceção diferentes. Exemplo: “E o escuro ruído da chuva/ é constante em meu pensamento” (Pessoa).

Sinédoque = consiste na translação do significado de uma palavra para outra, fundando-se na relação entre a parte e o todo ou entre o todo e a parte. Exemplo: “Viste aquela insana fantasia/ de tentarem o mar com vela e remo” (Camões).