Escalas de medidas E. Maranhão

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Variáveis Prof. Ivan Balducci FOSJC / Unesp.
Advertisements

Deve ser selecionado o modo
PESQUISA DE MARKETING 10a Aula
INTRODUÇÃO A BIOESTATÍSTICA
Medidas de Dispersão.
A CARTOGRAFIA TEMÁTICA E A ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva Aula 02
Medidas de Tendência Central DADOS AGRUPADOS
A Teoria da Medida Profª. Ms. Juliany Gonçalves Guimarães
Modelos no Domínio do Tempo de Sistemas LTI Contínuos
Por Que o Pesquisador Social Utiliza a Estatística
1 Complexidade de Algoritmos Complexidade de pior caso Complexidade de melhor caso de uso bem menos freqüente em algumas situações específicas Complexidade.
Definições operacionais das variáveis do estudo
. Capítulo 1 Introdução à Estatística Capítulo 1 Introdução à Estatística Prof. Paulo Renato de Morais ESTATÍSTICA APLICADA.
COVARIÁVEIS Revisão de Variáveis Prof. Ivan Balducci FOSJC / Unesp.
Métodos Quantitativos
ALGUMAS MEDIDAS ASSOCIADAS A VARIÁVEIS QUANTITATIVAS
MEDIDAS DE DISPERSÃO Medidas de tendência central fornecem um resumo parcial das informações de um conjunto de dados. A necessidade de uma medida de variação.
Estatística Aplicada (Aula 4)
Análise de Dados.
Conceituação e Desenho dos instrumentos de pesquisa
Grupo de Trabalho Tabulação Vera Marchesi - Gerente de Qualidade IBOPE Media Information Novembro de 2005.
Estatística Descritiva
Estatística Descritiva
Quadro síntese – Escolha do teste estatístico mais adequado
ESTATÍSTICA.
Estatística Descritiva
Medidas de posição  Estudando as distribuições de  frequência,  percebe-se que existe uma  posição de  concentração dos valores, que podem estar mais concentrados no início, no meio ou no 
ESTATÍSTICA DESCRITIVA
Estatística Para um dado conjunto de dados, podemos calcular as seguintes grandezas: 1) Medidas de posição 2) Medidas de dispersão 3) Parâmetros de simetria.
Aula 08 Medidas de posição - Prof. Diovani Milhorim
ESTATÍSTICA DECRITIVA
AULA DE ESTATÍSTICA PROFESSOR RODRIGÃO.
PRINCIPAIS DELINEAMENTOS DE PESQUISA
MBA em Gestão de Empreendimentos Turísticos
Capítulo 10 - Estatística 10.1 Introdução:
Compreender o papel da avaliação para uma boa gerencia 1 E. Maranhão Material elaborado para discussão n.
Site: Estatística Prof. Edson Nemer Site:
Deve ser selecionado o modo
Exercício - 1. Criar no SPSS o banco de dados com as informações fornecidas 2. Salvar o banco com o nome atividade física na pasta pos pilates 3.
Aula 07 Medidas de posição - Média Prof. Diovani Milhorim
Introdução à Estatística
Curso de Introdução à Metodologia Científica
Aula 10 Medidas de dispersão Prof. Diovani Milhorim
Medidas de tendência central e de dispersão
Medidas Estatísticas Para Dados Agrupados Prof. Gercino Monteiro Filho
Matemática Financeira
Amostragem qualitativa
PLANO GERAL DE PLANEAMENTO DE UM TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO
INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA
Puc-Minas / Pós Graduação 2006 Gestão Estratégica de RH Mensuração em RH Realidade X Modelo Realidade: Mundo real – nem sempre compreendida ou entendida.
Estatística Descritiva
Série Geográfica (espaço).
Estatística Descritiva. 2 oO que é a estatística ? Para muitos, a estatística não passa de conjuntos de tabelas de dados numéricos. Os estatísticos são.
PESQUISA EM PSICOLOGIA
Noções de Estatística - I
Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I
Estatística Descritiva
Testes de Hipóteses.
Unidade I ESTATÍSTICA Prof. Celso Guidugli.
ESTASTÍSTICA APLICADA
EXCEL Aula 5. Noções de variáveis Variável Quantitativa: é aquela de natureza numérica, ou seja, apresenta como possíveis realizações (valores) números.
FEATURE SELECTION. Introdução  Estudo de metodologias relacionadas a seleção de atributos  Maldição da dimensionalidade  O número de atributos do desenvolvedor.
É o conjunto de métodos estatísticos usados no tratamento da variabilidade nas ciências médicas e biológicas. A Bioestatística fornece métodos para decisões,
MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL MEDIDAS DE DISPERSÃO
É o conjunto de métodos estatísticos usados no tratamento da variabilidade nas ciências médicas e biológicas. A Bioestatística fornece métodos para decisões,
Matemática Financeira
NOÇÕES DE INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
Autor : Lênin Charqueiro. Pelotas,8 de março de
Escalas de medidas aula 2
Transcrição da apresentação:

Escalas de medidas E. Maranhão A escolha da escala + apropriada para o tipo de medida que se deseja realizar deve apoiar-se obrigatoriamente no conhecimento das características de cada tipo de escala e principalmente nas suas limitações Material elaborado para discussão no Curso de Avaliação de Programas e Serviços de Saúde- Pós graduação senso estrito- Dpto de epidemiologia e métodos quantitativos em saúde -2006 maranhao@ensp.fiocruz.br emaranhao@hotmail.com E. Maranhão

Medir é “escalonar” Tipos de escalas de medida Medir é precisar o grau em que certas qualidades são carregadas, de modo a poder-se distinguir as unidades observadas( indivíduos, grupos sociais, etc.) em subgrupos internamente mais homogêneos Medir  importa, assim em localizar as unidades observadas em escalas Tipos de escalas de medida Escalas de avaliação ou de posição Escalas de atitude E. Maranhão

Tipos de escalas de medida de avaliação ou posição de atitude Escalas de avaliação modo de escalonar medidas de posição - O avaliador coloca o objeto medido em determinado ponto de um continuo , ou em uma categoria, numa série ordenada; dá-se valor numérico ao ponto ou à categoria Avaliador pode ser: - o próprio indivíduo - um observador, entrevistador - o codificador Suposição: a resposta dada é suficiente para caracterizar a unidade de estudo no que diz respeito a uma variável específica E..Maranhão

Tipos de escala de medida[2] Modalidades de apresentação de escala de avaliação/de posição Gráficas  o avaliador/respondente indica sua avaliação sinalizando um ponto numa linha que representa todo o âmbito de variação da característica [variável] Por itenso avaliador escolhe uma categoria num certo número de categorias ordenadas de acordo com a sua posição numa escala Escalas de atitude a posição da unidade de observação [ ou do indivíduo ]na escala resulta do conjunto de suas respostas a uma série de perguntas/itens considerados significativos. A indagação básica é: a que atitude corresponde uma dada resposta do entrevistado? Cada pergunta/item não importa por seu interesse intrínseco ; importa o resultado total ( ou sub-resultados) que cada individuo obtém pela combinação das respostas aos vários itens/perguntas = o índice Problemas chaves Como escolher e ordenar os itens ? Como dar pesos aos itens de modo a obter o resultado final a atribuir a cada individuo ? E. Maranhão

Tipos de escalas de atitudes Escalas somatórias[ de adição] EX: a escala de Likerto respondente indica o seu grau de concordância ou discordância para cada um dos itens em lugar de diferenciar os itens entre os quais concorda e aqueles com os quais discorda. A soma dos pontos de todos os itens dá o grau de concordância ou discordância do entrevistado. Escalas cumulativasEX: a escala de Guttman Os itens desta escala obedecem a uma relação acumulativa de modo que cada item é mais intenso em certa direção que o item anterior..O respondente deve concordar ou não com cada um dos itens e o número de “concordo” sem interrupça~na ordem dos itens , mede o grau de concordância. OBS: tem como vantagem:o resultado final pode permitir inferir as respostas parciais. E. Maranhão

Tipo de escalas de atitude[2] Escalas diferenciaisEX: a escala Thurstone  Itens cuja a posição na escala foi verificada por algum tipo de ordenação ou avaliação realizada previamente por avaliadores/juízes, tendo em conta as medianas de atribuição de significado. O respondente concorda com alguns itens e discorda de outros a média de cada item da escala está associada a um valor numérico e consequentemente a média dos valores que o respondente concorda é a medida da concordância . OBS:É uma escala de intervalos que exige muito trabalho e envolve procedimentos matemáticos por isso ela tende a ser pouco adotada. E.Maranhão

Classificação das escalas/medidas Medidas/escalas nominais São mais um procedimento de classificação do que propriamente uma escala pois os números dela indicam que o objeto pertence a uma determinada classe mais não indicam nada sobre os outros objetos da classe. Os números nesta escala servem somente como identificação dos elementos a que foram atribuídos;só é permitido na escala nominal contagem e classificações OBS: Não é possível executar com esses números qualquer operação pois servem somente para classificações e contagens.  a única estatística válida é a moda: o único teste de significância é o “Qui-Quadrado”. Nas medidas nominais,as categorias da variável diferem das outras somente quanto ao nome. Uma categoria da variável não é necessariamente maior nem menor que outra, a única diferença reside no nome EX: E.Maranhão

EX:escalas nominais/medidas A variável sexo tem categorias, masculina e feminina; o investigador pode dar o número 1 a categoria masculina e 2 a feminina O único propósito destes números é distinguir uma categoria da outra. O investigador bem que poderia dar o número 2 ao grupo masculino e 1 ao feminino, ou bem o número 1528 ao grupo masculino e 83 ao grupo feminino; não há diferença. EX: em planificação familiar Conferir números a diferentes métodos anticoncepcionais : 1= esterilização feminina 2= esterilização masculina 3= condon [camisinha] 4= DIU 5= orais 6= espermicida Nota: ao se dar um número grande a a uma categoria não significa que esta seja melhor ou pior que outra de número menor. Poderia-se utilizar qualquer seleção de números para classificar os diferentes métodos anticoncepcionais , o importante é ser consistente e empregar sempre o mesmo número para a mesma categoria . E.Maranhão

EX: Escalas nominais/medidas As medidas/escalas nominais são as + limitadas. Os números conferidos as diferentes categorias permitem simplesmente agrupar os elementos comuns na mesma categoria [ se tem os mesmo número], Ou em diferentes categorias [se tem números diferentes]. As manipulações estatísticas possíveis com variáveis nominais são bastante limitadas. Pode-se calcular a moda [a categoria + freqüente], Também se pode calcular uma distribuição percentual , Mas não se pode calcular médias, já que não tem sentido falar de por EX: “sexo médio” ou do método anticoncepcional médio” ou da “ religião média”. Cada uma destas variáveis é nominal. E.Maranhão

EX: Escalas ordinais/medidas Medidas/escalas ordinais Fala-se de variáveis ordinais quando existe uma hierarquia entre as diferentes categorias Assim, a categoria que tem o número 1 pode ser considerada mais elevada que a que tem o número 2, e por sua vez esta é maior que o número 3. EX: planejamento familiar numa avaliação/investigação operacional sobre planejamento familiar em que se quer conhecer a opinião a respeito do uso de anticoncepcionais , poderia se utilizar a seguinte classificação: 1=aprovação total 2=aprovação moderada 3=aprovação escassa 4= desaprovação total Os números conferidos as diferentes categorias permitem distinguir se os elementos estão na mesma categoria ou em diferentes e também indicam a ordem hierárquica que vai de 1 que é igual a alto[aprovação total], até 4 , que é igual a baixo[desaprovação total]. E. Maranhão

Escalas ordinais/medidas As variáveis ordinais servem para as mesmas operações estatísticas como a mediana [medir centralidade], o percentil, quartil[medir dispersão], correlação por postos, teste de Spearmen, teste de Kendal-Tau[ medir associação ou correlação] e várias provas não paramétricas [ medir significância: teste de Mann- Whitney ] . Entretanto, não e´ possível calcular uma média, um desvio padrão ou o coeficiente de correlação de Pearson EX:  não se pode falar da atitude média relacionada a anticoncepção , já que se desconhece a distância ou intervalo entre cada categoria. No Exemplo anterior se desconhece a distância entre 1 [aprovação total e 2 [aprovação moderada] o mesmo para 3 [aprovação/escassa/ limitada] e 4 [ desaprovação total] OBS:  pode dar-se o caso de que as respostas classificadas nas categorias 1, 2 e 3 sejam bastante semelhantes umas das outras, enquanto que as que caem na categoria 4 sejam muito diferentes. E.Maranhão

EX: Medida ordinal da atitude para com o uso de anticoncepcionais ________4____________________________________________3____________2________1__ V V V V Desaprovação total aprovação escassa aprovação aprovação moderada total E.Maranhão

Escalas de intervalo/medidas medida de intervalo É aquela em que se conhece a distância (o intervalo) entre as diferentes categorias. Os números conferidos as diferentes categorias das variáveis quantitativas possuem todas as características das variáveis nominais ou ordinais, com a característica adicional de possuir uma unidade constante de medição entre as diferentes categorias que estão igualmente espaçadas. EX:A idade e o número de partos [paridade] são variáveis com intervalos constantes de mesmo modo que a duração do uso de anticoncepcionais e a data de aceitação de um método anticoncepcional . Para cada uma destas variáveis a distância entre duas categorias seguem conhecida e constante Uma pessoa de 34 anos é 4 anos maior que uma de 30. Uma pessoa com paridade de seis tem 2 filhos A mais que uma com paridade de 4 . O peso, o tempo, a temperatura , o dinheiro são variáveis de intervalo porque os intervalos entre as categorias são conhecidos e constantes. E. Maranhão

EX: Escalas de intervalo/medidas EX: Uma criança classificado na categoria 5 não é diferente somente[nominal] de uma criança situada na categoria 6 , é sim mais jovem [ ordinal] e é um ano menor [ de intervalo]. Todas as operações estatísticas que é possível realizar com variáveis nominais e ordinais também são aplicáveis as variáveis de intervalo , sem ser necessariamente adequadas as estas últimas . Com as variáveis de intervalo é possível calcular e usar medidas como média, desvio padrão, coeficientes de correlação de Pearson e muitos outros índices estatísticos. Medida de intervalo [EX: Idade] 1__2__3__4__5__6__7__8__9__10__11__12__13__14__15__16__17__18__19__20 Anos E. Maranhão

Escalas de razão/medidas Medidas/escalas de razão  tem essa designação porque a razão dos números da escala é igual a razão que descreve o grau em que duas pessoas ou objetos possuem um atributo. EX: uma pessoa com peso de100 Kg e uma outra com 50 Kg a razão é 2 : 1 OBS:EX: de escalas de razão: larguras,peso, altura Se um pesquisador tiver chance de escolha entre as diferentes escalas ele preferirá sempre a escala de razão porque ela contém + informação que as outras 2 anteriores. Mas essa decisão não é sempre inteiramente dependente do pesquisador mas é largamente determinada pela natureza das pessoas ou objetos que está sendo medido. E.Maranhão