Hematopoese, Sistema ABO e Sistema Rh

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Transcrição da apresentação:

Hematopoese, Sistema ABO e Sistema Rh Caroline Pouillard de Aquino

Hemácias (eritrócitos) Funções: Transporte de hemoglobina (a qual leva oxigênio dos pulmões aos tecidos) Tamponamento ácidobásico do sangue Concentração no sangue: Homens: 5.200.000 (± 300.000) por mm³ Mulheres: 4.700.000 (± 300.000) por mm³

Produção de hemácias Primeiras semanas I.U. = Saco vitelino Segundo trimestre gestação = Fígado (baço e linfonodos também) Último mês gestação até após o nascimento = medula óssea (exclusivamente) OBS: Até os 5 anos = medula óssea de todos os ossos Após os 20 anos = ossos longos deixam; ossos membranosos (vértebras, esterno, costelas, íleo) persistem na produção

Gênese das células sanguíneas Célula-tronco hematopoética pluripotente: Dá origem a todas as células do sangue circulante, na medula óssea Divisões sucessivas desta célula originam diferentes células sanguíneas As células em estágio intermediário, que são parecidas com a célula-tronco, mas já comprometidas com uma linhagem particular de células, são referidas como células-tronco comprometidas

Gênese das células sanguíneas As diferentes células-tronco comprometidas produzirão colônias de tipos específicos de células sanguíneas (hemácias; granulócitos e monócitos; megacariócitos; linfócitos) O crescimento e a reprodução das diferentes células-tronco são controlados por proteínas denominadas indutores de crescimento. Os indutores de diferenciação determinam a diferenciação de um tipo de célula-tronco comprometida

Estágios da diferenciação das células da linhagem vermelha Proeritroblasto: Primeira célula pertencente à linhagem vermelha, que se divide por diversas vezes Eritroblastos basófilos: células da primeira geração (pequena quantidade de hemoglobina) Reticulócito: Célula se preenche com hemoglobina e o núcleo se condensa. Deixa a medula óssea e penetra nos capilares sanguíneos Hemácia madura (1 a 2 dias após a diapedese do reticulócito)

Formação das hemácias

Regulação da produção dos eritrócitos- Papel da Eritropoetina A massa total de eritrócitos é regulada dentro de limites estreitos, de modo que: 1- Um nº adequado de hemácias sempre esteja disponível para o transporte adequado de oxigênio aos tecidos 2- As células não sejam tão numerosas a ponto de impedir o fluxo sanguíneo

Oxigenação tecidual como o regulador mais importante na produção de hemácias Oxigênio tecidos = produção hemácias Ex: anemia e grandes altitudes A Eritropoetina estimula a produção de hemácias, e sua formação aumenta em resposta à hipóxia Cerca de 90% de toda a Eritropoetina é produzida pelos rins e o restante é formado, em sua maior parte, no fígado

Efeitos da Eritropoetina na eritrogênese Estimulação da produção de proeritroblastos, a partir das células-tronco hematopoéticas na medula óssea Aceleração do processo de formação das hemácias Na sua ausência, ocorre formação de poucas hemácias na medula óssea

Maturação das hemácias- Necessidade de Vit B12 e Ácido Fólico O Estado nutricional do indivíduo pode afetar a maturação e intensidade de produção dos eritrócitos Ex: Anemia perniciosa (falta de absorção da Vitamina B12 pelo trato gastrointestinal)

Meia-vida e destruição das hemácias Meia-vida média= 120 dias Com a morte das hemácias, a hemoglobina é liberada e fagocitada pelos macrófagos do organismo. Dentro de horas a dias, o ferro da hemoglobina é liberado de volta ao sangue, chegando à medula óssea, para a produção de novas hemácias.

TIPOS SANGUÍNEOS Os anticorpos no plasma de um tipo sanguíneo reagem com os antígenos nas superfícies das hemácias de outro tipo sanguíneo Pelo menos 30 antígenos comuns e centenas de outros raros foram encontrados nas células do sangue humano, em especial na superfície da membrana celular. 2 tipos principais de antígenos têm probabilidade maior de causar reações nas transfusões sanguíneas: O Sistema ABO e o Sistema Rh

TIPOS SANGUÍNEOS ABO Antígenos A e B- Aglutinogênios Ocorrem na superfície das hemácias em uma grande proporção de seres humanos. São estes que causam a maioria das reações de transfusão. Devido ao modo de herança, pode-se ter 1 deles, os 2 ou nenhum.

TIPOS SANGUÍNEOS ABO Principais tipos sanguíneos ABO: Depende da presença ou ausência dos aglutinogênios A e B: Tipo O= ausência de A e B Tipo B= presença de B Tipo A= presença de A Tipo AB= presença de A e B

Frequência relativa dos diferentes tipos sanguíneos: 47% A 41% B 9% AB 3%

Aglutininas Quando o aglutinogênio A está ausente das hemácias de uma pessoa, anticorpos designados como aglutininas anti-A se desenvolvem no plasma. Quando o aglutinogênio B está ausente das hemácias de uma pessoa, anticorpos designados como aglutininas anti-B se desenvolvem no plasma. Quando ambos aglutinogênios estão ausentes, o indivíduo desenvolve os anticorpos anti-A e anti-B.

Aglutinogênios e Aglutininas

Transfusão sanguínea -Nas transfusões sangüíneas é preciso considerar que a taxa de aglutinogênios nas hemácias é significativamente maior que a taxa de aglutininas no plasma. -Dessa maneira, são inviáveis as transfusões em que o sangue doado contém aglutinogênios que “encontrarão” no receptor as aglutininas contrastantes. -Isso significa que, se o sangue doado representa aglutinogênios A, o sangue do receptor não pode conter aglutininas anti-A,; e que, se o sangue doado contém aglutinogênios B, o receptor não pode apresentar aglutininas anti-B.

Transfusão sanguínea -Exemplificando, um indivíduo do grupo B não pode doar sangue para outro do grupo O, uma vez que as aglutininas anti-B do receptor reagiriam com os aglutinogênios B do doador, à semelhança de uma reação antígeno-anticorpo. -Dessa reação, na qual os aglutinogênios B atuariam como antígeno (proteína “estranha” ao receptor do grupo O) e as aglutininas anti-B como anticorpos, resulta a aglutinação do sangue doado, fato que pode provocar a obstrução de vasos sangüíneos, com conseqüências que podem levar o receptor à morte.

Transfusão sanguínea -Um indivíduo do grupo O pode doar sangue para outro do grupo B. Isso porque o volume de sangue doado não contém aglutininas em taxa suficientemente grande para provocar a aglutinação das hemácias do receptor. Observe então, que as hemácias que se aglutinam são aquelas presentes no sangue doado e, para tanto, devem conter aglutinogênios (antígenos) “estranhos”, isto é, que não existem no sangue do receptor.

Transfusão sanguínea

Tipos sanguíneos Rh Antígenos Rh Existem 6 tipos comuns de antígenos Rh (fatores Rh): C, D, E, c, d, e. Cada pessoa tem 3 pares de antígenos O antígeno D é muito prevalente na população e é o mais antigênico dos 6 Indivíduos Rh positivo= possuem D Indivíduos Rh negativo= não possuem D

Resposta imune Rh Formação das aglutininas anti-Rh: Exposições múltiplas ao fator Rh sensibilizam os indivíduos Rh negativo contra o fator Rh Aglutininas anti-Rh são formadas lentamente nos indivíduos Rh negativo, em contato com o fator Rh de um indivíduo Rh positivo

Eritroblastose Fetal (Doença hemolítica do RN) É uma doença do feto e do RN caracterizada pela aglutinação e fagocitose das hemácias do feto. Mãe Rh negativa e pai Rh positivo Mãe desenvolve aglutininas anti-Rh pela exposição ao antígeno Rh do feto As aglutininas da mãe se difundem, através da placenta, para o feto, causando aglutinação das hemácias. Incidência da doença aumenta com o decorrer das gestações (raro na primeira gestação)

Efeito dos anticorpos da mãe sobre o feto Os anticorpos atravessam a placenta, em direção ao sangue fetal Ocorre aglutinação do sangue fetal, segida de hemólise, com liberação de hemoglobina no sangue fetal A hemoglobina é fagocitada pelos macrófagos e convertida em bilirrubina, tornando a pele do neonato ictérica O RN é anêmico ao nascer Os anticorpos da mãe permanecem ativos no sangue fetal por cerca de 1 a 2 meses após o nascimento, o que destrói cada vez mais hemácias

Eritroblastose fetal Resulta em morte do RN ou retardo mental nos sobreviventes Tratamento: Substituição do sangue do neonato por sangue Rh negativo nas primeiras semanas de vida Prevenção: imunoglobulina Rh globina (anticorpo anti-D) na primeira gestação, o que diminui a produção de grande quantidade de anticorpos D durante a segunda gestação