As Estruturas Demográficas

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Transcrição da apresentação:

As Estruturas Demográficas Profa. Dra. Suzana Lopes Salgado Ribeiro

Demografia A demografia medieval é a área de estudo que se dedica a pensar a quantidade e o movimiento da população humana durante a Idade Média. Anos 400-1000: Estabilizada em nivel baixo. Anos 1000-1250: Ampliação e significante aumento da população. Anos 1250-1350: Estabilizada em nivel alto. Anos 1350-1420: Forte queda populacional. Anos 1420-1470: Estabilizada em nivel baixo. Anos 1470- 1490: Crescimiento contínuo. Anos 1490- …: Estabilizada.

Surgimento O surgimento da Demografia Histórica há aproximadamente 60 anos ampliou as possibilidades de estudo e interpretação sobre a medievalidade. Há trabalhos sobre condições populacionais dos mosteiros, senhorios, cidades, regiões e impérios.

Antigo Regime Demográfico Característico de sociedades agrárias pré-industriais Alta taxa de natalidade Alta taxa de mortalidade Obstáculos (ler passagem do texto, p.25)

Primeira Idade Média - IV a VII Prolongamento da situação do Império Romano que vivia um recuo desde o séc. II. Desorganização do aparelho estatal Queda da importação de gêneros alimentícios Dificuldade de obtenção de alimentos Esvaziamento das cidades Ruralização Hagiografia – milagres alimentares

Fraqueza de rendimentos Circulo vicioso Fraqueza demográfica Fraqueza de rendimentos Fraqueza demográfica ...

Medidas Penetração dos germanos não alterou significativamente a demografia Grupos: francos, ostrogodos, vândalos etc Cada grupo tinha em média 50 a 80 mil pessoas (guerreiros, mulheres e crianças) – raramente mais que 16% da pop local. Estima-se que o total de germanos que fixaram-se no império representava 5% da pop romana. Para estimular o crescimento da população no século V um imperador romano: Proíbe meninas com menos de 14 anos de entrar no clero Preciona viúvas a casar em 5 anos a pena de perderem seus bens

Epidemias Malária – séc III ao V Varíola – séc VI ao VIII Peste – séc VI ao VIII França e Itália – 15 vagas, alguns anos de duração Atingiam mais o litoral – dado o trânsito de guerreiros e comerciantes – o interior ruralizado não sofreu tanto.

Alta Idade Média - VIII a X Retomada de crescimento – segunda metade do séc VIII. Retomada desigual. Reorganização Carolíngea – Expansão territorial de Carlos Magno. Como a fome era grande, recorria-se a práticas abortivas e anti- conceptivas, apesar de punidas pela Igreja. Infanticídio de meninas (Coleman) Conclusão – a recuperação populacional foi tímida e absorvida pelo fracasso do Império Carolíngio e invasões vikings, muçulmanas e margiares.

Idade Média Central - XI a XIII Real expansão demográfica inicia no século X. Indícios: 1 - Acentuada migração (ler p.28) Habituais Coloniais Extraordinárias Sem instalação 2 - Arroteamentos intensificados entre os séculos X e XII (Duby). Alargamento de terrenos já utilizados Fundação de novas aldeias novos territórios Povoamento de pioneiros individuais em busca de novos pastos A partir de então crescimento mais rápido.

Idade Média Central Indícios: 3 – Aumento do preço da terra e do trigo Em 1210 a ovelha era 132% e vaca 155% mais cara que 50 anos antes. Normandia – valorização das terras em 10 vezes. Densidade demográfica maior que a de hoje. 4 – Arquitetura religiosa Surgimento do gótico – necessidade de áreas internas maiores para abrigas fiéis Reformas em igrejas mais velhas 5 – Crescimento da população urbana Séc XIII – 55 cidades com pop. superior a 10 mil hab. Destaque para a região da Itália.

Idade Média Central Mesmo significativa a população urbana era apenas 20% da pop europeia. Os indícios testemunham o crescimento demográfico entre os séc. XI e XIII, mas é difícil quantificá-lo.

Baixa Idade Média - XIV a XVI O crescimento populacional se mostrou excessivo Ocupou-se terras de menor fertilidade Devastou-se florestas Desequilíbrio ecológico Mudança no regime fluvial Queda de temperatura Ressurgimento da peste negra (bubônica e pneumônica) Perda de 2/3 ou 1/8 da pop de acordo com a região No conjunto estima-se que a Europa perdeu 30% de seus habitantes, só retomando sua população 2 séculos depois (em meados do XVI).

Impérios Medievais Império mongol: 100 a 110 milhões de habitantes (1270). Dinastía Song: 100 milhões de ha (1100). Dinastía Fatimí: 62 milhões de ha (1100). Dinastía Abasí: 50 milhões de ha. (850). Império de Malí: 40 a 50 milhões. de ha (1350). Império Tibetano: 40 milhões de ha (800). Império Bizantino: 30 milhões de ha (600). Império Carolíngio: 15 milhões de ha (800).

Império Bizantino Na época de sua maior expansão - com Justiniano I no século VII - a população deste império chegou aos 30 milhões de pessoas. Mas este número foi reduzido enormemente ao perder Egito, Síria, Magreb e Itália  para os muçulmanos e lombardos no século seguinte. Além disso, a população da Anatólia caiu muito como resultado das constantes guerras entre bizantinos e turcos por seu dominio. Somada a baixa taxa de natalidade e a ruralização do país. Se estima que para o século XI no reinado de Basilio II a população ra de 18 milhões: 10 milhões - Anatólia. 5 milhões – Balcãs e Grecia. 1 milhão - Constantinopla. 2 milhões - Síria. Um século depois com Juan II nuevas perdas territoriais – a população se resume 10 a 12 milhões.

Península Ibérica Ao fim do império romano a população era de 6 milhões de pessoas. Com a posterior divisão do territorio em vários reinos produto das imigrações germanas a população se reduziu a 4 milhões. Resultado de outras invasões e guerras a população chegou a apenas 300 mil germanos que se instalaram na península, a maioria visigodos. A península ibérica foi a única região europeia ocupada por muçulmanos de manera permanente durante a medievalidade. Mas os eles estiveram entre 711 e 756 em reduzido número, cerca de 60.000. Sendo mais importante a heterogeneidad étnica - árabes, sírios e egícios - que o incremento populacional.

Bibliogafia Peter Biller, A medida do multitude: População no pensamento medieval, 2001, ISBN 0198206321 David Herlihy, "Demografia", Dicionário das idades médias, vol.4. 1989 ISBN 0684170248 Thomas Hollingsworth, Demografia Histórica, 1969, ISBN 0801404975 Josiah Russell,Demografia Medieval: Essays (os estudos de Ams no meio envelhecem o No. 12), 1987, ISBN 0404614426