Universidade Federal do Amapá

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Transcrição da apresentação:

Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Inglesa e suas Respectivas Literaturas Literatura Brasileira Colonial Prof. Ms. Marcos Paulo Torres Pereira

O Barroco

Renascimento O Barroco procura solucionar os dilemas de um homem que perdeu sua confiança ilimitada na razão e na harmonia, através da volta a uma intensa religiosidade medieval e da eliminação dos conceitos renascentistas de vida e arte. Em parte, isso não é atingido e as contradições prosseguiriam. Barroco

padrões renascentistas valores medievais padrões renascentistas espiritualismo Espírito Barroco materialismo Contra-Reforma Humanismo

transição entre o teocentrismo e o antropocentrismo Dualismo Barroco Volta à religiosidade alma x corpo vida x morte claro x escuro céu x terra, etc. Dilaceramentos transição entre o teocentrismo e o antropocentrismo Barroco

alma x corpo vida x morte claro x escuro céu x terra, etc. Volta à religiosidade alma x corpo vida x morte claro x escuro céu x terra, etc. Dilaceramentos Instabilidade Viver, antes que terminem, ou renunciar ao passageiro e entregar-se à eternidade?  efemeridade fugacidade da vida humana: o tempo, veloz e avassalador, tudo destrói em sua passagem.

Interrogações = incertezas do homem barroco frente ao seu período. Inversão de frases = tentativa de conciliação dos elementos opostos. Angústia antíteses, paradoxos, hipérboles e inversões forma contraditória, dilemática Forma conflituosa tensão causada pela oposição entre os princípios renascentistas e a ética cristã

Figuras de Linguagem no Barroco Metáfora: é uma comparação implícita. Ex.: Se és fogo, como passas brandamente? Se és neve, como queimas com porfia? (Gregório de Matos) Antítese: reflete a contradição do homem barroco, seu dualismo. Revela o contraste que o escritor vê em quase tudo. Ex.: Vista por fora é pouco apetecida Porque aos olhos por feia é parecida; Porém, dentro habitada É muito bela, muito desejada, É como a concha tosca e deslustrosa, Que dentro cria a pérola formosa. (Manuel Botelho de Oliveira)

Paradoxo: corresponde à união de duas ideias contrárias num só pensamento. Opõe-se ao racionalismo da arte renascentista. Ex.: Ardor em firme Coração nascido; pranto por belos olhos derramado; incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido. (Gregório de Matos) Hipérbole: traduz ideia de grandiosidade, pompa. Ex.: É a vaidade, Fábio, nesta vida,  Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada,  Airosa rompe, arrasta presumida. (Gregório de Matos)

Prosopopeia: personificação de seres inanimados para dinamizar a realidade. Ex.: No diamante agradou-me o forte, no cedro o incorruptível, na águia o sublime, no Leão o generoso, no Sol o excesso de Luz. (Padre Antônio Vieira)

Vertentes barrocas Cultismo ou gongorismo - valorização de forma e imagem, jogo de palavras, uso de metáforas, hipérboles, analogias e comparações. Manifesta-se uma expressão da angústia de não ter fé.

Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das maravilhas, A quem infiéis despedaçaram. O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo. Em todo o sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte, Em qualquer parte sempre fica o todo. O braço de Jesus não seja parte, Pois que feito Jesus em partes todo, Assiste cada parte em sua parte. Não se sabendo parte deste todo, Um braço que lhe acharam, sendo parte, Nos diz as partes todas deste todo.

Conceptismo ou quevedismo - valorização do conteúdo/conceito, jogo de ideias através do raciocínio lógico. Há o uso da parábola com finalidade mística e religiosa Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. (Pe. Antônio Vieira)

A Jesus Cristo, Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,  de vossa alta clemência me despido;  porque quanto mais tenho delinquido,  vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado,  a abrandar-vos sobeja um só gemido:  que a mesma culpa, que vos há ofendido,  vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada,  glória tal e prazer tão repentino  vos deu, como afirmais na sacra história, eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,  cobrai-a; e não queirais, pastor divino,  perder na vossa ovelha a vossa glória.                                          Gregório de Matos