Fonemas e alófonos “un beso” [umbe’so]

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Transcrição da apresentação:

Fonemas e alófonos “un beso” [umbe’so] Existe, por um lado, o que cremos que pronunciamos (fonemas) e, por outro, o que realmente pronunciamos (alófonos). A realidade fónica é o alófono [m], mas o que cremos pronunciar é o fonema /n/. Fonema: som ideal e abstracto. O que cremos que pronunciamos. Representamos os fonemas entre barras // Alófono: variante dum fonema que depende do contexto fónico que o rodeia. Realização concreta. O que realmente pronunciamos.

Fonemas Fonema: a. mañana / es lunes b. mañana / es / lunes [iŋ’ko] [im’ko] /in’ko/ “cinco” [ir’ko] /ir’ko/ “circo” Fonema: unidade da língua que, mesmo sem ter significado, pode alterar o significado duma palavra. Quando trocamos um fonema por outro dentro duma palavra, estamos a trocar a palavra: função distintiva. unidade mínima da língua não divisível em unidades sucessivas. Ultima divisão à que podemos chegar quando segmentamos a fala: a. mañana / es lunes b. mañana / es / lunes c. ma - ña - na - es - lu - nes d. /m-/a/-/ñ/-/a/-/n/-/a/-/e/-/s/-/l/-/u/-/n/-/e/-/s/

Alófonos dos fonemas espanhois

Realização dos alófonos Dizemos que os alófonos de um determinado fonema estão em distribuição complementária se é o contexto fónico o que determina quê alófono deve aparecer. [g] [uŋga’to] [] [laa’ta] /g/ Dizemos que os alófonos de um determinado fonema estão em variação livre se podem aparecer todos no mesmo contexto. [y] [ywebe] [ŷ] [ŷwebe] [š] [šwebe] [] [webe] /y/

Traços distintivos [o’ta] [bo’ta] /bo’ta/ A diferença “oclusão/fricção” não produz uma mudança de significado (não é traço distintivo para distinguir /b/ doutros fonemas). [bo’ta] [po’ta] /bo’ta/ /po’ta/ A diferença “sonoro/surdo” produz uma mudança de significado (é um traço distintivo). [bo’ta] [mo’ta] /bo’ta/ /mo’ta/ A diferença “nasal/oral” produz uma mudança de significado (é um traço distintivo).

Traços distintivos [bo’ta] [go’ta] /bo’ta/ /go’ta/ A diferença no lugar de articulação (bilabial/velar) produz uma mudança de significado (é traço distintivo). /b/ é definido polos seus traços distintivos: oral, bilabial, sonoro [b] é definido polos seus traços distintivos e redundantes: oral, bilabial, sonoro, oclusivo, relaxado, … Os traços não distintivos são redundantes na definição dum fonema. Permitem descrever com precissão o som com que se realiza o fonema, mas não servem para diferenciar esse fonema doutro.

Traços distintivos Quando aprendemos uma língua segunda, somos surdos psiquicamente a todo o que não é distintivo na nossa língua. Somos surdos funcionais. Cada língua caracteriza-se, não polos sons específicos que se utilizam para materializar os seus fonemas, senão polas oposições distintivas que os definem. Temos de re-educar primeiro o nosso ouvido de maneira a poder PERCEBER as oposições distintivas. Só depois, necessitaremos melhorar o nossas capacidades fonadoras.

Traços distintivos /bo’ta/ /go’ta/ /bo’ta/ /po’ta/ /bo’ta/ /mo’ta/ - São pares mínimos: necessitamos só um fonema para distinguir cada par de palavras. - São oposições privativas: os fonemas em oposição só se distinguem por um traço distintivo. /bo’ta/ /so’ta/ /bo’ta/ /ko’ta/ /bo’ta/ /no’ta/ - São pares mínimos: necessitamos só um fonema para distinguir cada par de palavras. - Não são oposições privativas: os fonemas em oposição distinguem-se por mais de um traço distintivo.

Neutralização e Archifonemas Existem posições nas que se neutraliza a função distintiva de dous fonemas. Nessas posições, os fonemas deixam de diferenciar significados. Só são neutralizáveis as oposições que têm un conjunto de traços comuns. O archifonema representa os traços que são comuns aos fonemas que se neutralizam. Ex: /n/ e /m/ em sílaba implosiva neutralizam-se e são representados polo archifonema: /N/ /deN’so/ /kaN’bio/ /al’buN/ Neste contexto silábico, o lugar de articulação deixa de ser distintivo.

“Yeísmo”, “seseo” e “ceceo” Neutraliza a diferença entre os fonemas /y/ e //, a favor do primeiro. [yoyo’ro enlayer’ba] “Seseo” Neutraliza a diferença entre os fonemas /s/ e //, a favor do primeiro. [estoj’ cosjen’do salči’ča] “Ceceo” Neutraliza a diferença entre os fonemas /s/ e //, a favor deste último. [estoj’ cojen’do alči’ča]

Oposição Fonética / Fonologia descreve os sons das línguas usando as suas propriedades físicas. estuda o son como objecto físico e material. “investiga o que se pronuncia realmente” (Troubetzkoy – Escola de Praga) Fonologia investiga o que imaginamos que pronunciamos. Interesa-se nos aspectos do som que são de carácter psicológico: sons distintos que não se percebem como distintos, sons iguais que não se percebem como iguais, … estuda o som como objecto lingüístico: os fonemas. Estuda como os fonemas se usam para distinguir significados. descreve as relações e oposições entre os sons dentro duma língua. O conjunto dessas relações forma um sistema (fonologia estruturalista).

Um posíbel sistema fonolóxico do español con “yeísmo” e “seseo” labial dental palatal velar oral sonoro b d č g oclusivo surdo p t k fricativo f s y x nasal m n ň lateral l vibrante simples r múltiple r

Unha proposta de sistema fonolóxico do español con “yeísmo” alveolar nasal oral r simples g d b sonoro múltiple surdo r vibrante l lateral ň m x y  f fricativo k č t p oclusivo velar palatal dental labial

Características dun sistema fonolóxico Eliminar a redundancia: non usar os trazos redundantes Buscar o máximo de productividade. Regras para construir un sistema que conteña oposicións fonolóxicas productivas: - usar o menor número posíbel de trazos distintivos - usar cada trazo para caracterizar o maior número posíbel de fonemas - caracterizar os fonemas con o maior número posíbel de trazos. Non se afastar demasiado da realidade fonética

O sistema fonológico das vogais espanholas I u i - aberta o a e + aberta posterior central anterior O sistema fonológico das vogais árabes u i a posterior central anterior

O sistema fonológico das vogais espanholas II aberta média fechada anterior a e i posterior o u

O sistema fonológico das vogais galegas aberta média aberta média fechada fechada anterior a ε e i posterior כּ o u

Erros de pronúncia /p/ + consoante /k/ + consoante */ekli'se/ */auto'sia/ A RAE admite : “setiembre” - “septiembre” ; “setimo” - “septimo” Nas palavras que começam por ps- não se deve pronunciar o /p/. /k/ + consoante */se'so/ */esa'meN/ A RAE admite não pronunciar /k/ quando o “x” precedido de consoante: /es'tasis/ /estraNxe'ro/ “Mexico” */meksico/ ; “Texas” */teksas/

Erros de pronúncia /b/ + consoante /d/ + consoante ditongo /ie/ E normal e correcto não pronunciar o /b/. A RAE recomenda mesmo, nalguns casos, não escrever: “suscribir”, “sustancia”, “sustituir”, “oscuro”, “sustracción” /d/ + consoante A relaxação do /d/ no fim de palavra leva a pronunciar /r/ nos imperativos: “callad” */kayaR/ em vez de: /kayaT/ ditongo /ie/ “hiedra” / “yedra” “hierba” / “yerba”