Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande I SIMPOSIO REGIONAL DE SAUDE DA FAMILIA Repensando a ESF na Atenção Básica. Saude Mental na Estratégia.

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Saúde Mental na Atenção Básica Karime Pôrto Coordenação Nacional de Saúde Mental DAPE/SAS/MS.
Transcrição da apresentação:

Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande I SIMPOSIO REGIONAL DE SAUDE DA FAMILIA Repensando a ESF na Atenção Básica. Saude Mental na Estratégia de Saúde da Família: como integrar os serviços. Veronica Sanduvette sanduvete@uol.com.br Laboratório de Saude Mental Coletiva-LASAMEC Faculdade de Saude Pública-USP

Nesta apresentação: Compartilhar nova política, apresentar informações. Falar sobre dois conceitos: gestão matricial e trabalho organizado por projetos. Contar como é possível atender à política e aos conceitos, descrevendo uma experiência.

There is no health without mental health Não há saúde sem saúde mental Conferencia Internacional de lançamento: The Lancet Series 19 nov 2007, Unifesp, SP www.thelancet.com

O impacto global dos transtornos mentais (GBD - DALYs 2005)

Os transtornos mentais aumentam o risco de muitas outras condições de saude e complicam o seu tratamento. p.ex, a depressão: aumenta o risco de hipertensão, fumar, derrame e diabetes; - está associada com pior aderência ao tratamento da hipertensão, às mudanças necessárias de comportamento depois de um ataque cardíaco, e ao tratamento de HIV; - está associada com pior prognóstico depois de ataque cardíaco (recorrência e morte), derrame (reabilitação e morte), diabetes (complicações) e HIV/AIDS (progressão da doença e morte); - nas mães, aumenta o risco de retardamento e de ferimentos acidentais em seus filhos.

Agenda de prioridades...(desafios) Desenvolver e avaliar intervenções para pessoas com desordens mentais a serem dispensadas por profissionais de saude “não mentais” Avaliar como os sistemas de saúde podem implementar intervenções viáveis e eficazes em todas as rotinas de cuidados de saude Vickram Patel, Univ Bristol, London, Lancet Series

hoje, na Praia Grande...(recursos) CAPS II, equipe para psicoses e neuroses graves... Ambulatório de Saude Mental, equipes para neuroses, consumo de substancias psicoativas, infância e adolescencia.... (TMC- transtornos mentais comuns...) Psicólogas nos Programas de DST/AIDS, TB e HS. Núcleo Henry de Reabilitação Psicofísica Capacitação em Terapia Sistêmica Familiar ESF: 41 equipes, 70% de cobertura

Recursos e estratégias, no Brasil... Recém criados os NASF, a implantar... haverá pelo menos um psicólogo para X equipes de Saúde da Família, além de profissionais especializados em outras áreas... A “idéia” de matriciamento... o que é isso? SUS: Integralidade, intersetorialidade, descentralização... como se faz...

Matriciamento é... ...“matriciar” é planejar a organização dos serviços com base numa ESTRUTURA (do “tipo” matricial), num MODO DE GESTÃO (sp participativo), e de GERENCIAMENTO (preferencialmente de gestão de informações).

Estrutura..matricial: MATRIZ de projetos e funções... funcões SM AIDS HDia AB ações a Md Cpx b Al Cpx c

Projetos e funções...mas...se... não há saúde sem saúde mental... funcões SM AIDS HDia AB Md Cpx Al Cpx ... melhor dizer... saude emocional... então pode ser mais adequado passar a representar assim:

Trabalhar por projetos supõe... Equipe (equipes), que tenham claro (entre todos os envolvidos, em todos os níveis, de modo transparente): “um modo de desenhar o futuro, que se dá num processo, com começo, meio e fim.” “Desenhar é planejar: o que se fará, para quem, como (qual metodologia, qual tecnologia), com quais procedimentos e recursos, pensando em quem fará o que (atribuições intra, inter e transdisciplinares), e em como serão avaliadas as ações (indicadores)”.

Agenda de prioridades...(desafios) Desenvolver e avaliar intervenções para pessoas com desordens mentais a serem dispensadas por profissionais de saude “não mentais” Avaliar como os sistemas de saúde podem implementar intervenções viáveis e eficazes em todas as rotinas de cuidados de saude Vickram Patel, Univ Bristol, London, Lancet Series

Saude Mental (“emocional”) Infanto-Juvenil... Uma experiência... Saude Mental (“emocional”) Infanto-Juvenil...

Integralidade e intersetorialidade em Saude Mental Infanto-Juvenil: modelo de abrangência para a gestão pública Município de 40 mil habitantes, 18 escolas... 9000 alunos... 3 psicólogas, 80 hs de trabalho semanal...

Como era o atendimento, em nível ambulatorial... Clinica individualizada, modelo de profissional liberal... Encaminhamentos feitos principalmente pelos clínicos ou pediatras, e pelos professores... Em média, capacidade para atender 90 crianças e adolescentes (1% da demanda) Filas de espera....

Como era o atendimento... Não havia: Trabalho em equipe Planejamento das ações Avaliação da assistência prestada. Trabalhava-se por tarefas,não por projetos...

NAPSI – infância e adolescência O NAPSI foi criado em 2006, com três psicólogas organizando-se em equipe, para conduzir projetos de prevenção e de assistência clínica. A cidade não tem índice populacional para implantar um CAPSI, dimensionado para mais de 100.000 habitantes. Por essa razão, o NAPSI foi idealizado para praticar os pressupostos de Saúde Coletiva, enfatizando a ntersetorialidade no intuito de identificar as demandas, promover o acesso e atender a população infanto-juvenil. MODELO DE ABRANGÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA: processo de construção de parceria com Educação, onde se articula e recai grande parte das atividades de detecção de problemas e encaminhamento para a assistência, além de ser espaço privilegiado para a prevenção e promoção da saúde.

NAPSI distribuição da população em atendimento clínico individual: idade e gênero – dezembro /2007 N: 90

Parceria Educação-Saúde Em outubro de 2006, contatou-se a Educação, informando a 1. disponibilidade da Saúde em estender as ações de Saúde Mental Infanto-Juvenil para todas as escolas. Em novembro de 2006, 2. todos os professores (263) foram contatados para opinarem sobre as dificuldades e facilidades relacionadas à Saúde Mental,(como as percebiam nos escolares). 70% dos professores participaram. 3. o conteúdo das opiniões dos professores foi analisado. Com base nesta análise (de conteúdo, Bardin, 1977), foi 4. construído um PROTOCOLO DE OBSERVAÇÃO E ENCAMINHAMENTO dos escolares para o NAPSI.

Parceria Educação-Saúde O protocolo foi disponibilizado no primeiro semestre de 2007, e 5. usado, pelos professores, para encaminhar os alunos. Com base na leitura dos protocolos, 6. 53% dos escolares foram encaminhados para ações de prevenção seletiva (problemas de aprendizagem e de disciplina), planejadas em oficinas, em parceria com as coordenadoras pedagógicas, com enfase nas competencias existentes na própria escola. Os outros 7. 47% foram acolhidos na atenção primária, com as equipes do NAPSI e do PSF organizadas de modo adocrático, para avaliação e assistência às familias – prevenção indicada. O processo de avaliação foi requalificado, com as psicólogas sendo capacitadas no Instituto de Psicologia da USP, para o uso do ASEBA. (Achenbach Systems of Empirical Behavior Assessement). (Acesso e acolhimento, assistência comunitária e avaliação – TRIAGEM, não!) 8. De 240 encaminhamentos protocolados, apenas 15 escolares foram indicados para atendimento individualizado.

Parceria Educação-Saúde Parceria Educação-Saúde. Encaminhamentos protocolados N:240 (1º, 2º sem/2007)

NAPSI - modelo de abrangência, na Gestão Pública. Considerações gerais: Planejamento e reorganização do trabalho. Novos protagonistas “não mentais”, e ampliadas as rotinas de cuidado: - na prevenção seletiva, entraram as coordenadoras pedagógicas e professoras - na assistência às familias, entraram as equipes do PSF e as próprias famílias. 2. Atenção em saúde coletiva. - ampliação do acesso (de 90 para 330); - reformulação das demandas e possibilidades de investigação epidemiológica; - empoderamento das comunidades; - requalificação dos trabalhadores.