Linfócitos B.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Immunologia Curso de Análises Clinicas Aula Teórica Nº 5
Advertisements

RESISTÊNCIA DO ORGANISMO À INFECÇÃO II
Geração da diversidade de anticorpos
BIOLOGIA DOS LINFÓCITOS B
Estrutura e funções de Anticorpos
Profa Alessandra Pardini ANTICORPOS (Ac) ou IMUNOGLOBULINAS (Ig)
SISTEMA NADPH 2e_ 2O2 2O2_ Heme Vacúolo
Antigénio versus Anticorpo O diagnóstico Imunológico
Imunologia da Gravidez
Noções do Sistema imunitário Orgãos / Células
MHC “Major Histocompatibility Complex” & Células Dendríticas
RESPOSTA IMUNE HUMORAL
Mecanismos efetores da resposta imune
CÉLULAS E ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNE
IMUNOLOGIA VETERINÁRIA
Imunoglobulinas e TCR Ana Paula Ravazzolo.
RESPOSTA IMUNE HUMORAL II
ANTICORPOS (IMUNOGLOBULINAS)
ANTICORPOS Funções biológicas
Ativação da Célula B, Produção de Anticorpos e Resposta Imune Humoral
ANTICORPOS: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Prof. Caroline Rigotto Borges
Apresentação e reconhecimento de antígenos pelas células da R.I.
Wilson de Melo Cruvinel
SISTEMA IMUNOLÓGICO.
Imunogenética - Temas que serão tratados (plano de aula)
INTERLEUCINAS (citokinas)
Unidade 3 – IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS
Resposta imune humoral
TECIDO SANGUÍNEO E SEU PAPEL NA IMUNIDADE
Tecido sanguíneo e seu papel na imunidade Capítulo - 12
Professora: Ana Paula Costa
Resposta Humoral.
Ariane Baratta Masini de Andrade
TIPOS DE IMUNIDADE Enfª Jamilie Sena
Sistema Imunitário.
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
Moléculas de Reconhecimento do Sistema Imune
SISTEMA IMUNOLÓGICO Prof.: ÉDER
MECANISMOS DE DEFESA DO ORGANISMO
Avaliação da Resposta Imune Humoral Considerações gerais Quem representa a Imunidade Humoral? O que deve enfocar a avaliação da Imunidade Humoral? Concentração.
ANTICORPOS (Ac) ou IMUNOGLOBULINAS (Ig)‏
Depto Medicina Veterinária
Resposta Humoral.
Imunologia - Imunidade
REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE (I)
Recombinação V(D)J: Os genes das Ig e TCR
© 2002, James L. Fishback, M.D..
Imunoglobulinas(Anticorpos)
Reconhecimento do antígeno pelas células da resposta imune adaptativa
Imunologia - Imunidade
VACINAS Prof. Eduardo F. Flores Depto Medicina Veterinária
Prof. Adriane Martins Dias
Imunologia Básica - Biomedicina
Células do Sistema Imune
PROTEÍNAS PROTEÍNAS: são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas células e perfazem 50% ou mais de seu peso seco. Encontradas em todas.
Mecanismos de defesa não específica
Imunidade no feto, no recém-nascido e em idade avançada
Hipersensibilidade Tipo I
Imunoglobulinas e TCR Estrutura e Funções
A GENÉTICA DO SISTEMA IMUNE
Sistema Imunológico Prof. Adrean.
DEFESA ESPECÍFICA OU IMUNIDADE ADQUIRIDA Linfócito B.
ANTÍGENO: é toda a estrutura molecular, que interage com um anticorpo.
Células e Órgãos do Sistema Imunológico
IMUNIDADE ADQUIRIDA DEFESA ESPECÍFICA 1.
A teoria clonal (I). A teoria clonal (III) No. divisões celulares Número de células de uma especificidade Limite do nível de proteção Seleção clonal.
Resposta Imune Humoral
Imunoglobulinas (Ig) e Receptor de Células T (TCR)
Imunoglobulinas (Ig) e Receptor de células T (TCR)
Transcrição da apresentação:

Linfócitos B

Epítopes B os epítopes B em proteinas nativas são geralmente compostos de aminoácidos hidrofílicos á superfície da proteina os epítopes B podem conter aminoácidos sequenciais ou não - sequenciais os epítopes B estão geralmente localizados em regiões flexíveis do imunogéneo e possuem mobilidade proteinas complexas podem possuir “overlapping” epitopes

Receptor B (BCR) É uma proteína transmembranar composta de uma imunoglobulina membranar (mIg) e dois heterodímeros disulfido ligados: Ig- e Ig- As “caudas” de aminoácidos de ambas as cadeias dissulfido são longas de maneira a interactuar com as vias de transdução de sinal

Linfócitos B

Linfócitos B Os linfócitos B diferenciam-se na medula óssea. Os centros germinais dos orgãos linfóides secundários são também lugares de maturação B. A medula óssea produz linfócitos B com diversos receptores antigénicos e elimina os linfócitos B auto-reactivos. Nos orgãos linfóides secundários as células B são activadas (antigénio) e proliferam originando células plasmáticas (produtoras de Igs) e células memória

Maturação e diferenciação B O desenvolvimento das células B é antigénio-independente na medula óssea; na periferia a activação e diferenciação de células B maturas é antigénio-dependente, resultando na formação de plasmócitos –células produtoras de Igs, e células B memória

Maturação e diferenciação B Todas estas células expressam o marcador específico B220,até a célula B imatura.

Maturação e diferenciação B A célula B matura adquire o receptor IgD á semelhança do receptor IgM e migra para os orgãos linfóides secundários, onde em contacto com o Ag responde com proliferação e desenvolvimento de células plasmáticas e de memória. A formação de células plasmáticas produtoras de Igs é influenciada por interacção CD40 em células T e B e citoquinas.

Maturação e diferenciação B

Maturação e diferenciação B Estágios: 1-Maturação 2-Activação 3-Diferenciação

Linfócitos B na resposta Imune

Linfócitos B na resposta Imune “B cells + antigen= effector B cells (plasma cells) + memory cells” A activação e diferenciação de linfócitos B pode ocorrer na periferia,quando em contacto com o antigénio, gerando a resposta humoral. Dependendo da natureza do antigénio, a activação B pode ser: a) T-dependente ( requer contacto directo com células Th) b) T-independente ( não necessita de contacto com células Th, ex LPS, proteinas bacterianas); neste caso a activação B é policlonal e os antigénios são mitogeneos- não há formação de cél. memória

Linfócitos B na resposta Imune

Linfócitos B na resposta Imune Com a activação B - T dependente, é necessário o contacto com a célula Th e a libertação de citoquinas, basicamente 3 sinais: 1-ligação Ag-mIg 2-reconhecimento Th-MHC II ( ligação CD40 e co-estimulação) 3-expressão de receptores para citoquinas , na célula B, libertadas pela Th

Linfócitos B na resposta Imune Opsonização e Activação de Complemento Transcitose Papel contra patogéneos extracelulares- opsonização (facilita fagocitose) e complemento ( activação e fagocitose) Transcitose ( movimentação através de superfícies mucosas e epiteliais)

Linfócitos B na resposta Imune Neutralização e ADCC A neutralização aplica-se a patogeneos extracelulares- bloqueando a adesão á célula hospedeira e prevenindo a invasão- e a toxinas- é bloqueada a libertação de toxinas e é prevenida a toxicidade ADCC (antibody-mediated citotoxicity)- resposta imune mediada por Igs

Linfócitos B na resposta imune A cinética da formação de Igs e das respostas primárias e secundárias humorais diferem: a resposta primária é marcada por um longo periodo lag um aumento logaritmico da Ig, um curto “plateu” e o declíneo. Durante a resposta primária IgM é a primeira Ig a ser produzida;é seguida por uma produção gradual de IgG. A resposta secundária tem uma fase lag mais curta, uma fase logaritmica rapida e maior, uma longa fase de “plateu” e um declinio mais lento; há pouca produção de IgM

Linfócitos B na resposta imune Uma a duas semanas após exposição ao Ag, a resposta secundária é caracterizada pela sua maior magnitude e pela secreção de Igs de outro isotipo que não IgM. gerando células memória e plasmócitos, que mais tarde se tornam células produtoras de Igs (células B naive só expressam IgM e IgD ; as células B memória expressam adicionalmente IgA, IgG e IgE-os níveis de IgD diminuem)

Estrutura das Igs Anticorpos ou imunoglobulinas são glicoproteínas que se ligam ao antigénio com elevada especificidade e afinidade. Anticorpos são compostos por uma unidade básica de 4 cadeias polipeptídicas- 2 pares de cadeias leves (L) e pesadas (H) ligadas covalentemente por pontes dissulfido e também por interacções não-covalentes; a classe das Igs é determinada pelo isotipo da respectiva cadeia pesada

Estrutura das Igs Os anticorpos podem ser clivados em fragmentos formando 2 fragmentos Fab ( onde se liga o Ag) e um fragmento Fc ( parte da molécula responsável por funções efectoras, ex activação de complemento. Ambas as cadeias H e L são divididas em regiões V e C- variáveis e constantes A zona constante determina a função efectora do anticorpo; a zona variável determina a especificidade Na espécie humana reconhecem-se 5 classes quimica e fisicamente distintas de anticorpos : IgG,IgA,IgM,IgD e IgE

Imunoglobulinas

Estrutura da IgG É a Ig mais abundante no sangue (80%), em particular na resposta secundária a um antigénio e é constituida por 2 cadeias leves e 2 cadeias pesadas Divide-se em 4 classes:IgG1,IgG2,IgG3 e IgG4 com sequências de aminoácidos e actividades funcionais ligeiramente diferentes A IgG1, IgG3 e a IgG4 são capazes de atravessar a placenta e providenciar ao feto alguma imunidade humoral A IgG3 é a mais eficiente activadora de Complemento

Estrutura da IgA As IgA estão presentes no soro com quatro cadeias polipeptídicas formando um monomero;é a imunoglobulina presente em maior quantidade (10-15%) nas secreções externas como leite, saliva e lágrimas onde existe na forma de dímero. SC-componente secretora da IgA envolvida no transporte transepitelial da IgA exócrina. A maior parte da IgA é sintetizada pelas células plasmáticas locais nas gl.mamárias, salivares e ao longo do tracto respiratório, gastrointestinal e genital, é depois transportada através das células epiteliais para o lúmen; esta IgA constitui a primeira linha de defesa contra microorganismos invasores das superfícies mucosas

Estrutura da IgM A IgM constitui cerca de 5-10% do soro total e é o primeiro anticorpo expresso na superfície da célula B; no sangue a IgM é composta por cinco cadeias polipeptídicas, mas quando à superfície da célula B é expressa com 4 cadeias polipeptídicas. Devido ao seu tamanho encontra-se primariamente nos espaços intravasculares. É o 1º anticorpo a ser produzido na resposta imune primária e também o primeiro a ser produzido pelo recém-nascido É capaz de activar, quando na sua forma de pentamero o Complemento

Estrutura da IgD É uma imunoglobulina presente em baixas concentrações em circulação ( 0,3mg/ml), cuja função primária é o de receptor Ag de superfície nos linfócitos B. Células B maturas podem exprimir IgM e IgD ao mesmo tempo sendo estes específicos para o mesmo antigénio Não possui funções biológicas conhecidas Foi a primeira imunoglobulina a ser identificada em pacientes com mieloma múltiplo

Estrutura da IgE A IgE está presente em muito baixas concentrações no soro ( ng/ml), mas tem um papel significante no início da resposta inflamatória aguda, na protecção contra parasitas e nas reacções alérgicas. A IgE medeia reacções de hipersensibilidade como a asma e a “febre do feno” e reacções anafiláticas As alergias estão associadas com a produção de IgE: após estímulo Ag as células plasmáticas produzem IgE a qual se liga a receptores específicos nos mastócitos e basófilos induzindo a libertação de agentes activos,ex:histamina