Mitos e verdades no tratamento da asma na infância

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Mitos e verdades no tratamento da asma na infância
Transcrição da apresentação:

Mitos e verdades no tratamento da asma na infância Dr. Fabrício P.Monteiro fabriciopmonteiro@gmail.com Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF 18/1/2010 www.paulomargotto.com.br

DEFINIÇÃO 2006 a.C – A asma foi descrita no livro medico “ A teoria do Interior do Corpo”, conhecido como Nei Ching, considerado o livro mais antigo da Medicina Interna, escrito por Huang-Ti. Henry Hyde Salter (1823 – 1871), introduziu a Asma como uma entidade distinta, pois até essa época, o termo asma era utilizado por varias patologias em que a dispnéia era o componente principal. Descreveu a asma como “ uma dispnéia paroxística, de característica peculiar, geralmente periódica, com intervalo de respirações normais entre os ataques”. On Asthma: Its Pathology and Treatment

Classes Terapêuticas Prescritas para o Tratamento da Asma na Criança CI 6% Associação LABA+CI 4% Antileucotrieno 3% Antinflamatório não especificado 6% 2 oral 50% 2curta inal 23% Anticolinérgico inal 7% Unidades 2005 IMS/PMB – MAT Jan/06; IMS/INTE – MAT Jun/05

Classes Terapêuticas Prescritas para o Tratamento da Asma na Criança CI 6% Associação LABA+CI 4% Antileucotrieno 3% Antinflamatório não especificado 6% 80% alívio 2 oral 50% 2curta inal 23% Anticolinérgico inal 7% Unidades 2005 IMS/PMB – MAT Jan/06; IMS/INTE – MAT Jun/05

Classes Terapêuticas Prescritas para o Tratamento da Asma na Criança CI 6% Associação LABA+CI 4% Antileucotrieno 3% Antinflamatório não especificado 6% 13% Manutenção 2 oral 50% 2curta inal 23% Anticolinérgico inal 7% Unidades 2005 IMS/PMB – MAT Jan/06; IMS/INTE – MAT Jun/05

Mitos e verdades Dificuldade do diagnóstico em lactentes Efeitos sobre o crescimento Escolha dos dispositivos inalatórios Doses de corticosteróides inalados Uso de beta agonistas de longa ação

Como definir asma em crianças menores de 3 anos? Critérios maiores: História familiar asma (pais) Eczema Critérios menores: Rinite alérgica Sibilância na ausência de IVAS Eosinofilia (4%) Castro Rodriguez, AJRCCM, 2000; 162:1403-1406

Perda de função pulmonar em indivíduos asmáticos 1.7 1.5 1.3 1.1 0.9 0.7 0.5 0.3 Não fumantes VEF1 ajustado para altura Não asmáticos Asmáticos 20 30 40 50 60 70 80 Lange P. NEJM 1998;339:1194

Efeito da intervenção precoce na função pulmonar <2 2-3 3-5 >5 N=216 crianças Asma leve moderada Seguimento por 7 anos Budesonida inalatória Tempo de duração da asma no início do tratamento Média anual da mudança do VEF1 % previsto 2 4 6 8 10 Agertoft L. Resp Med 1994;88:373-81

Corticosteróides inalatórios: segurança Efeitos sobre o crescimento Velocidade de crescimento n=302 n=303 n=406 Centímetros / ano Anos The Childhood Asthma Management Program Research Group (CAMP study) NEJM 2000

Corticosteróides inalatórios: segurança Efeitos sobre o crescimento Estatura final x Estatura estimada Budesonida 412 mcg (110-877) t=9,2 anos (3-13) Agertoft & Pedersen. NEJM 2000

Escolha dos dispositivos inalatórios segundo a faixa etária FAIXAS ETÁRIAS INALADOR <2 ANOS 2-5 AN0S 5-8 ANOS >8ANOS Nebulizador Aerossol dosimetrado + espaçador Pó seco

Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006. Monteiro FP, Guimarães FATM, Segundo GRS, Salazar MCM. Atendimento do paciente com sibilos. Rev. Bras. Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006.

Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006. Monteiro FP, Guimarães FATM, Segundo GRS, Salazar MCM. Atendimento do paciente com sibilos. Rev. Bras. Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006.

Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006. Monteiro FP, Guimarães FATM, Segundo GRS, Salazar MCM. Atendimento do paciente com sibilos. Rev. Bras. Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006.

Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006. Monteiro FP, Guimarães FATM, Segundo GRS, Salazar MCM. Atendimento do paciente com sibilos. Rev. Bras. Alergia e Imunopatologia. Vol 29 – N 3 – Maio / Junho 2006.

Inaladores de pó seco x idade De Boeck JACI 1999;103:763

Bons resultados com doses baixas 528 crianças (4-11anos) Resultados: 50% dos pacientes sem exacerbação Sem2 Sem8 Sem16 Sem52 PFE aumento média em relação ao basal (l/min) 70 60 50 40 30 20 10 *p=0,019 *p=0,015 *p=0,02 *p<0,01 Fluticasona 200 mcg/dia Fluticasona 400mcg/dia Verona E. Arch Dis Child 2003; 88:503-509

Relação dose-resposta Revisão sistemática: 7 estudos 1733 crianças Efeitos benéficos : platô entre 100 e 200 mcg/dia Eficácia adicional com 400 mcg/dia apenas em asmáticos graves Masoli M. Arch Dis Child 2004;89:902-907

Estudos de associação CI + beta de longa em crianças 177 pacientes Duplo cego Grupos paralelos: Beclo 400+salm Beclo 800 Beclo 400 Verberne AJRCCM 1998;158:213-9

Estudos de associação CI + beta de longa em crianças 267 pacientes, duplo cego, 12 semanas, grupos paralelos: formoterol 4,5mcg, formoterol 9mcg e placebo 15 10 VEF1 %basal 5 Sintomas, medicação regaste, QOL: evolução semelhante nos 3 grupos -5 0 4 6 12 Zimmerman Pediatr Pulmonol 2004;37:122-7

Revisão sistemática da literatura Walters EH. Cochrane review 2005: Beta agonistas de longa ação são eficazes para controle da asma e as evidências suportam sua utilização em adição aos CE inalados. Pesquisas futuras são necessárias sobre o uso em menores de 12 anos e asmáticos leves que não usam CE inalados