1. Público-alvo Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, realizada em 2003, havia nas cidades brasileiras cerca de 4.000.000 de jovens com idades entre 18 e 24 anos e 4 a 7 anos de escolaridade. Nas dez regiões metropolitanas, seriam aproximadamente 1.250.000 os jovens nessas condições. Apesar da elevação da escolaridade que se verifica de modo consistente no país, as projeções demográficas indicam que, em 2006, nas cidades com mais de 300.000 habitantes, há ainda aproximadamente 1.300.000 jovens na faixa etária e nas condições de escolarização alvo do Programa. Tomando-se a população-alvo inicial do Programa em cerca de 1.000.000 de jovens, as campanhas de recrutamento realizadas nas capitais e regiões metropolitanas levaram 36% desses jovens a se inscreverem no Programa. Chegaram à matrícula, até novembro de 2006, 65% dos 191.500 jovens que o Programa pretende alcançar. A maior porcentagem de jovens entre 18 e 29 anos, que ainda não concluíram o Ensino Fundamental (38% e 43%), encontra-se nos centros urbanos com mais de 200 mil habitantes. Uma vez registrada a situação de exclusão, sem a adoção de políticas específicas, ela tende a persistir nos anos posteriores.
Tabela 1 – Jovens com idade entre 18 e 24 anos Tabela 2 – População de 18 a 24 anos com 4 a 7 anos de escolaridade
2. Perfil O perfil dos jovens atendidos é coerente com o perfil previsto desse público-alvo, o que demonstra que o Programa atinge a população à qual se destina. O perfil no ingresso é similar ao da conclusão, o que demonstra seu caráter inclusivo, uma vez que não há discriminação ou exclusão por cor, sexo, idade ou outra característica.
Tabela 3 – Perfil de jovens matriculados e concluintes
3. Permanência A tendência ao decréscimo no número de jovens evadidos corresponde à oportunidade de os participantes restabelecerem contato com o Programa, independente do tempo, aumentando seu conhecimento sobre o mesmo. Isso amplia o grau de permanência indicado, por exemplo, pelas categorias “Em andamento” (de núcleo) e “Ativos”. Não obstante, não se devem esgotar as análises sobre as múltiplas causas pessoais e sociais – trabalho, licença maternidade e mesmo implementação do Programa, por exemplo – que fazem com que os participantes abandonem ou desistam do ProJovem mesmo que temporariamente, posto que 85% retornariam ou pretendiam retornar ao ProJovem.
Tabela 4 – Situação dos núcleos segundo a data Tabela 5 – Distribuição percentual da situação do jovem Fonte: Subsistema de Monitoramento
Tabela 6 – Situação do jovem nos núcleos em andamento Tabela 7 – Situação do jovem nos núcleos concluídos Fonte: Subsistema de Monitoramento
4. Relação com o trabalho e a escola É característica do público-alvo do ProJovem a relação de inter-dependência entre o trabalho, a família, a escola e o desenvolvimento de outras tarefas diárias por estes jovens. Assim, o atraso na trajetória escolar, a baixa qualificação profissional, o desejo de autonomia econômica em relação ao núcleo familiar, juntamente com a inserção em atividades laborais precárias e breves aparecem como respostas destes jovens às exigências imediatas que as necessidades de seu contexto social impõem à sua trajetória de vida. Essas barreiras foram e são alvos dos objetivos do Programa e pontos constantes de análise para sua concretização. É característica do público-alvo do ProJovem a relação de inter-dependência entre o trabalho, a família, a escola e o desenvolvimento de outras tarefas diárias por estes jovens.
Assim, o atraso na trajetória escolar, Gráfico 1 – Distribuição da Amostra de Jovens Freqüentes, segundo a última série concluída
a baixa qualificação profissional, Gráfico 2 – Principais dificuldades encontradas para conseguir trabalho
Gráfico 3 – Principais motivações para o trabalho o desejo de autonomia econômica em relação ao núcleo familiar, Gráfico 3 – Principais motivações para o trabalho
juntamente com a inserção em atividades laborais precárias e breves Gráfico 4 – Ocupações mais freqüentes entre os jovens da amostra de iniciantes que estavam trabalhando em 2005
aparecem como respostas destes jovens às exigências imediatas que as necessidades de seu contexto social impõem à sua trajetória de vida. Essas barreiras foram e são alvos dos objetivos do Programa e pontos constantes de análise para sua concretização.
5. Aprendizagem e avaliações A Avaliação Diagnóstica apresentou tendência de elevação da proficiência nas entradas mais recentes para 200 pontos. Tabela 4 – Proficiência agregada em Língua Portuguesa, a partir da Avaliação Diagnóstica,para jovens na Avaliação Intermediária e nas três primeiras edições do Exame Final Nacional Externo
Nas Avaliações Formativas e no Exame Final Nacional Externo as notas dos jovens foram superiores a 50%. Tabela 10 – Distribuição dos jovens freqüentes, segundo o tempo de curso e o grau de satisfação com o ProJovem
Gráfico 4 – Freqüência de respostas para contribuição do ProJovem na opinião de iniciantes e concluintes Fonte: Dados da Pesquisa de PPI
Tabela 11 – Distribuição percentual de avaliações positivas (Bom ou Ótimo) em elementos da implementação para Educadores e Jovens Fonte: PPI e Questionário de Educadores
Tabela 12 – Participação na Formação Inicial do ProJovem Tabela 13 – Avaliação da Formação Inicial do educador Tabela 14 – Avaliação da qualidade da Formação Continuada Fonte: Questionário de Educadores
8. Estimativas de exclusão juvenil em 2008 Tabela 15 – Jovens de 18 a 29 anos por nível de instrução e freqüência à escola Fonte: IBGE – PNADs
PROJOVEM URBANO Características gerais É uma das modalidades do ProJovem Foi construído tendo como referência o processo de avaliação do “ProJovem original” Sistema de Monitoramento e Avaliação do ProJovem apresenta avaliação positiva sobre a efetividade do programa
FINALIDADE Proporcionar formação integral aos jovens por meio de efetiva associação entre: Formação básica para elevação da escolaridade, tendo em vista a conclusão do ensino fundamental Qualificação profissional com certificação de formação inicial Participação cidadã com a promoção de experiência de atuação social na comunidade CONDICIONALIDADE Ser jovem Ter entre 18 a 29 anos- durante o ano de matrícula Saber ler e escrever- condição será aferida através do teste de proficiência, caso o jovem não apresente o histórico escolar
FORMAÇÃO INICIAL DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ARCOS OCUPACIONAIS - ALIMENTAÇÃO a) chapista b) cozinheiro auxiliar c) repositor de mercadorias d) vendedor ambulante (alimentação) - ESPORTE E LAZER a) recreador b) agente comunitário de esporte lazer c) monitor de esporte e lazer d) animador de eventos - TURISMO E HOSPITALIDADE a) organizador de eventos b) cumin (aux. de garçom) c) recepcionista de hoteis d) guia de turismo local
DURAÇÃO E CARGA HORÁRIA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DA GESTÃO TEMPO – 18 meses de aula- organizados em 06 Unidades Formativas- cada uma com duração de 03 meses CARGA HORÁRIA- 2000 horas, sendo 1560 horas presenciais e 440 horas não presenciais ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DA GESTÃO Número de alunos por turma: máximo de 40, mínimo de 30, podendo chegar a 20, excepcionalmente. Núcleos: 5 turmas Exigência para a constituição do Núcleo: mínimo de 150 alunos com matrícula confirmada Constituição de Pólos: 16 núcleos com, no mínimo, 2400 alunos com matrícula confirmada BH – meta 1ª etapa de matrícula- 3200 jovens
ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS
Carga Horária Semanal ao longo das 6 UFs
CURRÍCULO O currículo do ProJovem Urbano organiza-se em três ciclos, cada um composto por duas Unidades Formativas. Além disso, a cada Unidade corresponde um eixo estruturante. 1º Ciclo · Unidade Formativa I - Juventude e Cultura · Unidade Formativa II - Juventude e Cidade 2º Ciclo · Unidade Formativa III – Juventude e Trabalho · Unidade Formativa IV - Juventude e Comunicação 3º Ciclo · Unidade Formativa V - Juventude e Tecnologia · Unidade Formativa VI – Juventude e Cidadania
CURRÍCULO INTEGRADO FORMAÇÃO BÁSICA Ciências Humanas Língua Portuguesa Inglês Matemática Ciências da Natureza Informática QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL INICIAL Formação Técnica Geral - FTG 23 Arcos Ocupacionais- 03 em BH – Alimentação – Turismo e Hospitalidade e Esporte e lazer PARTICIPAÇÃO CIDADÃ Participação Cidadã
A AVALIAÇÃO O sistema de avaliação do ProJovem Urbano combina a avaliação formativa processual e a avaliação externa Avaliação Formativa Apropriação da temática trabalhada: fichas e provas Sínteses interdisciplinares, POP, PLA (fichas) Desenvolvimento de habilidades básicas Avaliação Externa Diagnóstica Avaliações interciclos Exame final
Instrumentos que compõem a avaliação formativa PROVAS DAS UNIDADES FORMATIVAS São 06 provas, uma ao final de cada Unidade Formativa As provas são corrigidas e têm sua pontuação lançada no sistema pelo CAED/UFJF B) FICHAS DO CADERNO DE REGISTRO DE AVALIAÇÃO São 11 fichas por Unidade Formativa: Ficha 1: Ciências Humanas Ficha 6: Qualificação Profissional Ficha 2: Língua Portuguesa Ficha 7: POP Ficha 3: Inglês Ficha 8: Participação Cidadã Ficha 4: Matemática Ficha 9: PLA Ficha 5: Ciências da Natureza Ficha 10: Sínteses Interdisciplinares Ficha 11: Habilidades Básicas Os pontos das fichas são lançados no sistema pela Coordenação local
Distribuição de pontos no ProJovem Urbano
Avaliação Externa de Alunos A) - Avaliação Diagnóstica: início das aulas B) - Exames Nacionais 1. Exame Nacional ao final do 1º ciclo 2. Exame Nacional ao final do 2º ciclo 3. Exame Final Nacional Externo: 1ª e 2ª chamadas, obrigatório para certificação final do aluno.
CERTIFICAÇÃO A) CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL Os alunos deverão obter, pelo menos, 1100 pontos (50%) na soma dos resultados da avaliação formativa com os pontos obtidos no exame final nacional externo. Além disso, os alunos deverão apresentar o mínimo de 75% de freqüência às aulas. B) CERTIFICAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL INICIAL Os alunos deverão obter, pelo menos, 50% do total de pontos distribuídos na Qualificação Profissional, ou seja, 102 pontos. Além disso, os alunos deverão apresentar o mínimo de 75% de freqüência às aulas.
Diretores/Apoios Locais Formadoras/ Formadores FORMATO DO ACOMPANHAMENTO E FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA Coordenação Nacional do ProJovem Urbano ASPED COPPE/UFRJ FUNDAR Entes Federados (Municípios Estados e DF) Coordenadores/ Diretores/Apoios Locais Instituições Formadoras/ Formadores EDUCADORES
GESTÃO E EXECUÇÃO áreas de governo envolvidas. Governo Federal: Intersetorialidade – gestão compartilhada com as áreas de governo envolvidas. Governo Federal: Secretaria Nacional de Juventude da SGPR Ministério da Educação Ministério do Trabalho e Emprego Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO Comitê gestor Municipal ou Estadual Intersetorialidade Comitê gestor Municipal ou Estadual Coordenação Municipal ou Estadual Organização de Pólos Organização de Núcleos Organização de turmas