RELAÇÕES DA PEDOLOGIA COM A FERTILIDADE DO SOLO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CONHECENDO O SOLO GEOGRAFIA.
Advertisements

GENESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS SOLOS BRASILEIROS
Aluno: Bruno Mena Barreto Bastos
Microrganismos do Solo e o
ACIDEZ E CALAGEM DO SOLO
O Solo do Ponto de Vista Físico do solo de maior interesse agronômico
Textura e Estrutura do Solo
Características do processo de troca
Adubação de pastagens Prática difícil e controvertida
Regeneração de nutrientes
Nutrientes: fósforo Curso EPAMIG Prof. Dr. José Fernandes Bezerra Neto.
Relação Solo - Planta.
Potássio.
NITROGÊNIO.
FÓSFORO.
Acidez do solo e calagem
Microrganismos do solo e o ciclo do carbono
DISCIPLINA: GESTÃO AMBIENTAL
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS
Solo – Definição e Perfis
Alteração e Perfis de Solo
 Absorção, translocação e redistribuição
OS TIPOS DE SOLOS.
O solo como fornecedor de nutrientes
Matéria orgânica: Responsável por uma adequada estrutura do solo.
Composição das Plantas
RELAÇÃO DA MINERALOGIA DA FRAÇÃO ARGILA COM ATRIBUTOS DO SOLO
Professor: José Tiago Pereira Barbosa
Características químicas do solo
DETERMINAÇÃO DO pH DO SOLO
Métodos gerais de análise
QUÍMICA DESCRITIVA.
Capítulo 2: Origem e Formação
UNIDADE 2 – NA ATMOSFERA DA TERRA: RADIAÇÃO, MATÉRIA E ESTRUTURA
Professor: João Claudio Alcantara dos Santos
Professor: José Tiago Pereira Barbosa
SOLOS 1. Conceito 2. Formação 3.Composição 4. Tipos 5. Agricultura
pH Disciplina: Solos MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO IF – SUL – RIO - GRANDENSE
INTEMPERISMO Jaboticabal - SP Fonte: Decifrando a Terra.
Minerais de argila do solo
CLASSIFICAÇÃO DO SOLO E RELAÇÃO COM A PAISAGEM
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO SOLO
SISTEMA SOLO É composto por três fases bem distintas: sólida, liquida e gasosa Fase sólida e líquida fonte imediata e reservatório de nutrientes Fase gasosa.
Centro de Ensino Superior do Amapá
Profª Me. Jaqueline M. Della Torre Martins
Capítulo 10 – Solo UNIDADE II – GEOGRAFIA FÍSICA E MEIO AMBIENTE
Processos de formação do solo
Luciane Costa de Oliveira
SOLOS COLÉGIO AGRÍCOLA DE VERANÓPOLIS Solos e Manejo de Solos
Matéria Orgânica dos Solos
PEDOLOGIA.
Propriedades Físicas dos Solos
Os solos e a agricultura
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE E EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES
Nutrientes de plantas e conceitos básicos sobre fertilidade do solo
Ciências Naturais – 8.º ano
ANÁLISE QUÍMICA DE TERRA EXTRATORES
Luciane Costa de Oliveira
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS SOLOS E SOLOS DO BRASIL.
PEDOLOGIA Formação dos solos.
Fernando Dini Andreote
PEDOLOGIA Fatores de formação SOLO fauna flora Aspectos químicos Aspectos físicos precipitação temperatura elevação declive Profundidade do lençol freático.
REMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS ALTERNATIVAS DE USO DO CALCÁRIO M. Sc
PEDOLOGIA: Formação, Classificação, Tipos de solo e Principais problemas.
FERTILIDADE DO SOLO 1 - INTRODUÇÃO
Intemperismo, Movimentos de massa, formação dos solos
Interação nutriente - solo
ACIDEZ DO SOLO Introdução
Equílibrio Químico.
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ANTÔNIO ALADIM DE ARAÚJO PIBID DE GEOGRAFIA 2016 OFICINA A GEOGRAFIA APRESENTA OS SOLOS DO BRASIL Bolsistas: Artur.
Transcrição da apresentação:

RELAÇÕES DA PEDOLOGIA COM A FERTILIDADE DO SOLO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL CURSO DE AGRONOMIA FERTILIDADE E FERTILIZANTES RELAÇÕES DA PEDOLOGIA COM A FERTILIDADE DO SOLO Prof. Anamari V. A. Motomiya

SOLO “Massa natural que compõe a superfície da Terra, que suporta ou é capaz de suportar plantas”. “Coleção de corpos naturais que contém matéria viva e é resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha, cuja transformação em solo se realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo de relevo”.

Pedologia: (pedom = solo) sub-área da ciência do solo que se preocupa em estudar a origem, evolução e classificação do solo. Fertilidade do Solo: sub-área da ciência do solo que se preocupa com a habilidade do solo em fornecer nutrientes às plantas.

Termos usados em Pedologia Ácrico: C: solo pobre ( V% e  retenção de cátions) RC 1,5 cmolc/kg de argila Álico: solo bastante pobre com alta saturação por Alumínio M ou Al%  50% Distrófico: Solo pouco fértil (baixa saturação por bases) V%  50% (do ponto de vista pedológico , na cama da subsuperficial) Eutrófico: solo bastante fértil (alta saturação por bases) V%  50% (na camada subsuperficial) Textura: designa a proporção relativa das frações argila, silte e areia do solo. Estrutura: combinação ou arranjo das partículas primárias do solo em partículas secundárias, unidades ou peds.

SOLOS TROPICAIS Oxissolos (latossolos) Ultissolos ( argissolo distrófico V% < 50% Hor. B) Alfissolos ( argissolo V% > 50% Hor. B + Nitossolo) Entissolos (Neossolo+ Litossolo) Inceptissolos (cambissolos)

Fatores de formação Solo= f(clima, material de origem, relevo, organismos, tempo) Rochas diferentes x climas diferentes = solos T e U regulam a velocidade e o tipo de intemperismo das rochas e o crescimento de organismos T e U: intemperismo físico intenso (regiões áridas) T e U: Intemperismo químico, alteração da composição química do material de origem. Percolação de alguns elementos  solos diferentes. 10C  dobra a velocidade da reação química. Mesma latitude  diferentes altitudes  diferentes solos.

Ação do material de origem Predominância de rochas ígneas SiO2; Al2O3; Fe2O3. FeO; CaO (+abundantes) SO3 e P2O5 ( - abundante) Argilas 1:1  adsorção de fósforo Solos tropicais – pH baixo Solos temperados – pH em torno de 7

Ki = SiO2/ Al2O3 + Fe2O3 Kr= SiO2/Al2O3 Ki ~2,0 : Minerais de argila 1:1 Ki < 1,8: Argila 1:1 + Al-amorfo + Gibsita

SOLUÇÃO DO SOLO Nutrientes na fase sólida e na fase líquida: equilíbrio dinâmico. REAÇÃO DO SOLO avaliada pelo pH Solos ácidos, neutros e alcalinos Ideal: ligeiramente ácido a ligeiramente alcalino

RETENÇÃO E TROCA DE CÁTIONS Excesso de carga elétrica nas partículas sólidas CTC expressa em mmolc/dm3 ou cmolc/dm3 Série liotrópica: Ca  Mg  K  Na MO, argilominerais, óxidos de Fe e Al, alofanas  troca de íons Cargas permanentes  argilas 2:1  SI

RETENÇÃO E TROCA DE CÁTIONS Cargas dependentes de pH  MO, ct, Hm, Gt, Gb  reação do solo PCZ CTC a pH 7  cargas permanentes e dependentes de pH CTC ct = 10 cmolc/dm3 ; CTC MO = 200 – 400 cmolc/dm3

ADSORÇÃO DE FOSFATOS E SULFATOS Reação P + Fe, Al e Ca na solução do solo ou na superfície dos minerais (Figura) Ligação covalente Baixa solubilidade dos compostos de P Psolução  Plábil  Pnão lábil

P solução: P lábil: 10-30 % do P aplicado Imediatamente disponível Suprimento futuro Ca-fosfatos metaestáveis P não lábil P solução P lábil

PROCESSOS BIOLÓGICOS ENVOLVENDO O NITROGÊNIO imobilização ( C/N) Mineralização ( C/N)

Mineralização ( C/N) 1) aminização – microorganismos heterotróficos Norgânico  R-NH2 + CO2 + outros produtos + energia

Mineralização ( C/N) 2) amonificação - microorganismos heterotróficos R-NH2 + H2O  NH3 + R-OH + energia NH3 + H2O NH4 + OH- 2NH4+ + 3O2  2NO2- + 2H2O + 4H+ (Nitrossomonas) 2NO2- + O2  2NO3- (Nitrobacter)

Desnitrificação ( U): NO3-  N2O ou N2

MOBILIDADE DOS NUTRIENTES Raízes: 1% do volume do solo Imóvel: P Pouco movéis: Zn, Cu, Fe, Mn, Mo Moderadamente móveis: K, Ca, Mg, N-amoniacal Móveis: N-nítrico, Cl, S-sulfato, B Nutrientes pouco móveis: disponibilidade elástica Nutrientes relativamente móveis: disponibilidade inelástica

ABSORÇÃO E DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES Processo de absorção é função da concentração e mobilidade do nutriente Interceptação radicular (Ca, Mg) Fluxo de massa (N, S, Ca, Mg, K) Difusão (P, K) (Tabela) Disponibilidade: nutriente na solução + fração da fase sólida que pode passar à solução e ser absorvida pelas plantas.