CITOLOGIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA, Vera Vargas 2012.

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Transcrição da apresentação:

CITOLOGIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA, Vera Vargas 2012

Do que se trata a disciplina de Citologia, Histologia e Embriologia e o que estudaremos? Qual a importância desse estudo e qual a relação com as outras ciências? Como é preparado o material de estudo das aulas práticas? Que tipo de equipamentos serão utilizados? Como iremos interpretar as imagens visualizadas?

“Cito” – “Kútos”(grego), cytos (latim) = cavidade, célula Citologia “Cito” – “Kútos”(grego), cytos (latim) = cavidade, célula Morfologia, desenvolvimento e funções das células e dos componentes celulares

Histologia “histos” (grego) – tecido - “tissu” (francês) - tecido

Histologia Estudo da estrutura microscópica, da composição e das funções dos tecidos, órgãos e sistemas.

História Bichat (1771-1802), pioneiro da histologia, pai da histologia moderna Sem o uso de microscópio, examinou mais de 600 corpos e identificou 21 tipos de tecidos humanos Com o uso do microscópio 4 tecidos básicos

“Embrio” – émbruon (grego) – brotar, crescer com abundância; Embriologia “Embrio” – émbruon (grego) – brotar, crescer com abundância; Desenvolvimento do ser vivo desde a fecundação até o final do estado embrionário, que vai da 3a até a 8a semana, no entanto a embriologia estuda o desenvolvimento do embrião e do feto.

Qual a importância desse estudo e qual a relação com as outras ciências?

Como é preparado o material de estudo das aulas práticas?

Procedimentos básicos em histologia Estudo das células “in vivo” “in vitro” em cortes histológicos Preparação dos tecidos Bloco de tecido Fixação Impregnação Micrótomo – 5 a 10 µm Montagem Coloração Corantes básicos: Eosina Corantes ácidos: Hematoxilina

Preparação dos tecidos Colheita do material - é a obtenção da peça, por biópsia ou necropsia.

Fixador: Formol, líquido de Bouin, etc. Fixação Tratamento que visa impedir a destruição das células por suas próprias enzimas (autólise), ou bactérias. A fixação visa ainda endurecer os tecidos, tornando-os mais resistentes e favoráveis às próximas etapas da técnica histológica. A fixação pode ser feita por processos físicos ou químicos. A fixação química, mais usada em Histologia é o formol e o líquido de Bouin (uma mistura de formol, ácido pícrico e ácido acético). Fixador: Formol, líquido de Bouin, etc.

Desidratação Visa retirar a água dos tecidos, a fim de permitir a impregnação da peça com parafina. Para isto, a peça é submetida a banhos sucessivos em álcoois de teor crescente (ex.: álcool a 70%, 80%, 90% e 100%). Água e etanol (50%) Água e etanol (75%) Água e etanol (80%) Água e etanol (100%)

Diafanização Visa impregnar a peça com um solvente de parafina. O mais usado é o xilol. Etanol e xilol (50%) Etanol e xilol (75%) Etanol e xilol (80%) Etanol e xilol (100%)

Impregnação Tem a finalidade de permitir a obtenção de cortes suficientemente finos para serem observados ao microscópio. Para isso os tecidos devem ser submetidos a banhos de parafina a 60°C, no interior da estufa. Em estado líquido, a parafina penetra nos tecidos, dando-lhes, depois de solidificada, certa dureza. Xilol e parafina/resina (50%) Xilol e parafina/resina (75%) Xilol e parafina/resina (80%) Xilol e parafina/resina (100%)

Inclusão É a passagem da peça que estava na estufa para um recipiente retangular (forma) contendo parafina fundida que, depois de solidificada à temperatura ambiente, dá origem ao chamado “bloco de parafina”.

Microtomia É a etapa em que se obtém delgadas fatias de peças incluídas na parafina, através de um aparelho chamado micrótomo, que possui navalha de aço. A espessura dos cortes geralmente varia de 5 a 10 um (micrômetros). (1 um = 0,001 mm)

Extensão - Montagem da lâmina Os cortes provenientes da microtomia são “enrugados”. Para desfazer estas rugas, são esticados num banho de água a 58°C, e “pescados” com uma lâmina. Leva-se então, à estufa a 37°C, por 2 horas, para que se dê a colagem do corte à lâmina, pela coagulação da gelatina contida na água quente.

Coloração Tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e destacados uns dos outros. a) Eliminação da parafina - banhos sucessivos em xilol. b) Hidratação - é executada quando o corante utilizado é solúvel em água. c) Coloração - os corantes são compostos químicos com determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor, e apresentam afinidade com estruturas básicas ou ácidas dos tecidos. Usa-se hematoxilina, corante básico, que se liga aos radicais ácidos dos tecidos, e eosina, corante ácido que tem afinidade por radicais básicos dos tecidos.

Coloração Os componentes que se combinam com corantes ácidos são chamados acidófilos e os componentes que se combinam com corantes básicos são chamados basófilos. Por exemplo, os núcleos das células, onde predominam substâncias ácidas (DNA), são basófilos, ou seja, coram-se pela hematoxilina (corante básico de cor roxa); por sua vez, o citoplasma, onde predominam substâncias básicas (proteínas estruturais), é acidófilo, corando-se pela eosina (corante ácido de cor rosa). Corantes básicos: Hematoxilina Corantes ácidos: Eosina

Desidratação - visa retirar a água, quando os corantes utilizados forem soluções aquosas, a fim de permitir perfeita visualização dos tecidos, pois a água possui índice de refração diferente do vidro. Para isto usam-se banhos em álcoois de teor crescente. Diafanização - a diafanização é feita com xilol, a fim de tornar os cortes perfeitamente transparentes. Montagem - é a etapa final da técnica histológica, e consiste na colagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte pela umidade do ar ambiente, permitindo então que estas lâminas se mantenham estáveis por tempo indefinido.

Fotomicrografia de cortes histológicos corados por HE – Hematoxilina-Eosina.

Lâminas de tecido ósseo Lâminas ósseas são confeccionadas de duas maneiras Desgaste polimento com lixa Preparação por desgaste. Osso em crescimento, disco de cartilagem.

Que tipo de equipamentos serão utilizados por nós?

Microscopia Óptico Nos microscópios ópticos, as lentes focalizam a luz visível (feixe de fótons).

Microscopia Eletrônica Os microscópios eletrônicos utilizam um feixe de elétrons. A resolução é cerca de mil vezes maior do que a de um microscópio óptico, o que permite a visualização de vírus e macromoléculas como DNA.

Como iremos interpretar as imagens visualizadas?

“Os cegos e o elefante” Poema de Sake

“Eram seis homens do Industão, ao saber muito inclinados, que o elefante foram ver, (apesar de todos cegos) a fim de que, através da observação, pudessem satisfazer suas mentes.

O primeiro acercou-se do elefante E, acontecendo tocar O forte e vasto flanco, Logo começou a exclamar: “Abençoai-me! Mas o elefante a uma parede muito se parece.”

O segundo, sentindo a presa, Gritou: “Oh, o que temos cá tão Redondo, liso e agudo? Para mim está claro, Esta maravilha de elefante É muito parecida com uma lança.”

Os demais versos narram a experiência dos outros quatro cegos e, como cada um tocasse diferente parte do corpo do animal, seu conceito de um elefante diferia muito do outro companheiro.

“Eles eram como jovens microscopistas que estudam cortes simples e imaginam o “todo” a partir de partes simples com muitas falsas concepções. Especialmente se nunca aprenderam A raciocinar em três dimensões.”

Vertical

Fotomicrografia de pele corada pela Gomori. Fotomicrografia de pele corada pelo HE – Hematoxilina – Eosina.

Existem outras técnicas e outras colorações?

Centrifugação Fracionada

Radioautografia de órgãos de ratos que foi injetado com 3H-fucose. Radioautografia de órgãos de ratos que foi injetado com H3-timidina. Fotomicrografia de intestino delgado corado por imunohistoquímica.

Histologia Materiais para aula prática Avental branco Apostila da aula prática Lápis 2b Lápis de cor Borracha, apontador