O USO DAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA PROFa. Dra. ANDREA SERPA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE serpa32@hotmail.com andreaserpauff@gmail.com www.andreaserpauff.com.br

Alguns princípios... Aprender a fazer: o trabalho como princípio educativo; Aprender a aprender: a pesquisa como princípio educativo; Aprender a ser: a identidade como princípio educativo; Aprender a conviver: o “outro” como princípio educativo;

O TRABALHO COMO PRINCÍPIO... Aprendemos fazendo e pensando sobre o que fazemos; Resolvendo problemas reais buscamos conhecimentos reais; “Trabalhinhos” formam pessoas “inhas”. Trabalho é onde o sujeito se produz, onde ele se apropria do mundo, o transforma e se transforma; Transformamos o mundo e nos transformamos pelo uso das tecnologias;

REVISTA ELETRÔNICA TÔ DE OLHO http://www.portaldobrinquedouff.com.br/ Tudo teve início em uma sala de aula do ensino fundamental quando as crianças tiveram a ideia de mostrar para o mundo suas experiências e descobertas sobre as coisas que aprendiam e viviam em seus cotidianos. A ideia conquistou outras escolas e outras turmas de crianças, que se tornaram redatores, repórteres, fotógrafos, ilustradores ao tempo em que experimentavam o passo a passo da produção da revista. As matérias, as imagens o jeito de escrever e organizar a escrita, a estética e a poética são produções das crianças, cujas idades variam entre 8 e 18 anos

A PESQUISA COMO PRINCÍPIO... O Conhecimento produzido em redes rompe barreiras de tempo e espaço; Conhecer não é colecionar informações: conhecer é saber buscar, selecionar, relacionar, refletir e estabelecer usos para a informação; As crianças e adolescentes são consumidores de tecnologia, a educação precisa transformá-los em usuários competentes da tecnologia: não basta “saber mexer” é preciso qualificar o uso, o tempo, as informações obtidas; Na escola transformamos: consumidores em produtores

IDENTIDADE COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO... Crianças e Jovens do século XXI são crianças e jovens do século XXI estudando em uma escola que espera que fossem do século XVIII; Compreender os tempos e espaços dos nossos alunos nos ajuda a compreender suas lógicas e seus processos de aprendizado; A escola precisa parar de se colocar atrás do processo de desenvolvimento e assumir a dianteira; Quem é o sujeito que formamos? Quem queremos formar? Para que mundo?

“O aluno Leonardo que eu chamei a minha mesa e estava fazendo um trabalho com ele e chegou uma mãe e a mãe perguntou pra mim: “ – Aline ele não reconhece as letras do nome?”. Era justamente o nome que ele estava montando. E eu falei “ – Não ele não está reconhecendo, ora ele escreve o nome sem apoio, mas inverte tudo e ora ele consegue escrever com apoio e mesmo com apoio tem dias que ele não escreve.” E a mãe falou: “ – Engraçado eu já encontrei com ele na Lan House e ele mexe nos computadores, ele joga nos computadores da lan house...e como Aline, que ele não está aprendendo a ler?” Eu falei : “ – É eu também estou me perguntando, agora a senhora trouxe uma coisa que eu não tinha conhecimento, e eu mais do que nunca me pergunto, porque o Leonardo não está aprendendo a ler?” E é uma coisa que eu tenho me defrontado desde que a mãe do Fernando comentou isso comigo. Que eu até comentei de pegar o teclado do computador para ver se ele joga, se ele esta familiarizado com aquele teclado e começar a perguntar para ele o que tem no teclado...sei lá partir daquele teclado ali que ele acessa sempre, que ele tem acesso aquele teclado e tentar fazer alguma nova experiência com ele, já que eu não tenho dado conta, com as coisas que eu tenho feito em sala com ele …”

O OUTRO COMO PRINCÍPIO... O Trabalho, a pesquisa e a construção da identidade são processos coletivos; A tecnologia é ideológica e vem sendo utilizada – especialmente pela mídia - para fortalecer os valores do consumo, do individualismo, do descarte, da alienação, da desumanização e aculturação do mundo; Na escola a tecnologia pode e deve ser usada para a produção de conhecimento, interação, humanização e construção de identidades coletivas.