O Profissional Quem deve ser o profissional? Qual perfil ele deve ter?

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Transcrição da apresentação:

A ATIVIDADE JORNALÍSTICA E O SUPORTE DIGITAL: O PÚBLICO, O PROFISSIONAL E O ESPAÇO DE ATUAÇÃO. 

O Profissional Quem deve ser o profissional? Qual perfil ele deve ter? Qual deve ser a formação ? Ele precisa ter formação ? Que habilidades ele deve ter ?

Antes de responder... O jornalista tem como dever apurar fatos, juntar informações , entre outras funções , para apresentar como resultado final de seu trabalho a notícia.

Valores notícias É uma questão complexa. Há várias definições sobre o assunto. De modo geral pode se dizer que trata-se de um conjunto de critérios que fazem com que um assunto deixe de ser apenas um fato, para entrar em um universo dito simbólico, o que chamamos de notícia.

Valores notícias Apresento alguns valores notícias identificados por Traquina, 2008. Relevância, novidade e tempo; Traquina (2008) cita dois grupos que seriam levados em consideração para produção de notícias. Seriam eles os critérios substantivos e contextuais.

Valores substantivos e contextuais Os substantivos seriam aqueles que dizem respeito à avaliação direta do acontecimento em termos da sua importância ou interesse como notícia e os contextuais os que dizem respeito ao contexto da produção da notícia em si. (Wolf, 1987 in Traquina, 2008, p.78)

Valores substantivos notoriedade do personagem; proximidade em termos culturais e geográficos; relevância do assunto; novidade da informação e; tempo que poderá manter-se em destaque.

Valores substantivos Notabilidade (inversão , o contrário do normal),; Inesperado (aquilo que surpreende a expectativa da comunidade jornalística); Conflito ou controvérsia (violência física ou simbólica entre partes concorrentes); Infração (violação ou transgressão de regras); Escândalo (dá ao jornalista o papel de “cão de guarda” das instituições democráticas) (Traquina, 2008, p.83-85)

Valores contextuais O contexto da produção: disponibilidade (facilidade com que é possível fazer a cobertura do acontecimento); equilíbrio (quanto sobre o assunto já foi publicado); visualidade (o que de imagem há para ilustrar a matéria); concorrência (o que os concorrentes estão dizendo sobre o assunto) e; dia noticioso (quantidade de assuntos noticiáveis do dia). (Traquina, 2008, p.89).

Voltemos ao profissional... Terá de ser o dito profissional completo, com salário nem tão completo; No meio on-line terá de viver se atualizando sobre novas tecnologias que facilitem seu trabalho e o contato com o público; No mínimo ler e compreender um idioma a mais que o materno; Ser capaz de operar softwares para conteúdo multimídia.

Ainda o profissional Ser capaz de ler e entender o que leu; Ter raciocínio rápido para poder publicar seu material com a maior rapidez sem perder a precisão, afinal, ambas devem estar lado à lado. Ter suas fontes, sejam pessoais, sejam on-lines.

Grana curta... Onde buscar qualificação em tempos de “pouco dinheiro”? Algumas sugestões para qualificação gratuita: Knight Center de Austin Texas; Fundação Getúlio Vargas; Instituto Luther King; Universidades federais e estaduais (Dourados tem as duas...)

Grana curta 2 Leitura de livros da área e de áreas de interesse e de atuação. Onde encontrar? Domínio Público; Universidades; Youtube Redes Sociais; Participar de cursos do Governo

Qualificação Na atualidade, as universidades ainda são a melhor forma de se obter conhecimento teórico e prático sobre a profissão. E quem não tem faculdade na cidade ou na região? Nota: não se pode generalizar, cada caso é um caso e deve ser analisado separadamente, porém, quem tiver como estar em uma universidade, deve fazê-lo.

Qualificação 2 Facilidades atuais: Particulares: ProUni; Fies; Outros financiamentos; Incentivos dos Municípios e do Estado (transporte, alimentação, moradia, bolsas, etc...)

Qualificação 3 Púbicas Bolsas de iniciação científica Gratuidade Estágios (nas particulares também) OBS: Dourados terá jornalismo na UFGD nos próximos anos e já possui a Unigran, a melhor do Centro-oeste.

Nas redações versus na faculdade Ninguém vai te ensinar, afinal, você é um concorrente em potencial; Discussões como estas que fazemos em sala, sobre certo e errado (se é que eles existem), não acontecem em redações; A hierarquia de uma redação muitas vezes te restringe à atuar como “máquina” que cumpre horário, escreve a pauta que te ordenaram na única editoria que te deram. Sua criatividade é mecanizada.

Nas redações versus na faculdade 2 O Mercado exige um profissional PRONTO, se você não sabe, das duas uma ou as duas: -Será taxado de incompetente; -Será demitido para dar lugar à outro; Suas chances de progressão funcional não aumentam muito Quando não se é formado e no atual patamar jurídico da profissão, se você não tiver a carteira de jornalista profissional terá o incômodo “jornalista decisão STF” para te definir como profissional

Espaço de atuação O jornalismo on-line está presente seja como fonte, seja como atividade fim em: Rádios TVs Jornais Revistas Assessorias Sites institucionais E-comerce

Espaço de atuação 2 Salas de aula Pesquisas Plataformas tecnológicas (celulares, tablets, portáteis em geral...)

Suporte digital A Internet facilitou o serviço jornalístico, isso é fato. Porém, as fontes da Internet nem sempre são confiáveis. Declarações em redes sociais devem ser usadas com cuidado e pesadas na balança, como veremos na nossa próxima aula...

Jornalismo de Interior a) Tendência de alinhamentos de forças políticas no exercício do poder; b) Em geral muitas redações de jornais do interior sofrem com a falta de profissionais qualificados, inclusive jornalistas práticos sem formação acadêmica; c) Característica predominantemente de mercado, ou seja, em sua maioria os órgãos informativos tendem a ser rentáveis. Em muitos casos, ocupa a maior parte do espaço impresso em relação ao número de notícias publicadas, acarretando uma cobertura inexpressiva de alguns assuntos. (PERUZZO, 2002, p. 19-20)

Jornalismo de Interior Porém, é preciso contextualizar a comunicação local/regional no Brasil, que tem como herança o sonho dos militares brasileiros de integração nacional, sob o qual começaram a interiorizar os meios de comunicação a partir da Rede Globo de Televisão (Peruzzo, 2005, p.03)

Não que o jornalismo no interior não existisse, pelo contrário, os diários interioranos já existiam em boa parte deles. O que ocorre é que os militares criaram uma cultura em que o global se sobrepunha ao local, que a partir dali teria menos espaço (no caso da TV por conta dos eixos de produção)

A esperança era a Internet ou é a Internet? Na prática, o jornalismo [regional] local vem revelando algumas tendências. Os laços políticos locais tendem a ser fortes e a comprometer a informação de qualidade. É comum a existência de tratamento tendencioso da informação e até a omissão de fatos, em decorrência de ligações políticas com os detentores do poder local e dos interesses econômicos de donos da mídia. Claro que não se trata apenas de um problema da imprensa regional, mas nela parece que essas relações se tornam mais explicitas, justamente porque as possibilidades de confronto entre o fato e sua versão, por parte do leitor, são mais fáceis de acontecer. (Peruzzo, 2005, p.07)

O que podemos fazer para tornar o jornalismo on-line de interior uma forma diferenciada de meio de comunicação, o diferenciando dos meios tradicionais?

Melhores profissionais revolverão os problemas apresentados? Qual será nosso papel no futuro na ordenação do aparente caos de informações que é a Internet? Há motivos para temer a crescente onda do “faça você mesmo” suas notícias?

E não percam na próxima aula: Apuração e pesquisa: as rotinas produtivas e a credibilidade das fontes no jornalismo on-line.

Bibliografia PERUZZO, Cicília. Mídia local, uma mídia de proximidade. In Comunicação Veredas: revista do programa de pós-graduação em comunicação. Marilia, nº 2, p. 65-89, novembro, 2003.