Registo de acreditação: CCPFC/ACC-77763/14

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Transcrição da apresentação:

Registo de acreditação: CCPFC/ACC-77763/14 Geografia Rural I – Início e diversificação. Registo de acreditação: CCPFC/ACC-77763/14 Componente Teórica Conteúdos do Curso de Formação: Introdução: A Ruralidade, da produção material ao consumo do imaterial. 1. Principais centros de difusão e diversidade dos sistemas produtivos agrícolas, pastoris e agro-pastoris na apropriação dos territórios no mundo Antigo. 2. A génese do mercado mundial de produtos agrícolas e a diversificação de culturas.

1.Conteúdos: 1. Principais centros de difusão e diversidade dos sistemas produtivos agrícolas, pastoris e agro-pastoris na apropriação dos territórios no mundo Antigo. 2.Objectivos da sessão: avaliar o merecimento das teorias que explicam o início das práticas agrícolas expor o processo que levou ao aparecimento de espécies domesticadas. - explicar a necessidade da complementaridade das actividades agrícolas, criação de gado, caça e recolectoras nos primórdios da sedentarização humana.

.Organizador prévio: Será realizada uma apresentação sintética dos principais aspectos que caracterizam os modos de vida e a agricultura, no mundo antigo, na Europa do Norte e a bacia Mediterrânea. Antes de caracterizar este espaço será exposta uma ideia que venha a facilitar a compreensão dos seus sistemas agrários específicos, explicitando para esse efeito o conjunto essencial das características do meio e das mais importantes escolhas humanas para a sua exploração. Conforme a apresentação for decorrendo é importante que seja prestada atenção, aos sistemas agrários e, em particular, à origens das plantas domesticadas e respectivas técnicas de cultivo, à domesticação de animais, ao papel atribuído à prática agrícola, à organização, funcionamento e transformações que se vão sucedendo nas diferentes agriculturas e ainda à diversidade geográfica das mesmas.

Há menos de 10000 anos, os primeiros sistemas de cultura e de criação de animais apareceram na época neolítica, nalgumas regiões pouco numerosas e relativamente pouco extensas. As primeiras formas de agricultura eram, com certeza, praticadas junto das habitações e sobre aluviões resultantes da baixa das águas dos rios, isto é, em terras já fertilizadas e que não exigiam muito arroteamento.

Europa do Norte e a bacia Mediterrânea Bloco A - Mundo antigo Das origens do Egipto ao fim do Império romano do ocidente (395 dC). Revolução agrícola neolítica Recolecção Domesticação de Espécies Centros irradiantes

A agricultura neolítica espalhou-se através do mundo sob duas formas principais: 1º Os sistemas de criação de gado pastoril; (Os sistemas de criação de gado pastoril estenderam-se nos meios ervosos onde os animais podiam pastar directamente e mantiveram-se até aos nossos dias nas estepes e nas savanas de diversas regiões, na Eurasia Setentrional, na Ásia Central, ou no Próximo Oriente, no Sara, no Sahel, nos altos Andes, etc.)

A agricultura neolítica espalhou-se através do mundo sob duas formas principais: 2º Os sistemas de cultura em terrenos de florestas abatidas-queimadas Os sistemas de culturas sobre os terrenos desflorestados-queimados deram lugar a numerosos sistemas agrários pós-florestais, muito diferenciados, de acordo com o clima, o que está na origem de series evolutivas distintas e relativamente independentes umas das outras.

“Os sistemas de cultura em terrenos desflorestados-queimados conquistaram progressivamente a maior parte das florestas temperadas e tropicais, onde se perpetuaram durante séculos, e mesmo milénios, e ainda perduram em certas florestas da África, da Ásia e da América Latina. Desde essa época pioneira, na maior parte das regiões originalmente cobertas de florestas, o aumento da população conduziu ao desflorestamento e até, em certos casos, à desertificação.” MAZOYER, M

Progressão da Agricultura (Europa) 1- Balcãs, Europa Central e Oriental (clareiras temporárias na floresta) 2- Mediterrâneo e Europa Ocidental (difusão por mar) 3- Báltico Ocidental

- a agricultura teve início anterior à era dos metais (2500 a. C - a agricultura teve início anterior à era dos metais (2500 a. C.), atenção ao facto de na Ásia Ocidental se encontrarem vestígios do uso de metais no 4º milénio a. C. - os produtos cultivados (origem na Ásia) são essencialmente cereais (trigo, painço, centeio, milho miúdo, e cevada) e leguminosas (ervilhas e favas), com criação de carneiros e cabritos, por vezes porcos. - práticas agrícolas posteriores às desenvolvidas na Palestina, Síria e Mesopotânia. - O arranque da agricultura terá acontecido na mesma altura no vale do Nilo. - Após o 2º Milénio a. C. o arado difunde-se na Europa. - Á prática do pousio terá iniciado em meados do 1º Milénio a. C., desenvolvendo-se desde esta altura a cultura do trigo, a vinha e a oliveira. (trilogia Mediterrânea) (grandes domínios romanos).

Desenvolvimento do sentido de posse (propriedade) “O direito de uso (privado) de uma família sobre as parcelas que lhe foram atribuídas, direito de arrotear, de cultivar e de recolher os frutos do seu trabalho, extingue-se com a ultima recolha, após o que a terra abandonada ao baldio arborizado de longa duração volta ao domínio comum. Esse direito de uso temporário tende a tomar-se um direito de uso permanente quando as plantações perenes [café, cacau, hévea ou seringueira (árvore da borracha). ..] estão instaladas ou ainda quando, pelo facto de a população aumentar ou de uma parte das terras se degradar, a duração do baldio se reduzir a ponto da exploração de um terreno pela mesma família tender a tomar-se continua. Mas nesse caso, já não se trata de culturas temporárias que alternam com um baldio de longa duração. Acrescentemos que, quando uma boa parte das terras é submetida a um direito de uso permanente, e que os baldios temporários cultiváveis se tomam raros, o direito de cultivar cada parcela de terreno é cada vez mais racionado e rigorosamente devolvido a esta ou aquela família, de forma que a cedência desse direito a um terço se traduz por uma falta de rendimentos que exige uma compensação, isto é, de facto o pagamento de uma renda anual predial: uma «renda» se a cedência desse direito de uso for temporária, uma «venda» se a cedência for definitiva. Ao tomar-se uma mercadoria, essa terra converte-se também num objecto de posse publicamente reconhecida.” MAZOYER, M

Sistemas agrários de pousio e cultura atrelada ligeira fraca capacidade produtiva, contingentes populacionais reduzidos. Hortus, saltus, ager, silva, (funções específicas) - Arado (problema da lavoura) O Mundo Romano , contributos: - o ager diminui em favor do hortus e do saltus - Latifundismo, trabalho por escravos Leis agrárias - ager publicus, sua divisão Leis frumentárias (distribuição de cereais pela plebe) - os produtores na Europa dedicavam-se sobretudo à criação de gado, árvores de fruto e legumes. - Importação de cereais do Egipto (mais baratos). - Transformação de camponeses em soldados. Fim do Baixo Império - vínculos à terra, villas, defesa e leis próprias

Arroteamentos A terra arroteada e a terra nova, conquistada a natureza virgem por desflorestacão, desbaste do mato, drenagem, etc. Arroteamento é pois sinónimo de desbravamento. O fenómeno dos grandes arroteamentos representa o aspecto mais espectacular da revolução agrícola dos séculos X a XIII, a qual constitui por sua vez, incontestavelmente, o acontecimento mais importante da história europeia até á Revolução Industrial dos séculos XVIII-XIX. Até cerca do ano 1000, com efeito, a Europa manteve-se numa situação de grande depressão económica: a produção, muito frequentemente insignificante e sujeita a inúmeros factores aleatórios, mostrava-se incapaz de acompanhar o ritmo natural do crescimento populacional, provocando uma subnutrição endémica que frequentemente atingia a fome, elevadas taxas de mortalidade latente e um quadro geral de penúria desfavorável ao desenvolvimento das restantes actividades humanas (comercio, artesanato, etc.). Foi sem duvida o alargamento das superfícies cultivadas que permitiu o desbloqueamento do sistema e suscitou o arranque inicial da economia europeia. Os arroteamentos não foram certamente o único factor desta expansão; outros progressos, particularmente no domínio das técnicas agrícolas (afolhamentos, fertilização, selecção de espécies), exerceram também a sua influencia. Mas foi inegavelmente o trabalho dos desbravadores que constituiu a verdadeira origem do crescimento.

Sistemas agrários de pousio e de cultura atrelada pessada Bloco B – Idade Média dos reinos bárbaros até à queda do Império Romano do Oriente. inicia-se com a partilha do Império Romano em 395 d. C. termina com a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453 factos: Invasões Barbaras no Ocidente, Queda do Império Romano, Regime feudal (IX-XV/ XI-XIII idade clássica), Cruzadas. Feudalismo (IX a XV)

A ÉPOCA DO CONSUMO AGRÍCOLA DIRECTO (c. 500- c. 1150) Feudalismo e Economia Natural. O Regime Senhorial. O regime senhorial «clássico» Domínio senhorial e domínio jurisdicional

A Agricultura na Alta Idade Média Formas de parcelamento e sistemas agrícolas Agricultura e criação de gado A exploração agrícola Bosques e terrenos comunitários Referências demográficas: Ano 1000 a 1300 – Expansão agrícola: grandes arroteamentos, utensílios de Ferro (regime feudal) Ano 1300 a 1500 – tempo da catástrofes, fomes, epidemias, guerras. Declínio da produção. (diminuição da população)

Sistema agrário de pousio e cultura atrelada pesada (revolução agrícola da Idade Média na Europa) Atrelagem, coleira rigida O Cavalo, atrelagem, ferraduras A Charrua/grade Afolhamento trienal Esta inovações permitem pela primeira vez, um crescimento substancial da população, diferenciando-se o continente Europeu, dos crescimento de outras regiões (expecto Ásia das monções, orizicultura)

Síntese final e antevisão 1 Nas regiões temperadas da Europa, Sistemas pós-florestais que, de revolução em revolução agrícola, conduziram aos sistemas actuais. A revolução agrícola antiga deu nascimento a sistemas de cerealicultura pluvial de pousio, com pastagem e criação de gado associadas, nas quais se utilizavam ferramentas manuais como a pá de cavar e a enxada, e um instrumento de cultura atrelada ligeira, o arado. Alguns séculos mais tarde, na metade norte da Europa, a revolução agrícola da Idade Media central fez nascer os sistemas de pousio e cultura atrelada pesada, com a charrua e a carroça.

Síntese final e antevisão 2 Depois, do século XVI ao XIX, a primeira revolução agrícola dos tempos modernos criou os sistemas de culturas cerealiferas e forrageiras sem pousio. Após as grandes descobertas, os sistemas europeus enriqueceram-se, por outro lado, com as plantas vindas da América (batata, milho, etc.), no preciso momento em que se, estendiam as co1ónias de povoamento das regiões temperadas das Américas, da África do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia.

Síntese final e antevisão 3 A última em data da serie evolutiva dos sistemas agrários, das regiões temperadas desenvolvidas, a segunda revolução agrícola dos Tempos Modernos produziu os sistemas motorizados, mecanizados, fertilizados com a ajuda de adubos minerais e especializados de hoje. Milhares de evoluções separadas, por vezes entrecruzadas, produziram desta forma toda uma gama de sistemas agrários, fundamentalmente diferentes e de performances diferentes, que ocupam os diversos meios exploráveis do planeta.