MONITORAMENTO OCUPACIONAL

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Análises Toxicológicas
Advertisements

EFEITOS BIOLÓGICOS DO MERCÚRIO E SEUS DERIVADOS EM SERES HUMANOS
IMPACTO AMBIENTAL DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO AR, ÁGUA E SOLO
MONITORIZAÇÃO O que é? Quais os tipos? Conceitos (CCE, OSHA, ACGIH):
RISCOS QUÍMICOS ÍNDICE GERAL CONCEITOS E DEFINIÇÕES
NEFROPATIAS ASSOCIADAS À EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
SOLVENTES ORGÂNICOS Solventes são substâncias orgânicas, líquidas e voláteis, que pertencem a diversos grupos químicos. São utilizados para extrair, deslocar,
Curso de Especialização em Engenharia e Segurança do Trabalho
Para muitos brasileiros, festa é sinônimo de cerveja
PROPRIEDADES DE ALGUNS PRODUTOS QUÍMICOS
COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL
Pilhas e baterias 11 de dezembro de 2008.
NEFROTOXICOLOGIA.
TOXICOLOGIA: histórico
MEIO AMBIENTE Um sistema no qual interagem fatores de ordens físicas, químicas, biológicas e socioeconômicas.
ENEM 2008.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL” Dr. Antonio Francisco Godinho
SAÚDE É um estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares,
Metais no organismo humano
Efeito DOS metais Pesados na saúde
Agentes Químicos Mª Filipa Castanheira
Dr. Guilherme Augusto Pulici
TABAGISMO.
Francesca Werner Ferreira
Fatores que influem na Toxicidade
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA
Agentes tóxicos e seus efeitos
Prof. Sanderssonilo Santos
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE
Metais pesados.
Toxicologia analítica
TOXICOLOGIA DOS CONTAMINANTES QUÍMICOS
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
METAIS.
Toxicologia e Toxicidade
AÇÕES DO TRABALHO NA FISIOLOGIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
AMONÍACO, saúde e ambiente
Sistema Respiratório.
Transformações de poluentes:
Toxicidade Crónica Aguda.
CONCEITUAÇÃO VIAS DE INGRESSO CLASSIFICAÇÃO José Possebon 18/02/2002
SISTEMA RESPIRATÓRIO.
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS DOS SOLVENTES
Metais pesados Chumbo inorgânico - Saturnismo
Distribuição de uma droga no organismo
ECOTOXICOLOGIA Aula 06 Profª Larissa Comarella.
Guilherme Zanini, Jordana Wendling e Leonardo Staggemeier
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
Características das Análises Toxicológicas Aula Teórico-Prática Profª Larissa Comarella.
SOLVENTES.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TOXICOLOGIA
Jaqueline Sun Mariana Marcelli
Farmacologia da Cannabis sativa
PATOLOGIA ASSOCIADA Á NUTRIÇÃO
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
Contaminação por Mercúrio e Chumbo
Denner Ribeiro Ellen Barbosa Pâmella Kelley Patrícia Vieira
Farmacologia É a ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico.
Introdução à Bioquímica
INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS EM AVES
União de Ensino Superior de Campina Grande Disciplina: Farmacologia
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Escola de Enfermagem - ICBS.
ASPECTOS TOXICOLÓGICOS DO BENZENO
AGENTES QUÍMICOS.
RISCOS QUÍMICOS.
Quando realizar monitoramento biológico de exposição Dr. José Tarcísio Penteado Buschinelli Médico Coordenador de Saúde Ocupacional Unimed - S.O.U. UNIMED.
TOXICOCINÉTICA É o estudo da relação que o toxicante e o
Introdução ao Tema Monitoramento Ambiental e Biológico de Exposições Exposições consideradas excessivas representam risco à saúde dos expostos. Avaliar.
QUÍMICA AMBIENTAL Prof.Ms.Emerson Botelho Prof.Toxicologia e Análises Toxicológicas. UNIPAR –UMUARAMA.
Monitoramento da Exposição a Substâncias Químicas de Interesse Ambiental e Ocupacional Armando Meyer IESC/UFRJ.
Transcrição da apresentação:

MONITORAMENTO OCUPACIONAL

Estratégias MONITORAMENTO BIOLÓGICO: consiste na determinação de biomarcadores nos indivíduos expostos (tecidos, secreções, ar expirado, metabólitos) aos agentes presentes no ambiente de trabalho, para avaliar a exposição e o risco a saúde comparando com referências apropriadas. MONITORAMENTO AMBIENTAL: consiste na medida, dos agentes químicos presentes na atmosfera do ambiente de trabalho para avaliar a exposição ambiental e o risco a saúde comparando com referências apropriadas.

NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL IBMP Índice Biológico Máximo Permitido: é o valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva. VR Valor de Referência da Normalidade: valor possível de ser encontrado em populações não-expostas ocupacionalmente

Indicador biológico Compreende toda substância ou seu produto de biotransformação, assim como qualquer alteração bioquímica precoce cuja determinação nos fluidos biológicos, tecidos ou ar exalado, avalie a intensidade da exposição ao xenobiótico. Conhecimentos: - Toxicocinética - Toxicodinâmica Indicadores biológicos: - de exposição - de efeito - suscetibilidade

Indicadores Biológicos de exposição Substância e/ou seus produtos de biotransformação em fluidos (sangue), excreções (urina, fezes), tecidos, outros (ar exalado, cabelo). Ex.: Chumbo no Sangue, Mercúrio na Urina, Benzeno no Ar exalado, Ác. Fórmico na urina, Chumbo em cabelo, Organoclorados em leite materno

Quadro I da NR-7 Parâmetros para Controle da Exposição Ocupacional a Alguns Agentes Químicos

Quadro I da NR-7 Parâmetros para Controle da Exposição Ocupacional a Alguns Agentes Químicos

Indicadores Biológicos de Efeito Quantificação das alterações biológicas (Bioquímicas, fisiológicas, morfológicas) produzidas pela interação do agente químico com o organismo. Ex.: Atividade da Acetilcolinesterase (organofosforados), carboxihemoglobina (diclorometano), ácido delta amino levulínico (chumbo).

Indicadores de Susceptibilidade São aqueles que indicam a habilidade adquirida ou inerente de um organismo a responder a exposição a um xenobiótico específico, incluindo fatores genéticos e mudanças nos receptores que alteram a suscetibilidade de um organismo a uma dada exposição Porque alguns indivíduos adoecem e outros não?

Indicadores de Susceptibilidade - exemplos Polimorfismos gênicos; Enzimas de biotransformação polimórficas;

n-HEXANO OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL Industria de calçados (solvente de cola) Usado em laboratório como agente de extração na determinação do índice de refração dos minerais. EXTRA-OCUPACIONAL No passado era utilizado em vernizes,colas e solventes.

Metabólitos do n-hexano: METABOLISMO Metabólitos do n-hexano: 2-hexanol → 2,5-hexanodiol + 2-hexanona → 5-hidroxi-2-hexanona → 2,5-hexanodiona + 4,5-dihidroxi-2-hexanona → 4-hidroxi-2,5-hexanodiona. Principal via de excreção: hexano inalterado  pulmonar  ar exalado Principal via de excreção dos metabólitos: urinaria

TOXICIDADE A exposição elevada ao hexano produz um efeito narcótico A exposição as concentrações ocupacionais: podem causar neuropatias Efeito neurotóxico: aumentado por uma exposição simultânea a metil etil cetona

IBMP: 5 mg/g de creatinina Biomarcadores 2-hexanodiano na urina VR: não definido IBMP: 5 mg/g de creatinina

TOLUENO OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL Petroquímicas Refinarias de Petróleo EXTRA-OCUPACIONAL Produtos de limpeza Colas

Metabolismo O tolueno é absorvido através dos pulmões e mais lentamente pela pele No organismo é encontrado primeiramente no sangue Em seguida deposita-se no tecido adiposo 20 % da dose absorvida é eliminado inalterado pelo trato respiratório 80% é biotransformado: os principais metabólitos são o ácido hipúrico, o o-cresol e o ácido benzóico.

Toxicidade Exposição aguda Exposição crônica Intolerância ao álcool Irritação dos vias aéreas superiores Depressão do SNC Exposição crônica Intolerância ao álcool Cefaléia Distúrbios do ritmo sono-vigília Hepatotoxicidade (hepatomegalia) Nefrotoxicidade

Biomarcadores Ácido hipúrico na urina VR: até 1,5 mg/g de creatinina IBMP: 2,5 mg/g de creatinina

CÁDMIO OCUPACIONAL Industria do zinco Ligas de cádmio com outros metais Baterias níquel-cádmio Ligas de solda manganês-cádmio Pigmentos de tintas Estabilizantes de plásticos EXTRA - OCUPACIONAL Adubos com fosfato Fumo do cigarro Peixes contaminados

Metabolismo Meia- vida biológica No sangue o Cd é intra-eritrocitário. O Cd é eliminado principalmente através da urina e pouco pelas fezes. Meia- vida biológica Cádmio no sangue é de um a três meses. Cd no organismo: meia vida muito longa (10-30 anos). Órgão de acumulo - rins

Toxicidade Câimbras, vertigens, dores ósseas. Interferência no metabolismo do cálcio Proteinúria e glicosúria. Via respiratória: Dispnéia Dor torácica Edema pulmonar Enfisema progressivo Proteinúria

Sídrome de itai-itai - Cádmio

VR: até 2,0 µg/g de creatinina IBMP: 5,0 µg/g de creatinina Biomarcadores Cádmio na urina VR: até 2,0 µg/g de creatinina IBMP: 5,0 µg/g de creatinina

MERCÚRIO OCUPACIONAL EXTRA-OCUPACIONAL Preparações de amalgamas dentários Lâmpadas produção de aparelhos científicos de precisão (termômetros, barômetros, manômetros) Plantas de produção de cloro-soda. EXTRA-OCUPACIONAL Água potável Peixes

Metabolismo No âmbito ocupacional o mercúrio é absorvido principalmente por inalação ou através da pele. O Hg0 é eliminado nas fezes, na urina, no ar expirado e na saliva O Hg0 atravessa a barreira hemato-encefálica e se acumula no SNC.

Toxicidade Os sintomas são: dor de estomago, diarréia, tremores, depressão, ansiedade, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento nas gengivas, insônia, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência. No sistema nervoso, o produto tem efeitos desastrosos, podendo causar desde lesões leves até levar à morte, conforme a concentração

Acidente de Minamata

VR: até 5,0 µg/g de creatinina IBMP: 35,0 µg/g de creatinina Biomarcadores Mercúrio na urina VR: até 5,0 µg/g de creatinina IBMP: 35,0 µg/g de creatinina