Hipóteses de surgimento dos crioulos Teorias sobre a origem das línguas crioulas Podem ser considerados quatro (4) grupos: Teoria monogenética Teoria do baby-talk Teoria do biograma Teoria da gíria dos marinheiros
Teoria monogenética Hipótese de natureza eurocêntrica: Todas as línguas crioulas teriam a mesma origem Teriam surgido de um protocrioulo português quinhentista Tem em conta a existência de palavras portuguesas noutros crioulos de base inglesa, francesa e holandesa Busca semelhanças entre os crioulos de bases diferentes
Teoria do baby-talk Simplificação voluntária e consciente da língua de superstrato para facilitar a comunicação Deturpação da própria língua para melhor compreensão (dos africanos) Tendência para explicar semelhança dos crioulos com linguagem infantil Ausência de morfemas verbais Uso de infinitivos como formas conjugadas
Teoria do bioprograma Capacidades linguísticas inatas tornam os crioulos semelhantes Todo crioulo tende a se simplificar Elementos menos marcados tendem a desaparecer Explica desenvolvimentos semelhantes em crioulos diferentes
Teoria da gíria dos marinheiros Português falado por marinheiros analfabetos como superstrato Gíria dos marinheiros da época das navegações Não dominavam o português padrão da época Faziam simplificações involuntariamente nas suas linguagens
Observação Revelam tentativas de explicação da origem dos crioulos Representam abordagens complementares Desvios em relação à norma gramatical Simplificação da língua para facilitar a comunicação Evolução natural das línguas
Bibliografia Cunha, Celso, 1980. O protocrioulo português e sua universalidade nos séculos XVI, XVII e XVIII. In Cunha, Celso. Língua, Nação e Alienação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Barreto, Marcus Vinícius Knupp, 2008. Contribuições da língua portuguesa e das línguas africanas quicongo e bini na constituição do crioulo sãotomense. São Paulo. (Dissertação apresentada para a obtenção do título de mestre em Letras)