Hipóteses de surgimento dos crioulos

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Pensamento e linguagem
Advertisements

INFLUÊNCIAS ENTRE LÍNGUAS EM CONTATO
A CAPACIDADE DE AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM
Estrutura das palavras
BIOGEOGRAFIA Profª Marisa Dionísio.
LINGUÍSTICA HISTÓRICA: REVISÃO E APROFUNDAMENTO
Seminário de Teoria da Linguagem ILARI, R
Linguagem. Dimensões e Funções.
Linguagem, língua, linguística
LINGUAGEM COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO
CAPÍTULO 2 – MODELO MONITOR E GRAMÁTICA UNIVERSAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA FACULDADE DE LETRAS DISCIPLINA: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E ENSINO DO PORTUGUÊS PROFESSORA: TABITA.
ESTRUTURA E PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
BEM-VINDO À DISCIPLINA
Conceitos e preconceitos
Señoras y Señores Senhoras e Senhores Ladies and Gentlemen.
‘’Trabalho de historia o imperialismo’’
EVOLUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
O surgimento da Filosofia
ESTRUTURA E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O ENEM 2010
A Revolução Científica na Europa e a permanência da tradição
LINGUAGEM E LÍNGUA “As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.” Rubem Alves.
Cultura, Linguagem e Língua
A LEI DAS VANTAGENS COMPARATIVAS
Metodologia de Introdução ao Ensino de Filosofia para Adolescente
COMUNICAÇÃO.
Tecnologia de Informação e Comunicação. O blog foi criado pela acadêmica do 4º período de Letras Português/Inglês. Este blog foi desenvolvido em conjunto.
Programação do dia Linguagem poética e suas características – Miriam Mermelstein Intervalo Retomada do “Violino e o Cigano” - Maria José Nobrega e Alfredina.
LGP NAS UNIVERSIDADES.
Os processos de construção da linguagem escrita: a Constituição do sujeito leitor numa sociedade indígena Prof° Dra° Terezinha Bazé de Lima
Introdução a Biologia Prof. Sanvido.
Compreensão de sentenças em crianças com desenvolvimento normal de linguagem e com Distúrbio Específico de Linguagem Marina Leite Puglisi; Debora Maria.
ESTRUTURA E PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
(Das noções ao conceito)  Referência a pessoas  mestiço  negro (Brasil)  Referência a actividades culturais  música  gastronomia…
Projeto Caça-Erros “Na prática escrever mal prejudica mais do que falar mal; a escrita permanece” (Antenor Nascentes)
Cap Competência linguística
CULTURA: É o conjunto de atividades, de modos de agir, de costumes, de crenças, de tradições e de valores de um grupo, transmitidos por meio da linguagem.
Oralidade e escrita.
Alessandra Grasiele ABORDAGEM COMUNICATIVA. Entre 1970 e 1980 professores e linguistas perceberam a capacidade de alunos em produzir sentenças gramaticalmente.
Origem da Linguagem Aula introdutória
Acto de transmitir e receber mensagens pela utilização de sinais ou de símbolos Homem = ser social Língua oral e escrita = instrumento fundamental da comunicação.
Faculdade de Ciência da Informação Universidade de Brasília
Variação Linguística: Dialetos, Registros e Norma Linguística
Escola Básica e Secundária de Fajões Língua Portuguesa 9º
Existe falar certo e falar errado? (p. 68 e 69)
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Universidade Castelo Branco Profª
Terminologia aplicada à Tradução e à Interpretação Profº Glauco Fratric BARROS, L. A. Curso Básico de Terminologia. São Paulo: EdUsp, 2004.
A relação entre fonemas e letras
Depreciação dos crioulos e consequências Ideias (mal)feitas Preconceitos Avaliação negativa Pouco prestigiante socialmente (pressão simbólica) Proibição.
LINGÜÍSTICA TRADICIONAL: fonética/fonologia morfologia sintaxe, semântica LINGUAGEM língu a FALA, DISCURSO LÍNGUA NATUR AL OUTRAS LINGUAGE NS.
ARISTÓTELES (383 – 322) a.C Metafísica
INTRODUÇÃO O QUE É ANTROPOLOGIA?.
Revisão / Retrospectiva 2009
“Nem a distância nem o tempo poderá apagar o que sinto por você!!!”
Linguagem Natureza e Aquisição.
MITO 1: A língua de sinais é uma mistura de gesticulação e pantomima e não é capaz de expressar idéias e conceitos abstratos Na verdade os sinais são como.
LÍNGUAS DE SINAIS As línguas de sinais são línguas naturais, pois surgiram do convívio entre as pessoas. As línguas de sinais podem ser comparadas no que.
AULA DIGITAL E PLANO DE AULA
LINGUÍSTICA ESTRUTURAL Prof.ª Gláucia Lobo
Meu Primeiro Beijo Antônio Barreto. Meu Primeiro Beijo Antônio Barreto.
O PORTUGUÊS: GÉNESE, VARIAÇÃO E MUDANÇA Substratos e superstratos
PCN Ciências Ensino Fundamental II Quarto Ciclo
Mª João Rodrigues Linguagem e Comunicação. Mª João Rodrigues LÍNGUA E FALANTE Linguagem – é a capacidade humana de usar símbolos para representar o mundo.
Aula sobre níveis de linguagem
A pré história da linguagem escrita
A Língua Portuguesa e o Mercado de Trabalho Para serem merecedores de uma vaga no mercado de trabalho, os candidatos precisam mostrar liderança, criatividade,
O Falar do Sul.
LÍNGUAS DE SINAIS As línguas de sinais são línguas naturais, pois surgiram do convívio entre as pessoas. As línguas de sinais podem ser comparadas no que.
Transcrição da apresentação:

Hipóteses de surgimento dos crioulos Teorias sobre a origem das línguas crioulas Podem ser considerados quatro (4) grupos: Teoria monogenética Teoria do baby-talk Teoria do biograma Teoria da gíria dos marinheiros

Teoria monogenética Hipótese de natureza eurocêntrica: Todas as línguas crioulas teriam a mesma origem Teriam surgido de um protocrioulo português quinhentista Tem em conta a existência de palavras portuguesas noutros crioulos de base inglesa, francesa e holandesa Busca semelhanças entre os crioulos de bases diferentes

Teoria do baby-talk Simplificação voluntária e consciente da língua de superstrato para facilitar a comunicação Deturpação da própria língua para melhor compreensão (dos africanos) Tendência para explicar semelhança dos crioulos com linguagem infantil Ausência de morfemas verbais Uso de infinitivos como formas conjugadas

Teoria do bioprograma Capacidades linguísticas inatas tornam os crioulos semelhantes Todo crioulo tende a se simplificar Elementos menos marcados tendem a desaparecer Explica desenvolvimentos semelhantes em crioulos diferentes

Teoria da gíria dos marinheiros Português falado por marinheiros analfabetos como superstrato Gíria dos marinheiros da época das navegações Não dominavam o português padrão da época Faziam simplificações involuntariamente nas suas linguagens

Observação Revelam tentativas de explicação da origem dos crioulos Representam abordagens complementares Desvios em relação à norma gramatical Simplificação da língua para facilitar a comunicação Evolução natural das línguas

Bibliografia Cunha, Celso, 1980. O protocrioulo português e sua universalidade nos séculos XVI, XVII e XVIII. In Cunha, Celso. Língua, Nação e Alienação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Barreto, Marcus Vinícius Knupp, 2008. Contribuições da língua portuguesa e das línguas africanas quicongo e bini na constituição do crioulo sãotomense. São Paulo. (Dissertação apresentada para a obtenção do título de mestre em Letras)