Rio de Janeiro, 11 de Maio de 2013

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O Welfare State e a Social Democracia
Advertisements

MPS – Ministério da Previdência Social FÓRUM NACIONAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL FEVEREIRO DE 2007.
Profa. Grasiele Augusta Ferreira Nascimento Aula 2
RELAÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Mestrado em Sociologia do Trabalho e das Relações
Profª. Teresa Cristina Barbo Siqueira
RECONHECER AS PRÉ-CONDIÇÕES DA 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
AUTONOMIA PRIVADA COLETIVA - 1
“A importância da participação e representatividade dos Aposentados no Congresso Nacional e no Movimento Sindical”
Neoliberalismo Prof Vilmar A. Silva.
NEOLIBERALISMO E SUAS FACES
Origem do Sindicato A palavra sindicato tem raízes no latim e no grego. No latim, “sindicus” denominava o “procurador escolhido para defender os direitos.
DAS PRERROGATIVAS DA FEDERAÇÃO a) representar e proteger, perante os poderes da República e terceiros, bem como junto aos órgãos nacionais e internacionais,
SINDICALISMO Grupo de Trabalho: Elina Angélica Fernandes Ribeiro
FUNDAMENTOS POLÍTICOS-ECONÔMICOS DA EDUCAÇÃO
Destacar o novo papel dos sindicatos nas reividicações salariais e sua luta por espaços mais democráticos. Objetivo da aula 1/12.
MUNDO DO TRABALHO.
Seminário Nacional D efesa da Ação Sindical, a Negociação Coletiva e o Diálogo Social São Paulo, Brasil, 18, 19 e 20 Agosto de 2005 Alcances e limitações.
Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX
DIREITO ECONOMICO Polis POLITICA DIREITO ESTADO MONOPOLIZADOR
Organizarse para ampliar la negociación colectiva Organizarse para ampliar la negociación colectiva Seminario Inter-regional “Hacer del trabajo decente.
As novas conquistas sociais
O Capitalismo e a construção do espaço geográfico
CENÁRIOS DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO NO BRASIL 18º Congresso Mineiro de Recursos Humanos 8 de maio de 2014 – Belo Horizonte/MG.
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
Legislação Trabalhista Aplicada – Profª Hellen Araújo
Era Vargas.
GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERALISMO
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
Escola de Formação Política Miguel Arraes. Curso de Formação, Capacitação e Atualização Política dos Filiados, Militantes e Simpatizantes Módulo IV A.
ORGANIZAÇÃO SINDICAL.
A Revolução Russa A Rússia Pré-Revolucionária Monarquia Absolutista
DIREITO ECONÔMICO Douglerson Santos. Histórico do Direito Econômico O que levou à Crise de 1929? O que levou.
Direito Sindical Aspectos Gerais do Direito Sindical e as transformações do Direito do Trabalho.
A afirmação dissimulada: O papel do Estado no desenvolvimento brasileiro Aborda de foma a enteder que as cidades e o capitalismo contemporâneo não são.
O SINDICATO E O TERCEIRO SETOR.
Conselho de Turismo | 2009 Tema do Debate | O papel do Conselho Nacional de Turismo na formulação e acompanhamento da Política Nacional de Turismo.
HISTÓRIA Revolução Francesa – Liberalismo – supressão das corporações de ofício; O espírito filosófico da época, impulsionava o individualismo e não.
Professor Ulisses Mauro Lima
Movimentos dos Trabalhadores Urbanos
6. As questões do trabalho no Brasil
O FARMACÊUTICO, O MEDICAMENTO E A FARMÁCIA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DO BRASIL.
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
ORDEM DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Trata-se de um texto sobre o Estado Novo da Era Vargas, em que, nas primeiras páginas, apresenta um histórico de como Getúlio Vargas foi alçado ao Na Seção.
A democracia brasileira e suas contradições
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Da queda da monarquia à formação da URSS.
HISTÓRIA DO SINDICALISMO
ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE PALMAS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA SOCIOLOGIA POLÍTICA PROF. JAIR JOSÉ MALDANER.
Dos anos 1990 a 2014 – uma análise da história da política exterior brasileira Aline Tereza Borghi Leite HPEB II.
 Conceito. É um movimento de associações permanentes de trabalhadores (sindicatos) em defesa de melhores condições de trabalho e outros interesses comuns.
O CONTEXTO HISTÓRICO DO NASCIMENTO DA SOCIOLOGIA
BRASIL ATUAL PARTE 2. Revisão O que é o capitalismo para Weber? Como esse capitalismo se formou? Por que países protestantes da linha calvinista as condições.
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO II. Direito Coletivo do Trabalho Denominações para Direito do Trabalho: – Direito Industrial; – Direito do Operário; – Direito.
Era Vargas Após a Revolução de 1930, Vargas recebeu o poder em caráter provisório, mas graças ao uso de práticas populistas e paternalistas,
O Movimento Sindical no Brasil A Atual Organização da Estrutura Sindical no Brasil KLF – Korea Labor Foundation O Movimento Sindical no Brasil A Atual.
FÓRUM SINDICALISMO, POLÍTICA E CIDADANIA André Santos – assessor parlamentar do DIAP e Especialista em Política e Representação Parlamentar CNPL Confederação.
Instituições Políticas Brasileiras Prof. Octavio Amorim Neto EPGE/FGV-RJ.
ORGANIZAÇÃO DE BASE ILAESE/SIMPERE. Breve Histórico da Organização Sindical.
Rússia e Europa Oriental
Neoliberalismo. Será o caos? Postado em 22 de maio de 2008 por Prof. Rita Alonso.
ORIGENS DO SINDICALISMO NO BRASIL
OIT – 90 ANOS A visão da indústria brasileira Câmara dos Deputados Comissão 28 - abril
Industrialização Brasileira
Formação Sindical Para Negociação Coletiva Negociação Coletiva e Salários no Contexto da crise: o caso brasileiro.
FUNDAMENTOS DE GESTÃO DE PESSOAS
INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL PROFESSOR LUCIANO HENRIQUE.
Sobre o taylorismo e o fordismo Equipe: Eduarda Dorea Edmilson Cruz Elicarlos Coutinho.
Transcrição da apresentação:

Rio de Janeiro, 11 de Maio de 2013 REFORMA SINDICAL E TRABALHISTA: EM ANÁLISE E DEBATE Rio de Janeiro, 11 de Maio de 2013 Helder Molina Historiador, mestre em Educação, Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana, professor da Faculdade de Educação da UERJ, educador sindical, assessor de formação política

PROJETO NEO LIBERAL, ALIADO A GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA, IMPLANTADA NO BRASIL NOS ANOS 90. FERNANDO COLLOR – ABERTURA DA ECONOMIA, LIVRE COMÉRCIO DA AMÉRICA.

Um breve resgate histórico das relações de trabalho... Capitalismo – Século XIX – Europa e EUA: Revolução industrial: Urbanização “Fabricas-prisões”, “Fábricas-conventos” Maquinaria > assalariamento > trabalho industrial, mercado mundial, super exploração > Revoltas > Ausência de legislação ou contrato > Organização coletiva dos trabalhadores > Revoltas pré sindicais > Uniões por fábricas

Movimento sindical nasce... Revoluções capitalistas: Dominação política e econômica da burguesia Rebeliões e greves originam o movimento operário: Anarquistas, socialistas, comunistas, cristãos.... Europa e EUA: Conquista de leis trabalhistas precárias,

Brasil Séculos XVI ao XIX: Colônia, império, escravidão, relação de Casa Grande X Senzala - Escravo não é sujeito de direito, é mercadoria, objeto, coisa Sem legalização relações de trabalhos, Estado escravocrata.

Brasil República e Movimento Operário Fim da escravidão República Imigração Industrialização e Urbanização Presença forte das correntes operárias internacionais no movimento operário: Anarquistas, socialistas e comunista Muitas greves, sem mediação, sem amparo legal, super exploração dos trabalhadores, mentalidade escravocrata dos empresários da indústria e agrária

Estado Novo – Era Vargas Vargas no poder: Vence a disputa entre forças no controle do Estado Pacto capital X trabalho: Estado tutor Projeto de nação: Disciplinamento do mundo do trabalho, internacionalização econômica, Estado forte

CLT e estrutura sindical estatal Controle dos sindicatos, contra o “perigo vermelho” Trabalhistas no movimento sindical Cria o Ministério do Trabalho Cria o “Sistema S” – Ensino técnico profissionalizante...Indústrialização CLT: Conquista das lutas sindicais, garantia de direitos trabalhistas básicos

CLT: Positividade e Negatividade Positividade: Direitos, parâmetros, mediação, justiça trabalhista, negociação, sindicato como ente jurídico legal Negatividade: Controle do Estado, imposto sindical (controvérsias até hoje), tutela, Qual papel dos sindicatos? Debate ideológico, conceitual, político, jurídico-legal

ITAMAR FRANCO – FHC, como Ministro da Economia, iniciou o Projeto Neo Liberal. FHC – apoiado pelos grandes grupos econômicos, pelos banqueiros, elegeu-se presidente da República e consolidou o Projeto Neo-Liberal.

CLT e Sindicalismo Contexto: Novo sindicalismo pós ditadura nasce reivindica a Convenção 87 de OIT: Plena liberdade e autonomia sindical Contra a estrutura sindical controlada pelo Estado Estruturas legais arcaicas num capitalismo moderno, informacional, pós industrial,

MEDIDAS ADOTADAS: Plano Real; privatizações;

CONSEQUÊNCIAS: Aumento da dívida interna e externa; Submissão ao FMI; Aumento acentuado do desemprego; Arrocho salarial; Subtração de direitos trabalhistas e previdenciários; Exclusão social; Concentração de renda;

POR QUÊ REFORMAS? Para consolidar definitivamente e dar continuidade ao Projeto NeoLiberal é necessário flexibilizar Legislação Trabalhista e Sindical;

GOVERNO LULA - ESPERANÇA DE MUDANÇA:

REFORMA SINDICAL E TRABALHISTA GOVERNO LULA - PRETENDE FORMATAR UMA NOVA ESTRUTURA SINDICAL NO PAÍS: CRIA O CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – “CONSELHÃO DO TARSO”. FUNÇÃO - Reformas: Previdenciária, Tributária, Trabalhista, Sindical.

REFORMA SINDICAL E TRABALHISTA Construir um Consenso entre TRABALHADORES, EMPRESÁRIOS E REPRESENTANTES DO GOVERNO; SE NÃO HOUVER CONSENSO O GOVERNO ENCAMINHARÁ SUA PROPOSTA; O Fórum Nacional do Trabalho, será o órgão de debate.

ÂMBITO NACIONAL OS TRABALHADORES RURAIS NÃO ESTÃO REPRESENTADOS; GOVERNO SÓ DEU ESPAÇO PARA AS CENTRAIS;

CUT SÓ DEU VAGA PARA CONTAG COMO SUPLENTE; AS ENTIDADES DO SISTEMA CONFEDERATIVO, NÃO FILIADAS ÀS CENTRAIS, NÃO FORAM ACEITAS PARA COMPOR O FÓRUM.

TEMÁTICAS DO DEBATE Organização Sindical; Negociação Coletiva; Composição de Conflitos; Micro e pequenas empresas e outras formas de organização do trabalho; Qualificação Profissional e Certificação; Legislação do Trabalho; Normas administrativas sobre condições de Trabalho; Organização administrativa e Judiciária;

ORGANIZAÇÃO SINDICAL: O MAIS POLÊMICO, O argumento do governo e de segmentos que defendem mudanças é que a atual estrutura sindical ainda padece das amarras criadas na Era Vargas; Os Sindicatos eram atrelados ao Ministério do Trabalho e era proibida a organização de centrais e não havia entidades representando diferentes categorias;

O QUE O GOVERNO PROPRÕE ATRAVÉS DO CDES; Quebra do princípio da unicidade; Adoção do princípio da pluralidade; Ratificação da Convenção 87 e 141 da OIT;

Financiamento e representação FIM DO IMPOSTO SINDICAL E TODAS TAXAS COMPULSÓRIAS (CONT.CONFEDERATIVA); O Sindicato só representará os associados, não mais a categoria;

CENTRAIS SINDICAIS. OUTRA POLÊMICA: Existem dez centrais registradas em cartório, Dessas as SEIS maiores são(de acordo com representatividade): CUT:(Central Única dos Trabalhadores) FORÇA SINDICAL; CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores) CGTB(Central Geral de Trabalhadores; SDS(Social Democracia Sindical) e CGTB (Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil);

CENTRAIS SINDICAIS - O QUE SÃO HOJE As centrais, só possuem registro em cartório; Mesmo sem registro no MTE, há o reconhecimento nacional das centrais a partir da década de 80; Não tem dados oficiais do número de entidades filiadas as centrais;; 600 Novos sindicatos por ano: Pulverização, fragmentação, indústria de cartas sindicais

O QUE QUEREM AS CENTRAIS NA REFORMA: Legalização das Centrais inclusive com poder de negociação; DEFENDEM a unicidade: CGT, CAT E CGTB; EXTINÇÃO da unicidade: SDS e Força Sindical(extinção gradativa com período de transição) CUT Defende a aprovação e aplicação da convenção 87 e 151 da OIT

COMO É O ATUAL SISTEMA CONFEDERATIVO CONFEDERAÇÃO FEDERAÇÃO SINDICATOS

OUTRAS FORMAS Estrutura sindical CENTRAL A CONFEDERAÇÃO CENTRAL B SINDICATOS CENTRAL C

REFORMA TRABALHISTA MANUTENÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS EXISTENTES; RESGATE DOS DIREITOS PERDIDOS NA ÚLTIMA DÉCADA; LEGISLADO SOBRE O NEGOCIADO.