Desafios do Profissional do Século XXI

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Transcrição da apresentação:

Desafios do Profissional do Século XXI Profa. Dra. Solange Medina Ketzer Porto Alegre, março de 2010

O mundo caminha para um novo padrão civilizatório e isso exige um novo comportamento. Ricardo Young

O exercício profissional no mundo contemporâneo requer aprendizagens múltiplas, implicando intersecções entre saberes e atitudes, construídos a partir de experiências diversas. Antônio Virgílio Bastos

Profissional do Passado EXECUTAR TAREFAS segurança previsibilidade certeza(s) constância repetitividade

Profissional do Século XXI adaptabilidade real mutabilidade prever integrar virtual novas competências globalização relações interpessoais criar nova postura ética autonomia planejar infoera responsabilidade social flexibilidade partilhar associar INOVAÇÃO 5

Foto disponível em:http://www.puccamp.br/institucional/historia_fotos.asp. Acesso em: 03maio2006.

Foto Disponível em: http://www.pucrs.br. Acesso em: 14mar2006.

Exigências para o profissional do século XXI: conhecimento profundo da área de atuação; base cultural, científica e humanística ampla; familiarização com modernas tecnologias; conhecimento de língua(s) estrangeira(s); trabalho em equipe, colegiado; respeito a hierarquias; incorporação do erro como elemento sistêmico (errar não é feio, é humano);

desvalorização progressiva de projetos autorais (desinflar egos); busca de alteridade nas relações (trabalhar com a diversidade sem eliminar o que é diferente); convivência com as INCERTEZAS; consciência sobre a máxima MUTABILIDADE (aceleração das mudanças) provocada pela VELOCIDADE no processamento das informações; consciência sobre a importância da formação/educação continuada (reduz riscos de desatualização e de OBSOLESCÊNCIA); INOVAÇÃO.

EXIGEM O EXERCÍCIO DA IMAGINAÇÃO CRIATIVA MUTABILIDADE OBSOLESCÊNCIA VELOCIDADE INCERTEZA INOVAÇÃO EXIGEM O EXERCÍCIO DA IMAGINAÇÃO CRIATIVA ARTE

ARTE pressupõem:

pensar diferente em relação às formas convencionalmente instituídas; libertar-se de regras, padrões, normas; desautomatizar-se em relação ao real; romper e ampliar o horizonte conhecido; perceber o mundo a partir de diferentes perspectivas; fazer uso da fantasia; projetar sonhos;

combinar, recombinar, modificar, associar, criar algo novo a partir do conhecido; lidar com o improvável; transformar o caos em cosmos; transitar em um mundo diferente do real; construir uma nova realidade (aceitar o desvio); familializar-se com as metáforas; perceber não apenas o que É, mas o que PODE, DEVE ou PARECE SER (conceito aristotélico).

Mobiliza os neurônios em outras direções ARTE Mobiliza os neurônios em outras direções ARTE INOVAÇÃO

Poesia Matemática Millôr Fernandes Às folhas tantas do livro matemático um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar; olhos rombóides, boca trapezóide, corpo retangular, seios esferóides.

Fez de sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito Fez de sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito. "Quem és tu?", indagou ele em ânsia radical. "Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa." E de falarem descobriram que eram (o que em aritmética corresponde a almas irmãs) primos entre si.

E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas sinoidais nos jardins da quarta dimensão. Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana e os exegetas do Universo Finito.

E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos. E foram felizes até aquele dia em que tudo vira afinal monotonia. Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum frequentador de círculos concêntricos, viciosos. Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.

Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade. Era o triângulo, tanto chamado amoroso. Desse problema ela era uma fração, a mais ordinária. Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade como aliás em qualquer sociedade.

Eu, etiqueta, Carlos Drummond de Andrade Em minha calça está grudado um nome Que não é meu de batismo ou de cartório Um nome...estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida Que jamais pus na boca, nessa vida, Em minha camiseta, a marca de cigarro Que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto Que nunca experimentei Mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido De alguma coisa não provada Por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, Minha gravata e cinto e escova e pente, Meu copo, minha xícara, Minha toalha de banho e sabonete, Meu isso, meu aquilo, Desde a cabeça ao bico dos sapatos, São mensagens, Letras falantes, Gritos visuais, Ordens de uso, abuso, reincidências,

Costume, hábito, premência, Indispensabilidade, E fazem de mim homem-anúncio itinerante, Escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda. É duro andar na moda, ainda que a moda Seja negar minha identidade, Trocá-la por mil, açambarcando Todas as marcas registradas, Todos os logotipos do mercado. Com que inocência demito-me de ser Eu que antes era e me sabia Tão diverso de outros, tão mim mesmo,

Ser pensante sentinte e solitário Com outros seres diversos e conscientes De sua humana, invencível condição. Agora sou anúncio Ora vulgar ora bizarro, Em língua nacional ou em qualquer língua (qualquer, principalmente.) E nisto me comprazo, tiro glória De minha anulação. Não sou – vê lá – anúncio contratado. Eu é que mimosamente pago Para anunciar, para vender Em bares festas praias pérgulas piscinas,

E bem à vista exibo esta etiqueta Global no corpo que desiste De ser veste e sandália de uma essência Tão viva, independente, Que moda ou suborno algum a compromete. Onde terei jogado fora Meu gosto e capacidade de escolher, Minhas idiossincrasias tão pessoais, Tão minhas que no rosto se espalhavam. Em cada gesto, cada olhar, Cada vinco da roupa Sou gravado de forma universal,

Saio da estamparia, não de casa, Da vitrine me tiram, recolocam, Objeto pulsante mas objeto Que se oferece como signo de outros Objetos estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso De ser não eu, mas artigo industrial, Peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é Coisa. Eu sou a Coisa, coisamente.

Base Teórica ARISTÓTELES. Arte poética. São Paulo: Martin Claret, 2003. COVEY, Stephen R.. Em busca da grandeza. HSM Management, São Paulo, 2009. DEL NERO, Henrique Schützer. O sítio da mente: pensamento emoção e vontade no cérebro humano. São Paulo: Collegium Cognitivo, 1997. LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. MORIN, Edgar. O método I: a natureza da natureza. Mira-Sintra: Publicações Europa - América Ltda., 1977. MOSQUERA, Juan José Mouriño. Psicologia da arte. Porto Alegre: Sulina, 1973.

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