SAOS ADULTOS E CRIANÇAS

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Transcrição da apresentação:

SAOS ADULTOS E CRIANÇAS Beatriz Neuhaus Barbisan Setor de Pneumologia Pediátrica UNIFESP

Epidemiologia Quadro Clínico Diagnóstico Tratamento Complicações

Epidemiologia

Prevalência Ronco habitual SAOS:IAH>5 + sintoma SAOS Criança Adulto Homem: 3 a 7% Mulher: 2 a 5% SP-Unifesp: 33% Obesos, raças minoritárias e idosos apresentam maior prevalência Checar os sintomas associados a SAOS Tufik S et al. Sleep Medicine 2010;11:441–446 Naresh M. Punjabi Proc Am Thorac Soc 2008;5:136 Lumeng JC, Chervin RD. Proc Am Thorac Soc 2008; 5:242

Idade em adultos Homem Mulher 20-44 anos 3,2% 0,6% 45-64 anos 11,3% 2,0%, 61-100 anos 18,1% 7,0% IAH > 10/h IAH > 15/h Prevalência maior em mulheres pós-menopausa sem reposição hormonal Estudos populacionais realizados na Pensilvania. H tinha 741 na segunda fase de seleção para lab sono. Na primeira 4000 Bixler EO et al. Am J Respir Crit Care Med 1998;157:144–148 Bixler EO et al. Am J Respir Crit Care Med 2001;163:608–613

Idade em crianças 2 a 7 anos Ver como se fala isso exatamente Jeans WD. British Journal of Radiology 1981;54:117-121

Gênero e raça H/M: 3 a 5/1 Maior em meninos Maior em orientais Criança Adulto Maior em meninos Maior em negros H/M: 3 a 5/1 Maior em orientais Ver a prev nos estudos epidemio e e episono e o que exatamente dos orientais Lumeng JC, Chervin RD. Proc Am Thorac Soc 2008; 5: 242 Naresh M. Punjabi Proc Am Thorac Soc 2008;5:136

Quadro Clínico

Ronco, sono agitado Facies adenoideano HAA Alterações cranio-faciais Sinusite, amigdalite, otite de repetição Dificuldade escolar. AdRonco, apneia presenciada Obesidade Sonolência excessiva Hipertensão arterial

Sonolência em crianças Epworth Epworth > 10 DRS 8.1 ± 4.9 28% Controles 5.3 ± 3.9 12% É do grupo da Carol Melendres CS et al. Pediatrics 2004;114;768-775

Obesidade Risco para SAOS Para aumento 1kg/m2 IMC IMC 1 dp↑média Crianças obesas Adultos obesos Risco para SAOS 4X maior Para aumento 1kg/m2 IMC Risco de SAOS ↑ 12% IMC 1 dp↑média Risco de SAOS 4X maior SAOS mod a grave 58% atribuída à obesidade Young T et al .N Engl J Med 1993;328:1230–1235 Young T et al. J Appl Physiol 2005;99:1592–1599 Tauman R and Gozal D. Paed Resp Rev 2006;7: 247–259

Diagnóstico

Diferenças na PSG Crianças Adultos Duração do evento respiratório > 2 ciclos respiratórios (3 a 5 segundos) > 10 seg Estágio com apneias REM REM ou NREM Despertares corticais < 50% das apneias ± 100% das apneias Arquitetura do sono Normal ↓ sono delta e REM Gravidade IAH Nadir Leve: 2 a 4,9 < 92 % Moderada: 5 a 10 < 86 % Grave: > 10 < 76 % IAH Leve: 5 a 14,9 Moderada: 15 a 30 Grave: > 30

Tratamento

Tratamento Adenoamigdalectomia Ortodôntico Corticóide nasal CPAP Criança Adulto Adenoamigdalectomia Ortodôntico Corticóide nasal CPAP Traqueostomia CPAP Aparelhos dentários Uvulopalatoplastia

Complicações

Desenvolvimento Neuro Psico Cognitivo Motor Estrutural

Complicações Neurocognitivas Criança Adulto Hiperatividade Desatenção Memória Aprendizado Função executiva Sonolência Agressividade Timidez Sonolência Alteração cognitiva Distúrbio da memória Acidentes automobilísticos

SAOS e comportamento Beebe DW. SLEEP 2006; 29 (9):1115 RS de vários estudos mostra as cons da SAOS no comportam. A questão é o prognóstico. Possivelmente o tempo de trat vai ditar a melhora do prognostico Beebe DW. SLEEP 2006; 29 (9):1115

Complicações cardiovasculares Criança Adultos Hipertensão arterial Hipertensão pulmonar Disfunção VE e VD Hipertensão arterial Doença coronariana Arritmia AVC

HA e SAOS numa amostra pop Bixler EO et al. Hypertension. 2008;52:841-846

Índice de performance miocárdica VD VE Função miocárdica global alterada. Pós A2 houve reversão. ECO doppler tecidual Attia G. et al. Pediatr Cardiol (2010) 31:1025–1036

SAOS HP/Cor Pulmonale

Conclusões A SAOS na criança difere da SAOS no adulto em vários aspectos. O diagnóstico precoce é fundamental para prevenir consequências que podem se tornar irreversíveis. Obrigada!