AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO TEXTO

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Transcrição da apresentação:

AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DO TEXTO Todo texto (oral ou escrito) é produzido em determinada situação ou contexto e envolve aspetos como: quem está falando, com quem, por que, com que intenção. Da combinação desses vários elementos é que depende o sentido global do texto. Portanto este ocorre quando há interação entre nós e o outro; instrução para o outro fazer qualquer identificação; é expressão de atividade social e comunicativa.

Leia o cartum abaixo: Observe uma criada diz a seu interlocutor “Não, o senhor saiu”. Esse enunciado verbal, num contexto normal, teria um sentido comum, o de informar sobre a presença ou não do patrão em casa. No cartum, o enunciado assume um sentido diferente, uma vez que o interlocutor é a morte e a criada é um homem, ou seja, é o próprio patrão tentando escapar da morte, daí o humor do Cartum. Desse modo, ao conjunto de fatores que formam a situação na qual é produzido o texto chamamos contexto discursivo.

Texto: Texto é: Ouvido Ouvir conversas, noticiários nas rádios ou televisão, palestras, discursos (eleição), músicas. Falado Conversas, aula que a professora ministra, apresentação em uma reunião de trabalho, declaração de amor.

Texto e contexto Texto é: Lido Textos escritos: notícias jornal ou revistas, horóscopos, carta do leitor, romances, contos, poemas, livros impressos; email, Orkut e outros textos virtuais; recados, bilhetes, receitas, bula e outros do cotidiano. Escrito Bilhetes, recados e outros do cotidiano; email, cartas comerciais, relatórios e outros possíveis de trabalho; poemas, contos, crônicas do mundo da literatura.

1. A RELAÇÃO TEXTO/CONTEXTO É importante levar em consideração o contexto no momento da interpretação de um texto. Em alguns casos, sem conhecê-lo, estaremos simplesmente impossibilitados de compreender a intenção do autor ao produzir um texto. A contextualização auxilia o leitor a entender o tema.

2. A RELAÇÃO AUTOR/LEITOR O interlocutor de um texto é o leitor a quem ele se dirige preferencialmente, ou, em outras palavras, é o leitor em quem pensa o autor no momento da produção de um texto. Há para cada texto, não só um contexto, mas também um interlocutor preferencial. Para identificarmos este leitor devemos observar dois aspectos: o assunto do texto (a quem poderia interessar?) e suas características formais (mais genérico ou específico, presença de gírias).

3. ATIVAÇÃO DO CONHECIMENTO PRÉVIO E ELABORAÇÃO DE HIPÓTESES Sempre que nos dispomos a ler um texto fazemos previsões e elaboramos hipóteses sobre o conteúdo do texto. Por isso é importante levar em consideração o contexto e as condições de produção do texto para não fazermos previsões erradas e prejudicarmos a interpretação. Um texto pode ter estrutura verbal e não verbal. Ex: notícia de jornal: observar o título, o subtítulo, as fotos e legendas, a seção onde o assunto está (classificação do assunto). Com isto o leitor já tem uma idéia bastante precisa do tema que será tratado no texto.

4. MAPA TEXTUAL Para ter certeza de que um texto foi bem entendido, tente, sempre que possível, seguir este esquema: 1. localizar o problema; 2. classificar o problema; 3. indicar as conseqüências do problema; 4. indicar as causas do problema; 5. indicar possíveis soluções para o problema.

Texto 1: O alerta de história EXERCÍCIOS Texto 1: O alerta de história Estréia neste verão, no sul da Bahia, uma ponte entre o passado e o futuro da Mata Atlântica. Tem 110 metros , a distância de um gol a outro no Maracanã. Programa para dez segundos, em campo aberto e velocidade olímpica. Mas ali a travessia, a passos regulados pelo balanço de uma ponte pênsil rangendo a 20 metros de altura, entre copas centenárias que meio século atrás atapetavam inteiramente o município de Uma, o tempo tem outra medida. É contado em jequitibás, ipês, louros, canelas e maçarandubas, cada árvore que, durante o trajeto, o leigo aprende a distinguir a floresta. Naquele litoral, , os naturalistas registraram há poucos anos o recorde planetário de 450 espécies vegetais por hectare. E, perto de lá, num inventário de 500 anos atrás, o escrivão Pero Vaz de Caminha atestou: “O arvoredo é tanto e tamanho e tão vasto e de tanta qualidade de folhagem que não se pode calcular”. (Marcos Sá Corrêa. In: “Amazônia: um tesouro ameaçado”. Veja, 24/12/97)

Texto 2: A carta de Pero Vaz de Caminha Esta terra, Senhor, me parece que da ponta mais contra o sul vimos até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, grandes barreiras, vermelhas e brancas; e a terra por cima cheia de arvoredos. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou de ferro. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados. Águas são muitas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. 1. Os dois textos apresentam o tema terra. Explique, o ponto de vista de ambos. 2. Explique a relação que o autor do texto 1 estabelece com o texto 2.