Arte Africana X Arte Moderna

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Transcrição da apresentação:

Arte Africana X Arte Moderna Introduzia novos padrões de expressão. A arte negra impressionou diversos artistas ocidentais por sua franqueza, por sua intensidade expressiva, pelo novo tipo de sentimentos que podiam inspirar; Os artistas modernos descobriam na arte negra a possibilidade de uma livre invenção formal e uma estilização radical das figuras a serem representadas; Ao invés de se limitarem a reproduzir a natureza ou as impressões visuais que lhes chegavam aos olhos, os artistas africanos ou os ditos “primitivos” revelavam com sua arte, de pura invenção formal, uma capacidade de abstração muito maior do que a dos artistas ocidentais (conceito); A Arte Africana é interativa e está inserida em um contexto natural e coletivo, e apresenta possibilidades mágicas ou simbólicas (76 – 77).

Fauvismo Os principais artistas ligados ao fauvismo foram encontrar na diversidade africana de formas de expressão uma arte coirmã de tudo o que até então haviam buscado. Àquela altura, por volta de 1905, já haviam sido apelidados de fauves por um crítico – palavra que significa literalmente “selvagens” – e aceitaram sem maiores problemas o novo rótulo, porque este remetia precisamente aos aspectos espontâneos e instintivos de sua arte. O movimento fauvista – na sua curta duração que vai de 1904 a 1907 – pode ser considerado, enfim, o grande precursor da assimilação das formas e dos recursos expressivos africanos pela arte moderna.

Henri Matisse Henri Matisse, pintor francês, na verdade, já se havia se beneficiado de maneira extremamente significativa de uma reapropriação da arte oriental – japonesa ou persa – que também aparece de modo fundante na sua obra. Da mesma forma, ele também assimilaria muito expressivamente essa outra alteridade que adentra o espaço da modernidade com especial vigor: a africana (Barros, 2011, p. 38). A Tristeza do Rei, 1952.

Henri matisse “Nu de dos, 4 état” (Back IV), A escultura matissiana é especialmente inspirada na estatuária africana – particularmente a partir de algumas peças que o artista francês adquirira em 1906 – e revela-se aí um dos gêneros através dos quais as diversas formas de expressão africanas puderam penetrar mais decisivamente na arte moderna. Henri matisse “Nu de dos, 4 état” (Back IV), Bronze, 1930

Constantine Brancusi Desse repertório de tipos e formas africanas, cada artista moderno, conforme a singularidade de seu próprio estilo, poderia extrair uma fonte de inspiração. Foi assim que Brancusi (1856- 1957), um dos principais escultores de tendência cubista, pôde apropriar-se das talhas em madeira da África para idealizar e concretizar um tipo de escultura inédito na civilização europeia. Constantine Brancusi, Une Muse, 1912.

Constantine Brancusi, A Musa Adormecida, 1916. Máscara escavada (Arte Dan) Constantine Brancusi, A Musa Adormecida, 1916.

Amadeo Modigliani A partir de 1908 Modigliani passou a produzir esculturas próximas de alguns estilos africanos. Sob as camadas mais visíveis da pintura de Modigliani – a um só tempo elegante, recatada e misteriosa – pulsa, na verdade, uma matriz escultural africana que entra em perfeita sintonia com seu espírito inovador. Amadeo Modigliani, Cabeça, 1913.

Cubismo Picasso, Les Demoiselles d’Avignon Óleo sobre tela, 1907. Em 1907, tendo como impactante marco o quadro Les Demoiselles d’Avignon, Picasso começa a elaborar uma nova estética – logo denominada cubista. Essa nova estética fundamenta-se, grosso modo, na destruição de harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade. Mas ela foi primordialmente inspirada nas máscaras rituais da África, com as quais Picasso tivera contato naquele mesmo ano.

Picasso, Arlequin, óleo sobre tela, 1915. PabloPicasso Máscara montada (Arte Luga) Picasso, Arlequin, óleo sobre tela, 1915.

Pablo Picasso Os antigos egípcios precederam os cubistas na ideia de representar uma figura a partir de diversos ângulos e perspectivas simultâneos, decompondo a imagem de uma forma muito peculiar. É característica inconfundível da arte egípcia esse padrão de representação da figura humana e de objetos diversos que apreende figura a partir de diferenciadas vistas: Três Dançarinas, Óleo sobre tela,1925.

Arte Moderna Africana A contrapartida dessas descobertas dos artistas ocidentais foi a descoberta da arte europeia pelos artistas africanos praticamente na mesma época. O primeiro artista moderno conhecido na Nigéria, Aina Anabolu (1882 -1963), iniciou uma campanha solitária para convencer a administração da colônia a criar cursos de artes na educação secundária (Chika OKEKE, 2002). Aina Onabolu, Sem título, 1944.

Arte e colonialismo As missões cristãs baniam completamente o ensino da arte; As administrações coloniais francesas e inglesas não encorajavam o ensino artístico; Foi o príncipe Yusef Kamal quem criou a primeira escola de arte no Egito colonial em 1908: Escola de Belas do Cairo (OKEKE, 2002, p. 02) A liberdade artística estava associada a liberdade política.

A Arte Moderna no continente africano ganha forma após a Segunda Guerra Mundial; O desenvolvimento da Arte Moderna em África não está associado, inicialmente, ao ensino formal da arte; O modernismo africano leva em conta as devastações do colonialismo e a dramática experiência da descolonização.

Escolas de Arte Skunder Boghosian (1937), Etiópia. A partir da década de 1950 muitos países africanos inauguram escolas de arte, mas ainda assim muitos artistas procuram escolas europeias para dar continuidade em seus estudos; Observa-se nesse período a revalorização da identidade negra e um fervor nacionalista que conduz a valorização de aspectos da cultura de origem desses artistas.

Workshops Além das escolas de arte, os workshops promovidos por artistas renomados, críticos, arquitetos, etc., possibilitam a descoberta de novos talentos em várias regiões do continente africano. John Muafangejo (1943-87)

Esculturas em pedra - Zimbábue Macaco – Pedra 52 X 20 X 15 cm Animal – Pedra 13 X 10 X 30 cm Cabeça – Pedra 29 X 9 X 9 cm A escultura em pedra do Zimbábue é uma forma de arte africana contemporânea que viu a luz do dia no início da década de 1960. Desde então, tornou-se um dos mais importantes movimentos artísticos africanos.

Palm Girl – 1987 130 X 98 X 16 cm Good Samaritan 188 X 64 X 28 cm Henry MUNYARADZI Zimbábue 1931 -1998 Palm Girl – 1987 130 X 98 X 16 cm Good Samaritan 188 X 64 X 28 cm

Bernard Matemera Zimbábue, (1946 – 2005) Blind Woman Man Changing Into Spirit

Rhino Protecting Spirit Sylvester MUBAYI Zimbábue- 1942 Rhino Protecting Spirit 91 X 79 cm Protecting Spirit

Arte Africana Contemporânea Os escultores do Zimbábue tiveram uma grande importância no processo de visibilização da Arte Africana Contemporânea. Em 1968 a 52ª Bienal de Veneza premiava Malick Sidibé, do Mali, com o prémio Lion d’or, fazendo dele o primeiro artista africano a receber este prêmio. Un yeye em position Fotografia - 1963 Dance the twist Fotografia - 1965

Ibrahim El-Salahi (1930), Sudão. Na tentativa de estabelecer uma ligação com sua identidade sudanesa Salahi Estudou as formas e técnicas caligráficas islâmicas, assim como os grafismos Da arte tradicional sudanesa. Vision of the Tomb, 1965. Reborn Sounds of Childhood Dreams, 1961–5

John Muafangejo (1943/87) Nasceu em Angola mas passou a maior parte de sua vida na Namibia. Iniciou seu aprendizado em uma escola anglicana. Sua obra é marcada por temas de cunho auto-biográfico.  The Ancient People, 1973.

Seydou Keita (Mali, 1921 – 2001)

Seydou Keita

Seydou Keita

Ernest Mancoba, Parking, Ernest Mancoba, Sem título, óleo sobre tela, 1951. Ernest Mancoba, Parking, acrílica sobre telas, 2009.

Rosemay Karuga Nasceu no início da década de 1930, no Kenya. Na década de 1940 seu pai mudou-se para Nairobi e a levou com ele pois sabia da importância de enviar seus filhos à escola, inclusive as filhas. Ela foi matriculada em uma das poucas escolas para negros em Nairobi, onde começou a se interessar por arte. De Nairobi, seu pai mudou-se para Uganda e novamente levou Karuga com ele. Em Uganda, continuou com seus estudos e se tornou professora de escola primária. Em 1950 graduou-se pela High School. Tentou tornar-se uma artista comercial, fazendo esculturas e pinturas, mas não conquistou o sucesso que esperava. Então, decidiu desistir e dedicar-se plenamente ao ensino. O reconhecimento só aconteceu no final da década de 1980 quando passou a trabalhar com colagens. Sua primeira exposição aconteceu em 1990.

Arte Africana Contemporânea Rosemary Karuga – Kenya Landscape With Blue Trees Colagem – 60 X 42 cm Rosemary Karuga – Kenya Heron Colagem – 34 X 22 cm Rosemary Karuga – Kenya Landscape With Birds Colagem – 60 X 44 cm

Esther Mahlangu Esther Mahlangu foi a primeira artista da etnia Ndebele que transpôs os murais pintados nas paredes das casas de sua comunidade, para as telas e levou o seu trabalho para outros públicos. A artista começou a ganhar visibilidade após um grupo de pesquisadores franceses conhecerem seu trabalho em 1986. Em 1989 Esther viajou até Paris para criar os murais da exposição "Magiciens de la Terre", e a partir daí virou sensação: fez trabalhos pra diversos museus e outros edificios publicos, desenhou pra BMW e para a Fiat.

Esther Mahlangu Casas tradicionais da etnia Ndebele – África do Sul

Sou Esther – Esta é minha casa Esther Mahlangu Sou Esther – Esta é minha casa Pintura - 2007 BMW 525 i - 1991