Curso de Pós-graduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica Barbara Ribeiro Paula Marcos Yamamoto Martins Vale a pena salvar o Euro? Por Alexandre Schwartsman.

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Curso de Pós-graduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica Barbara Ribeiro Paula Marcos Yamamoto Martins Vale a pena salvar o Euro? Por Alexandre Schwartsman Trabalho apresentado à disciplina de Conjuntura Econômica do curso de Pós-graduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica. Orientador: Prof. José Pires Escola SENAI “Theobaldo de Nigris”

Vale a pena salvar o Euro? Por Alexandre Schwartsman É uma pergunta retórica que o autor faz, pois explica, ao longo do artigo, as razões para a União Europeia manter a moeda única.

Afirma que a crise ainda é percebida como uma analogia à fábula da cigarra (países da Zona do Euro atualmente em crise, que não se prepararam para a época de maiores rigores financeiros), e a formiga (países economicamente estáveis da Zona do Euro, que pouparam para ter como se sustentar durante o inverno econômico, e não estão dispostos a sustentar a falta de preparo dos vizinhos).

Defende que a atribuição da crise ao mau desempenho fiscal de alguns países se choca com a evidência: A Grécia abusou da disponibilidade de recursos baratos para permitir um aumento persistente de seu déficit fiscal, porém, Espanha, Irlanda e, em menor grau, Portugal, apresentavam endividamento mais baixo que Alemanha e França. Já a Itália, com dívida elevada, apresenta um dos melhores números fiscais na região.

Aponta como possíveis fatores para a gênese da crise: Disparidade entre as políticas de gastos dos países-membro. Mercado de trabalho fragmentado por diferenças linguísticas e culturais. Países no epicentro da crise com inflação superior à da Alemanha entre 2000 e Países em crise com alta (entre 30 e 40%) nos custos unitários de trabalho, enquanto a Alemanha permaneceu estável. Crise Política de gastos Inflação Mercado de trabalho fragmentado Fatores para a Gênese da crise:

Os países que estão hoje no centro da crise se valeram da redução de preços e salários internos em relação à Alemanha como saída para a redução de seus déficits externos, uma vez que não têm acesso à desvalorização cambial. Esse ajuste causou o elevado aumento do desemprego, que se refletiu na piora do desempenho fiscal em larga medida pela queda abrupta da arrecadação.

Em seu ponto de vista, alguma harmonização fiscal é necessária como contrapartida à existência de um fundo de resgate, já que não se quer dar a perspectiva de salvamento como incentivo para comportamentos irresponsáveis.

Aponta como saída a curto prazo o ajuste fiscal e, a longo prazo, a harmonização das políticas de gastos, sujeitas a uma autoridade central. Porém acredita que essas medidas não sejam sufucientes para que a região se torne imune à novas crises como a atual.

O autor acredita que o resgate do euro, mesmo com a criação de instituições que harmonizem a política fiscal, não impedirá a eclosão de problemas similares a menos que a integração do mercado de trabalho seja muito aprofundada. Porém, não acredita que essa integração seja possível, pois esse fato já foi e continua a ser ignorado.

Alexandre Schwartsman Formado em administração pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo e em economia pela Universidade de São Paulo. É doutor em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley e ex- diretor de Assuntos Internacionais do BC. Escreve mensalmente às quintas-feiras para o site Valor Econômico.