Categorias das Listas Vermelhas IUCN Projecto em Ecologia Terrestre Departamento de Biologia www.uac.pt Luís Silva 2002.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Ciclo de vida.
Advertisements

Avaliação e Gestão de Risco
Análise de Risco Processo para CONTROLAR situações onde Populações ou Ecossistemas possam ser expostos a um Perigo.
Estratégia Empresarial Capítulo 7 Internacionalização
Evolução dos SGBD’s.
Tema II - Custos Noção de Custos
Encontro “COMPREENDER A PAISAGEM CULTURAL DO TEJO E SEUS VALORES”
UM PATRIMÔNIO À PRESERVAR
BIOGEOGRAFIA Profª Marisa Dionísio.
ESPÉCIES VULNERÁVEIS Na avaliação regional uma espécie pode ser enquadrada em onze categorias distintas de acordo com o grau do risco.
Utilização de lista de espécie pelos órgãos ambientais
Finalidade das UCs Unidades de Conservação da Natureza são espaços onde as atividades humanas são restritas e manejadas para garantir a conservação da.
Motivos mais frequentes de enviesamento de diagnósticos
A Biodiversidade Escola Ensino Básico 2 e 3 Professor Amaro Arantes
Protecção e Convenção da Natureza
Futuro da Humanidade vs Alterações climáticas
Reciclagem e reutilização
Desenvolvimento Sustentável
BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO
PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
REPORTAGEM As reportagens são textos maiores com várias informações, apresentam detalhes e muitas vezes trazem imagens, gráficos ou tabelas que ajudam.
Pesquisas com dados existentes: análise de dados secundários, estudos suplementares e revisões sistemáticas.
Alterações da norma OHSAS 18001:2007
Análise de Decisão Aula 03 Profª. Elizabete Nunes.
Metodologia da Avaliação de Riscos Climáticos Integração de riscos climáticos nos processos de desenvolvimento nacional (
Acções estruturais EU-Política Regional Agenda Reforçar a concentração
ENGENHARIA ECOLÓGICA O QUE É?
Metadados.
Introdução A Mata de Queluz é uma das poucas e restantes áreas verdes perto da zona urbana de Massamá que constitui um habitat para uma série de espécies,
Potencialidades da rede GBIF para o utilizador
INFORMAÇÃO SENSÍVEL e sua protecção MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL
2EE117 Economia e Política da Regulação Os Aspectos Financeiros da Regulação Económica Hélder Valente 1.
Introdução A Mata de Queluz é uma das poucas e restantes áreas verdes perto da zona urbana de Massamá que constitui um habitat para uma série de espécies,
Princípios de regulação económica aplicados ao sector eléctrico
As políticas florestais para o desenvolvimento sustentável devem reflectir um conhecimento aprofundado das consequências das alterações climáticas Medidas.
GENÉTICA DE POPULAÇÕES.
António Gonçalves Henriques
Animais em via de extinção
A. Termos e Conceitos em Ecologia
Recursos Naturais Mónica Costa Nº5621 9ºD.
Extinção uma ameaça Em Portugal
Correcção da 6.ª ficha de avaliação
Saída de campo - biodiversidade escolar
Problema 05 Grupo 02. EvidênciaCrítica Composição Florística semelhante Critério adequado, porém necessário relacionar outros fatores que não foram listados,
Economia e Gestão ESAPL - IPVC
PROF.: MÔNICA PERNAMBUCO COSTA
Vulnerabilidade na Saúde Pública
Fundamentos em Ecologia Townsend; Begon; Harper (2010) Capítulo 1
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO. UCs - “Uma unidade de terra e/ou mar destinada especificamente à proteção e à manutenção da diversidade biológica e dos recursos.
Problema 1 / Grupo 01 Espécies Ameaçadas. Que problema ambiental é foco deste trabalho? Qual foi a estratégia do trabalho para contribuir com sua solução?
Objetivos da Segurança da Informação
Gestão da Carga em Sistemas Distribuídos : Algumas Considerações Luís Paulo Peixoto dos Santos Departamento de Informática Universidade do Minho.
Futuro dos jovens agricultores no quadro da PAC pós 2013
As Concessões de Obras Públicas no Direito da União Europeia Departamento do Direito Público Universidade Nova.
Um Modo de Vida 2ºPeríodo Grupo 3 12ºB: Daniela Pais, José Santos, Miguel Palavra, Rui Domingues “Estamos a testemunhar uma colisão maciça e sem precedentes.
IRRADIAÇÃO ADAPTAITVA
FAO, CITES, Pesca e Aquicultura
Novas espécies de tubarão e raias manta listadas nos anexos da CITES: O que devem as Partes fazer até 14 set : Sustentabilidade.
“Necessitei de avistar a Terra a partir do espaço, em toda a sua beleza e fragilidade, para compreender que a tarefa mais urgente é estimar e preservar.
O Arrendamento Mercantil (leasing) na Nova Lei Contábil (Lei 11
Aspectos biológicos, geográficos, legais e éticos.
ESCOLA ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES FURNAS/JARAGUARI 14/09/15 PROFESSOR: RONAN DIRETOR: MARCOS COORDENADORA: LEILA ALUNOS: ARIOVALDO,PAULO CESAR,DANIEL.
Gerenciamento de riscos
Um Modo de Vida 2ºPeríodo Grupo 3 12ºB: Daniela Pais, José Santos, Miguel Palavra, Rui Domingues “Estamos a testemunhar uma colisão maciça e sem precedentes.
Principais tipos de estudo descritivos Profa. Dra. Edina Mariko Koga da Silva Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina UNIFESP.
Autor : Lênin Charqueiro. Pelotas,8 de março de
SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. PARQUE ECOLÓGICO Um parque ecológico congrega uma série de atividades, com objetivos específicos, de uma.
1 factor de impacto de revistas científicas 23 de Abril 2008 Biblioteca da UA.
Princípios e Critérios Internacionais FSC Professora Assistente: Luciana Maria Papp Professor Edson Vidal.
SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. OBJETIVOS Conservação e preservação dos ambientes especiais Eliminar ou pelo menos diminuir os efeitos da.
Transcrição da apresentação:

Categorias das Listas Vermelhas IUCN Projecto em Ecologia Terrestre Departamento de Biologia Luís Silva 2002

Categorias das listas vermelhas IUCN As categorias das listas vermelhas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) pretendem disponibilizar um sistema fácil de usar e de larga aplicação para classificar as espécies sujeitas a um elevado risco de extinção global.

Categorias das listas vermelhas IUCN O objectivo geral do sistema é o de disponibilizar uma estrutura explícita e objectiva para a classificação de um largo espectro de espécies, de acordo com o risco de extinção associado.

Categorias das listas vermelhas IUCN Os critérios não consideram a história de vida de todas as espécies. Em alguns casos o sistema pode sub- ou sobre- avaliar o risco de extinção. Antes de 1994 vigorou, durante 30 anos um sistema mais subjectivo.

Categorias das listas vermelhas IUCN As listas e os critérios IUCN têm como objectivo: Disponibilizar um sistema que pode ser aplicado de forma consistente por diferentes investigadores; Aumentar a objectividade do sistema, facultando indicações claras de como avaliar os diferentes factores que afectam o risco de extinção; Disponibilizar um sistema que permite comparar facilmente diferentes taxa; Disponibilizar aos indivíduos que utilizam as listas de espécies ameaçadas uma melhor compreensão acerca do modo como cada espécie foi classificada.

Categorias das listas vermelhas IUCN A última versão dos critérios IUCN é a seguinte: Version 3.1: IUCN (2001) Os critérios aplicam-se a qualquer unidade taxonómica ao nível específico ou inferior. Podem aplicar-se em qualquer área geográfica ou política, específica. O processo de categorização deve aplicar-se apenas a populações naturais dentro da sua área de distribuição natural, ou a populações resultantes de introduções benignas. As categorias Em Perigo Crítico, Em Perigo e Vulnerável incluem-se nas “ameaçadas”.

Categorias das listas vermelhas IUCN Estrutura das categorias IUCN

Categorias das listas vermelhas IUCN Para que um taxon seja considerado como “ameaçado” é necessário que cumpra, pelo menos, um dos critérios quantitativos estabelecidos para essa categoria. Todos os critérios cumpridos na categoria de “ameaçado” mais elevada devem ser listados. Um taxon pode exigir acções de conservação, mesmo que não seja considerado como “ameaçado”. Os critérios são quantitativos, mas aceitam-se estimativas e projecções, nomeadamente a extrapolação das potenciais ameaças no futuro.

Categorias das listas vermelhas IUCN Há dificuldades associadas ao problema da escala espacial. Quando os dados são muito incertos, pode catalogar-se como “Informação Insuficiente”. Os taxa listados como “Não Avaliados” ou com “Informação Insuficiente” não devem ser tratados como não ameaçados. As classificações implicam uma listagem dos critérios e subcritérios que foram cumpridos. A categoria atribuída não determina, só por si, a prioridade em termos de acções de conservação. Há regras para a transferência de categoria.

Categorias das listas vermelhas IUCN Há definições precisas quanto ao que é considerado uma população, uma subpopulação, quais os indivíduos a contabilizar, a duração de uma geração, uma redução no número de indivíduos, uma fragmentação intensa, a extensão da distribuição, a área de ocupação.

Categorias das listas vermelhas IUCN Extinto – Extinct (EX) – Quando não há uma dúvida razoável de que o último indivíduo de um taxon morreu. Aceita-se após prospecções exaustivas na zona de origem. Extinto na Natureza – Extinct in the Wild (EW) – O taxon apenas se conhece em cultivo, em cativeiro, ou numa população naturalizada fora da sua área de distribuição passada.

Categorias das listas vermelhas IUCN Em Perigo Crítico – Critically Endangered (CR) – Quando um taxon cumpre qualquer dos critérios A a E desta categoria, enfrentando um risco extremamente elevado de extinção na natureza. Em Perigo – Endangered (EN) - Quando um taxon cumpre qualquer dos critérios A a E desta categoria, enfrentando um risco muito elevado de extinção na natureza. Vulnerável - Quando um taxon cumpre qualquer dos critérios A a E desta categoria, enfrentando um risco elevado de extinção na natureza.

Categorias das listas vermelhas IUCN Não Ameaçado – Near Threatned (NT) – Quando um taxon não cumpriu os critérios das categorias de “ameaçado”, mas está próximo de os cumprir, ou se é provável que transite para uma dessas categorias no futuro. Pouco Preocupante – Least Concern (LC) – Quando não se enquadra nas categorias anteriores. Os taxa abundantes e amplamente distribuídos inserem-se nesta categoria.

Categorias das listas vermelhas IUCN Informação Insuficiente – Data Deficient (DD) – Quando a informação disponível não permite avaliar directa ou indirectamente o risco de extinção. Pode faltar informação sobre a abundância e a distribuição. Não Avaliado – Not Evaluated (NE) – Um taxon que não foi testado em relação aos critérios IUCN.

Categorias das listas vermelhas ICN Instituto para a Conservação da Natureza As categorias de estatuto de conservação, segundo adaptação do critério da UICN (União Internacional da Conservação da Natureza), são as seguintes: EXTINTO (Ex) - taxa não observados, com certeza, no estado selvagem nos últimos 50 anos.

Categorias das listas vermelhas ICN EM PERIGO (E) - taxa em perigo de extinção e cuja sobrevivência será improvável se os factores limitantes continuarem a actuar. Incluem-se os taxa que se julgam em perigo iminente de extinção, devido aos seus efectivos terem diminuído a um nível crítico ou pelo seu habitat ter sido drásticamente reduzido.

Categorias das listas vermelhas ICN VULNERÁVEL (V) - taxa que entrarão na categoria EM PERIGO num futuro próximo se os factores limitantes continuarem a actuar: -taxa dos quais todas ou a maior parte das suas populações sofrem regressão devido a sobre-exploração, ampla destruição do habitat ou a qualquer outra perturbação do ambiente; - taxa com populações gravemente reduzidas e cuja sobrevivência não está garantida; - taxa com populações ainda abundantes, mas que estão sob ameaça de sérios factores de regressão em toda a sua área de distribuição (nacional).

Categorias das listas vermelhas ICN RARO (R) - taxa com populações (nacionais) pequenas que actualmente não pertencem às categorias EM PERIGO ou VULNERÁVEL, mas que correm risco. Estes taxa localizam-se, normalmente, em áreas geográficas ou habitats restritos, ou ainda, apresentam uma distribuição esparsa numa área mais extensa. INDETERMINADO (I) - taxa que se sabe pertencerem às categorias EM PERIGO, VULNERÁVEL ou RARO, mas cuja informação existente é insuficiente para decidir em que categoria devem ser incluídos.

Categorias das listas vermelhas ICN INSUFICIENTEMENTE CONHECIDO (K) - taxa que se suspeita pertencerem a alguma das categorias precedentes, mas não se tem a certeza devido à falta de informacão.

Categorias das listas vermelhas ICN COMERCIALMENTE AMEAÇADO (CT) - taxa actualmente não ameaçados de extinção, mas estando a maioria das suas populações ameaçadas enquanto recurso comercial sustentado, ou podendo vir a está-lo, a menos que a sua exploração seja controlada. Aplica-se apenas aos taxa cujas populações são relativamente numerosas. Na prática, esta categoria só tem sido utilizada para espécies marinhas de importância comercial e que são sobre-exploradas em várias zonas da sua área de distribuição.