Capítulo 23 – O espaço urbano do mundo contemporâneo UNIDADE VII – O ESPAÇO URBANO E O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO Capítulo 23 – O espaço urbano do mundo contemporâneo 1 – A urbanização contemporânea. 2 – Desigualdades e segregação espacial. 3 – Subemprego e submoradia. 4 – Violência urbana. 5 – Rede e hierarquia urbanas. 6 – As cidades na economia global. Prof. Mirian Loregian. M.Sc Geografia

1 – A urbanização contemporânea Taxa de urbanização mundial: 1975 – 38%; 2001 – 48%; 2015 – 54% (previsão); A urbanização se acelerou com o processo de industrialização. A partir do capitalismo industrial teve início um processo de urbanização consistente. Há muitas desigualdades, regiões e países muito urbanizados e outros ainda predominantemente rurais. Mesmo nesses, o processo de urbanização vem se acelerando.

1 – A urbanização contemporânea Êxodo rural. Com a Revolução Informacional, não se pode mais estabelecer uma associação direta entre urbanização e industrialização. Nos países desenvolvidos e em alguns emergentes tem havido um processo de transferência de indústrias das grandes para as médias e pequenas cidades. O setor que mais tem crescido é o de serviços. Atualmente, nas regiões do mundo consideradas modernas, já não dá para estabelecer a clássica separação entre campo e cidade.

1 – A urbanização contemporânea Muitos problemas afetam diariamente as mais variadas cidades. Muitas se especializaram em algumas funções, enquanto outras são multifuncionais. Veneza - Itália

1 – A urbanização contemporânea Fatores repulsivos Fatores atrativos URBANIZAÇÃO

2 – Desigualdades e segregação social Em qualquer grande cidade do mundo, o espaço urbano é fragmentado. As grandes cidades apresentam centros comerciais, financeiros, industriais, residenciais e de lazer. Entretanto, é comum que funções diferentes coexistam num mesmo bairro – Cidades policêntricas.

2 – Desigualdades e segregação social Essa fragmentação, quase sempre associada a um intenso crescimento urbano, impede os cidadãos de vivenciar a cidade por inteiro, atendo-se, em vez disso, apenas aos fragmentos que fazem parte do seu dia-a-dia, seu local de moradia, de trabalho, de estudo e de lazer. Pode-se dizer que a grande cidade não é um lugar, mas um conjunto de lugares, e que as pessoas a vivenciam parcialmente.

2 – Desigualdades e segregação social

3 – Subemprego e submoradia As grandes cidades dos países subdesenvolvidos não têm capacidade de absorver tamanha quantidade de migrantes da zona rural e de cidades pequenas e médias, por isso aumenta o número de desempregados. Para sobreviverem, muitos acabam aceitando o subemprego. Como os rendimentos em geral são muito baixos, aumentam as favelas e os cortiços. Diversas conferências mundiais.

4 – Violência urbana A violência urbana – roubo, assalto, sequestro, homicídio etc. – atinge milhares de pessoas todos os anos, notadamente em países subdesenvolvidos. Entretanto, deve ser destacado que a violência não está necessariamente associada à pobreza. Ela é mais acentuada em países de desenvolvimento intermediário, como o Brasil, marcados por acentuada desigualdade socioeconômica. Dentro de um país a violência também é desigual. Quando o “capital social” é elevado a violência diminui.

4 – Violência urbana

5 – Rede e hierarquia urbanas A rede urbana é formada pelo sistema de cidades, de um mesmo país ou de países vizinhos, que se interligam pelos sistemas de transportes e de comunicações, por meio dos quais ocorrem os fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais. As redes urbanas de muitos países subdesenvolvidos, particularmente daqueles de baixo nível de industrialização e urbanização, são bastante desarticuladas, e as cidades estão dispersas no território, muitas vezes sem formar propriamente uma rede.

5 – Rede e hierarquia urbanas As redes de cidades mais densas e articuladas desenvolvem-se justamente nas regiões do planeta onde se localizam as megalópoles. Com a entrada do capitalismo em sua fase informacional, com o advento da globalização, já se pode falar numa rede urbana mundial, cujos nós são as cidades globais. Nesse atual estágio, estruturou-se uma nova forma de hierarquia urbana , dentro da qual a relação da vila ou da cidade local pode se dar com o centro regional, com a metrópole regional, ou até mesmo com a metrópole nacional diretamente.

5 – Rede e hierarquia urbanas Qual desses moradores está mais integrado à sociedade tecnológica?

5 – Rede e hierarquia urbanas A expansão do capital vai envolvendo todas as atividades no processo de modernização, o que acaba levando ao rompimento das oposições – campo-cidade ou agricultura-indústria. Tudo acaba integrado econômica e geograficamente à lógica do lucro. As agroindústrias, por exemplo, se instalam nas zonas rurais.

6 – As cidades na economia global Na atual etapa informacional do capitalismo, a rede e a hierarquia urbanas se estruturam em escala mundial. A Revolução Técnico-científica viabilizou um aumento na velocidade dos transportes e das telecomunicações, reduzindo o tempo de deslocamento de pessoas, mercadorias e informações entre os lugares.

6 – As cidades na economia global Os avanços tecnológicos são a base da globalização, que tem favorecido a dispersão da produção pelos lugares que oferecem maiores possibilidades de lucros às empresas e maior integração dos mercados. A maioria das cidades consideradas globais na realidade tem uma influência regional; poucas de fato influenciam o mundo inteiro.

QUESTÕES PG 486 1 – Quais são os principais fatores que condicionam a urbanização no mundo? 2 – Conceitue rede e hierarquia urbanas. 3 – Quais as diferenças fundamentais entre a tradicional e a nova hierarquia urbana? 4 – Por que a clássica oposição campo-cidade ou agricultura-indústria já não faz muito sentido nas regiões mais ricas do planeta? 5 – O que significa afirmar que para muitas pessoas as distâncias são relativas hoje em dia? Qual é a consequência disso na urbanização atual? 6 – Qual é a diferença entre megacidades e cidade global? Qual é o papel delas no atual capitalismo informacional?