NOÇÕES DE PROBABILIDADE

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NOÇÕES DE PROBABILIDADE. Exemplos: 1.Resultado no lançamento de um dado; 2.Hábito de fumar de um estudante sorteado em sala de aula; 3.Condições climáticas.
NOÇÕES DE PROBABILIDADE
PROBABILIDADE para LEC
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NOÇÕES DE PROBABILIDADE Aula 05

Experimento Aleatório: procedimento que, ao ser repetido sob as mesmas condições, pode fornecer resultados diferentes Exemplos: Resultado no lançamento de um dado; Hábito de fumar de um estudante sorteado em sala de aula; Condições climáticas do próximo domingo; Taxa de inflação do próximo mês; Tipo sangüíneo de um habitante escolhido ao acaso.

Espaço Amostral (): conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Exemplos: 1. Lançamento de um dado.  = {1, 2, 3, 4, 5, 6} 2. Exame de sangue (tipo sangüíneo) .  = {A, B, AB, O} 3. Hábito de fumar.  = {Fumante, Não fumante} 4. Tempo de duração de uma lâmpada.  = {t: t  0}

Eventos: subconjuntos do espaço amostral  Notação: A, B, C ...  (conjunto vazio): evento impossível : evento certo Exemplo: Lançamento de um dado. Espaço amostral:  = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Alguns eventos: A: sair face par A = {2, 4, 6}   B: sair face maior que 3 B = {4, 5, 6}   C: sair face 1 C = {1}  

Operações com eventos A  B: união dos eventos A e B. Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral. A  B: união dos eventos A e B. Representa a ocorrência de pelo menos um dos eventos, A ou B. A  B: interseção dos eventos A e B. Representa a ocorrência simultânea dos eventos A e B. Ac: Complemento de A. Qualquer evento que não seja A.

A e B são disjuntos ou mutuamente exclusivos quando não têm elementos em comum, isto é, A  B =  A e B são complementares se sua interseção é vazia e sua união é o espaço amostral, isto é, A  B =  e A  B =  O complementar de A é representado por Ac.

Exemplo: Lançamento de um dado = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Eventos: A = {2, 4, 6}, B = {4, 5, 6} e C = {1} Exemplo: Lançamento de um dado sair uma face par e maior que 3 A  B = {2, 4, 6}  {4, 5, 6} = {4, 6} sair uma face par e face 1 A  C = {2, 4, 6}  {1} =  sair uma face par ou maior que 3 A  B = {2, 4, 6}  {4, 5, 6} = {2, 4, 5, 6} sair uma face par ou face 1 A  C = {2, 4, 6}  {1} = {1, 2, 4, 6} não sair face par AC = {1, 3, 5}

Como atribuir probabilidade aos elementos do espaço amostral? Medida da incerteza associada aos resultados do experimento aleatório Deve fornecer a informação de quão verossímil é a ocorrência de um particular evento Como atribuir probabilidade aos elementos do espaço amostral? Duas abordagens possíveis: Freqüências de ocorrências Suposições teóricas.

Probabilidade Atribuição da probabilidade: 1. Através das freqüências de ocorrências. O experimento aleatório é repetido n vezes Calcula-se a freqüência relativa com que cada resultado ocorre.  Para um número grande de realizações, a freqüência relativa aproxima-se da probabilidade. 2. Através de suposições teóricas. Exemplo: Lançamento de um dado  Admite-se que o dado é perfeitamente equilibrado P(face 1) = ... = P(face 6) = 1/6.

No caso discreto, todo experimento aleatório tem seu modelo probabilístico especificado quando estabelecemos: O espaço amostral  = {w1,w2, ... } A probabilidade P(w) para cada ponto amostral de tal forma que:

Ainda no caso discreto, Se A é um evento, então Se e (pontos equiprováveis), então

Um jovem entre 20 e 24 anos é escolhido ao acaso em Sergipe. Exemplo: A tabela a seguir apresenta dados relativos à distribuição de sexo e alfabetização em habitantes de Sergipe com idade entre 20 e 24 anos. Sexo Alfabetizado Total Sim Não Masc. 39.577 8.672 48.249 Fem. 46.304 7.297 56.601 85.881 15.969 101.850 Fonte: IBGE- Censo 1991 Um jovem entre 20 e 24 anos é escolhido ao acaso em Sergipe.

M: jovem sorteado é do sexo masculino;  : conjunto de 101.850 jovens de Sergipe, com idade entre 20 e 24 anos. Definimos os eventos M: jovem sorteado é do sexo masculino; F : jovem sorteado é do sexo feminino; S : jovem sorteado é alfabetizado; N : jovem sorteado não é alfabetizado. Temos ir para a tabela 0,474 101.850 48.249 = 0,526 101.850 56.601 = P(M) = P(F) = 0,843 101.850 85.881 = 0,157 101.850 15.969 = P(S) = P(N) =

Sexo Alfabetizado Total Sim Não Masc. 39.577 8.672 48.249 Fem. 46.304 7.297 56.601 85.881 15.969 101.850 

M  S : jovem é alfabetizado e do sexo masculino Qual é a probabilidade do jovem escolhido ser alfabetizado e ser do sexo masculino? M  S : jovem é alfabetizado e do sexo masculino S) S Qual é a probabilidade do jovem escolhido ser alfabetizado ou ser do sexo masculino? M  S : jovem é alfabetizado ou é do sexo masculino S) S

Sejam A e B eventos de . Então, Regra da adição de probabilidades Sejam A e B eventos de . Então, P(A  B) = P(A) + P(B) – P(A  B) Conseqüências: Se A e B forem eventos disjuntos, então P(A  B) = P(A) + P(B). Para qualquer evento A de , P(A) = 1 - P(Ac).

PROBABILIDADE CONDICIONAL E INDEPENDÊNCIA Probabilidade condicional: Dados dois eventos A e B, a probabilidade condicional de A dado que ocorreu B é denotada por P(A | B) e definida por Da definição de probabilidade condicional, obtemos a regra do produto de probabilidades Analogamente, se P(A) >0,

temos P(S | M) = 39.577 / 48.249 = 0,82. P(M) M) P(S | definição, Pela Qual é a probabilidade do jovem escolhido ser alfabetizado sabendo-se que é do sexo masculino? Diretamente da tabela Sexo Alfabetizada Total Sim Não Masc. 39.577 8.672 48.249 Fem. 46.304 7.297 56.601 85.881 15.969 101.850 temos P(S | M) = 39.577 / 48.249 = 0,82. P(M) M) P(S | definição, Pela = Ç 0,82. 101.850 48.249 39.577 =

Exemplo: Em uma urna, há 5 bolas: 2 brancas e 3 vermelhas Exemplo: Em uma urna, há 5 bolas: 2 brancas e 3 vermelhas. Duas bolas são sorteadas sucessivamente, sem reposição. A: 2ª bola sorteada é branca C: 1ª bola sorteada é branca P(A) = ??? Para representar todas as possibilidades, utilizamos, um diagrama conhecido como diagrama de árvores ou árvore de probabilidades.

B V 1 Total V V VB BV BB Probabilidades Resultados Temos

Considere agora que as extrações são feitas com reposição, ou seja, a 1a bola sorteada é reposta na urna antes da 2a extração. Nesta situação, temos B V 1 Total V V VB BV BB Probabilidade Resultados

Neste caso, P(A) = P(branca na 2ª) = P(A | C) = P( branca na 2ª | branca na 1ª) = P(A | Cc) = P(branca na 2ª | vermelha na 1ª) = ou seja, o resultado na 2a extração independe do que ocorre na 1a extração.

Independência de eventos: Dois eventos A e B são independentes se a informação da ocorrência (ou não) de B não altera a probabilidade de ocorrência de A, isto é, Temos a seguinte forma equivalente:

P(A  B) = P(A) x P(B) = 1/3 x 2/3 = 2/9  Qual foi a suposição feita? Exemplo: A probabilidade de Jonas ser aprovado no vestibular é 1/3 e a de Madalena é 2/3. Qual é a probabilidade de ambos serem aprovados? A: Jonas é aprovado B: Madalena é aprovada P(A  B) = P(A) x P(B) = 1/3 x 2/3 = 2/9  Qual foi a suposição feita?

FUNÇÃO DE DENSIDADE PROBABILIDADE VARIÁVEL ALEATÓRIA O resultado de um experimento aleatório é designado variável aleatória (X). FUNÇÃO DE DENSIDADE PROBABILIDADE A função densidade de probabilidade associa cada possível valor da variável aleatória (X) à sua probabilidade de ocorrência P(X).

TIPOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS Variável aleatória discreta Os resultados possíveis são finitos e podem ser enumerados (jogadas de moedas, dados, etc.) Variável aleatória contínua Os resultados possíveis são infinitos e não podem ser enumerados (ex.: peso, altura, rendimento, saldo, duração de percurso, etc.)

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL E se quisermos saber as probabilidades de X compras dos 10 primeiros clientes? Ou dos 100 primeiros? P(x) = Cn, x px q(n-x) Onde Cn,x = n! / (x!(n-x)!) p = probabilidade de sucesso q = (1 – p) = probabilidade de insucesso

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL - PARÂMETROS Para uma variável com probabilidade de sucesso p, em n tentativas: Média  = np Desvio-padrão  = (npq)1/2 Variância 2 = (npq)

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÃO NORMAL

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÃO NORMAL – Expressão Formal

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÃO NORMAL - PROPRIEDADES Área total sob a curva é 1; Cálculos de probabilidades dentro de intervalos (Distribuição Contínua); P(a  X  b) é a área sob a curva entre a e b Distribuição simétrica: P(X  a) = P(X  -a) P(X<μ) = 0,50 = 50% P(a  X  b) = P(X  b) - P(X  a); Maior concentração de freqüências no centro da distribuição.

DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE DISTRIBUIÇÃO NORMAL - PROPRIEDADES

TEOREMA DE BAYES P(A | B) a probabilidade de que a hipótese A seja verdadeira dada a evidência B; P(B | A) a probabilidade que a evidência B será observada se a hipótese A for verdadeira; P(A) a probabilidade “a priori” que a hipótese A é verdadeira na ausência de qualquer evidência específica; k o número de hipóteses possíveis.